Capitulo 36

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Eu achei que ela não viria, mas ela veio

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Eu achei que ela não viria, mas ela veio.

Isso significa uma chance, não é? Eu espero que sim. Eu quero levantar e tentar convencer a ela que o que ela viu foi um engano e que se eu soubesse desde do começo que quem estava ali não era ela, eu nunca faria, com ninguém e muito menos com ela, eu nunca a magoaria dessa forma.

Talvez eu a magoaria por não levar a serio em algumas coisas em uma briga, mas não ia ser por mal, porque eu sei que ela se aproximaria e eu só conseguiria pensar nisso, só para roubar um beijo dela.

Foi isso que imaginei pra nossa primeira briga, não isso.

Não foi com ela não querendo me ouvir, eu entendo, mas eu a ouviria, daria uma chance pra falar, eu confiaria nela.

A professora me chama pra apresenta. Antes da aula eu a pedi para que ela me deixasse por último, e graças a Deus ela fez isso.

Caminho até lá na frente sobre o olhar de toda a sala, menos o dela.

Suspiro, tentando cumprir a promessa de ontem, a que eu não falaria com ela.

Eu não queria falar sobre o que sinto pra sala toda, mas se esse é o único jeito pra ela me ouvir, é isso que eu vou fazer.

Pego o papel do meu bolso e não tiro os olhos dela, na esperança que uma hora ela iria me olhar.

Olho pra professora que faz um sinal pra que eu comece e volto minha atenção pra Eva e ignorando todo meu nervosismo, eu começo:

—Eu fiz um texto, ou um poema, eu não faço a menor ideia. -parei de falar quando começaram a rir, não me importei, é um alívio ter um segundo pra conseguir respirar. —Eu fiz isso...-balanço a folha na minha mão. —Ontem a noite.

Enrolo até tomar coragem pra finalmente falar.

—Perdido... Perdido era como eu estava, quebrado pela dor, construído para o amor.
Cego pelo errado, faminto por confusão, isso é o
que eu era, até consegui enxergar você.
Em meio ao caos, eu vi seus braços, os mesmos que me confortaram diante da dor, os braços que me envolveram em amor, o qual eu pensava que não existir mais em mim.
Agora eu não estou mais perdido, eu consegui encontrar você em meio ao meu caos. Você não foi minha salvação, você não curou minha dor, mas me ajudou a abrir os olhos e finalmente escolher o amor. Agora não sou mais cego, eu consigo enxergar você, o meu abrigo e o meu pilar. E eu sou grato por você me dar uma razão pra lutar por algo.

Término.

lutar por você.

E bem na hora que ela olhou pra mim, a porra do sinal tocou, em toda minha vida eu sempre quis quebrar essa merda, essa é a hora perfeita pra isso.

E sem sequer esperar um segundo, ela sai da sala, não penso duas vezes antes de correr atrás dela.

Consigo a alcançar no final do corredor, segurando ela pela mão, fico aliviado por ela não tentar fugir.

—Não é justo você não me deixar falar. -falo antes dela se virar pra me encarar, com seus olhos cheios de lágrimas, eu não queria essas lágrimas ali, eu só quero que fique tudo bem. —Você ouviu algo do que falei na sala?

Pergunto e ela puxa sua mão da minha.

—Ouvi Logan, ouvi, mas é isso que as pessoas fazem Logan, prometem e não cumprem, se declaram, mas não sentem nada, são só palavras, têm um monte de significados, mas as vezes não significam nada...-ela suspira com suas bochechas avermelhadas. — eu só quero fazer essa falta de significado doer menos.

Completa ela, magoada. Recuo desistente , nada que eu falar vai fazer ela acreditar, ela mau quer me escutar.

—Então espero que pare de doer um dia, espero que você encontre alguém que te faça esquecer, me esquecer. Que seja merecedor de você e bom o suficiente para que você confie nele. -falo sem nem tentar esconder o quão magoado fiquei por ela nem sequer me dar uma chance. —Mas quando você estiver pronta pra me ouvir, você sabe onde eu vou estar.

Espero que ela diga algo, mas ela não diz nada, apenas fica encarando o nada, num olhar totalmente perdido.

—Fica bem, você não merece essa dor, ou qualquer outra. -falo, pensando se me aproximo ou não, e pelo olhar dela que foi lançado em mim, creio que é um não.

Passo por ela e vou embora, sem perder a esperança dela me chamar, mas com certeza nada acontece.

Passo por ela e vou embora, sem perder a esperança dela me chamar, mas com certeza nada acontece

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