Capitulo 35

7.8K 670 31
                                    

—Isso é loucura, Eva

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


—Isso é loucura, Eva. -minha mãe diz enquanto eu estava deitada no colo da laria, que me consolava desde de manhã.

—Não é loucura mãe, estávamos planejando isso a uns dois anos. -falo enquanto me levanto. —Juntamos dinheiro o suficiente pra alugar um lugar por um tempo, até que conseguíssemos vender essa casa. - falo determinada a convencer ela, mesmo eu achando isso a maior doideira, mas pra mim, é impossível seguir em frente tendo que ver ele todos os dias, ainda mais se ele continuar vindo pra minha porta, porque tudo que mais quero é abrir. —Nós poderíamos ir no sábado, eu resolvo a maior parte hoje e pago o primeiro aluguel com o dinheiro que meu pai enviou.

Suplico a ela, que me olhava com os olhos semiabertos.

—O que ele fez, filha? -ela pergunta de maneira carinhosa, como se entendesse o que eu estava sentindo.

—Ele fez o suficiente pra eu não querer me apaixonar de novo. -digo e ela assente, aceitando minha falta de detalhes.

—Eu acho isso maluquice, mas se tudo der certo, só vamos adiantar o que iria acontecer daqui um tempo. -ela diz enquanto suspira e balança a cabeça negativamente, como se nem ela acreditasse no que ela dizia. —Eu vou ligar pro hospital central da Califórnia, se tiver vagas e eles me aceitarem, peço transferência hoje e também vou ligar pra sua escola pra pedir sua transferência, mas você vai ter que buscar os papéis amanhã, porque é muito papel pra uma pessoa só.

Ela se levanta e me olha.

—Você é nova filha, não cometa o mesmo erro que eu, não se feche pro mundo. -ela beija o topo da minha cabeça. —Se a dor te mudar, que seja pra melhor.

Ela sai do meu quarto, deixando eu e a laria a sós.

—Eva, isso é além de doideira. -ela diz, me olhando preocupada. —Você não acha que deveria ao menos deixar ele falar? Você tinha que ver ele. -ela suspira alto. —Muito gato como sempre, porém estava tão tristezinho, com suas olheiras gigantes, que pareciam dois socos, e nem foi o que eu dei. -ela ri baixinho.

—Eu vou pro colégio amanhã na apresentação do trabalho dele. -murmuro, enquanto tento imaginar como ele está agora, se está rindo de mim ou se está tão triste quanto eu.

—Acho que se ele não tivesse dito aqueles coisas, que ficaria comigo, eu não ficaria tão magoada...-completo. —Não sei se estou afim de ouvir ele, porque eu sei que eu sou fraca demais e vou acreditar em qualquer coisa que ele falar, mas não posso deixar meus sentimentos me auto-sabotar, eu sei o que vi.

Deito na cama, me cobrindo dos pés a cabeça.

—Você vai ir embora sem ao menos deixar ele falar? - ela puxa a coberta do meu rosto.

—É uma opção. -respondo dando de ombros. —Podemos por favor, parar de falar dele? -imploro e ela revira os olhos.

—Tudo bem, vamos tentar resolver as coisas? -ela pergunta sorrindo, afirmo com a cabeça com uma falsa animação.

Eu não quero ir embora, mas eu preciso.

Penso na tentativa de me animar.

—Ele falou que o contrato vence daqui 5 meses, ou seja, se quisermos morar lá mais de 5 meses, teremos que renovar com ele depois desse tempo

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


—Ele falou que o contrato vence daqui 5 meses, ou seja, se quisermos morar lá mais de 5 meses, teremos que renovar com ele depois desse tempo. -explico a laria. —É perto do hospital.

Falo quando lembro da minha mãe e a laria afirma, olhando outras opções no celular.

—Encontrei uma mulher que aluga por 600 dólares, o contrato é de dois anos, acho que é o tempo suficiente pra vocês venderem essa casa e comprarem outra.

Ela diz me mostrando as fotos da casa, eu diria que não é grande, mas confortável.

—É, essa é melhor. -falo cansada, pelo menos isso me ajudou a não pensar nele o dia todo. —Só esperar minha mãe chegar pra ela confirmar.

—Agora, podemos pelo amor de Deus pedir uma pizza? - ela pede de maneira exagerada.

—Porque tanta pressa pra se mudarem? - a coordenadora pergunta enquanto me entrega os papéis

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.


—Porque tanta pressa pra se mudarem? - a coordenadora pergunta enquanto me entrega os papéis. —É que minha mãe conseguiu uma vaga no hospital.

Minto e olho em volta nervosa. Como eu venho pra cá na intenção de ver a apresentação dele, mas nem sequer quero ver ele?

—Entendi, que bom então. -ela da de ombros.

—Eu posso ver a última aula? -pergunto impulsiva.

Eu não deveria ficar

—Ah, tudo bem Eva, espero que você se dê bem em outra escola, você é uma aluna maravilhosa. -ela diz e eu sorrio sem jeito.

—Obrigada.

Agradeço, saindo da sala dela, olho para o corredor vazio e sem me permitir pensar duas vezes, eu caminho pra sala de aula na qual eu sei que ele está.

Bato na porta, sentindo meu nervosismo me mandar ir embora.

—Está atrasada. -a professora olha no relógio. —Muito atrasada.

Ela repete e eu forço um sorriso.

—Eu estava na diretoria, posso ver a aula? -pergunto e ela não diz nada, apenas abre um espaço pra mim passar.

E pra não ter que olhar em volta, sento na primeira fileira na qual eu vi que tinha um lugar vazio.

—Eva, sua apresentação fica pra semana que vem. -ela diz, eu não falo que vou ir embora, por que no fundo eu não queria que ele soubesse. —Sua vez, Logan.

 —Sua vez, Logan

Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Sem Razão Onde histórias criam vida. Descubra agora