Dormi sobre alguns processos, não sei por quanto tempo, acordei com o som do celular vibrando, vi que já estava anoitecendo, peguei o celular tinha vinte ligações do Max e uma porção de mensagens perguntando como eu estava.
"Estou bem, obrigada por perguntar".
Foi à única coisa que respondi, todo o drama daquela manhã ainda rondava a minha mente, a raiva e o desgosto estampado na cara do Mike, as palavras dele ainda ressoavam na minha cabeça, não podia me envolver, tinha que focar no trabalho, na minha carreira.
Tomei um banho coloquei um short jeans, regata, uma sapatilha e fui para boate. Na hora que cheguei estava tranquilo, fui ao escritório, conversei com o Gustaf, ele me deu péssimos conselhos, levando em consideração ao que meu pai de verdade diria, quando saímos do escritório a boate já estava lotada.
Pulei o balcão do bar e fui ajudar minhas amigas a servir os clientes. Estava distraída, brincando de fazer malabarismo com algumas garrafas de tequila, quando a voz do Max chamou minha atenção.
— Então, é aqui que você se esconde doutora? — seu sorriso era vitorioso.
— Nem tão escondida, não é? O que você vai beber?
— Por que você não retornou as minhas ligações?
— Não vi tocar, estava trabalhando.
— Você nunca para de trabalhar?
— Só quando estou fazendo sexo com estranhos, e com plateia em iates no meio do nada.
— Hum, essa doeu. — ele colocou a mão sobre o peito, dramatizando.
— Clarisse! — ouvi gritarem meu nome do outro lado, olhei e já coloquei a mão sobre o balcão para parar a garrafa. Girei as garrafas de tequila algumas vezes, e me sentei sobre o balcão, enquanto ele me observava.
— E então quem será o destemido da vez? — sorri.
— Quem Vick? Você escolhe.
Não faria parte do show, estava ali aquela noite só de coadjuvante, embora eu amasse estar sobre aquele balcão. Vick ficou de pé sobre o balcão do bar e a galera foi ao delírio.
A Vick era uma típica Cowgirl, era linda e xucra, até perdi as contas de quantas brigas dela, já tivemos que apartar, por outro lado ela era ótima, fiel, responsável e desejada por muitos clientes, mas seu coração já tinha dono.
— Aquele de blusa azul. — ela falou jogando o laço sobre o rapaz, enquanto as pessoas gritavam eufóricas, eu amava aquele lugar. Amarramos as mãos do rapaz e o colocamos sentado sobre o balcão do bar.
— Então meu amigo, o que você aguenta? — perguntei olhando para o rapaz amarrado.
— Qualquer coisa que você quiser morena. — ele respondeu com um sorriso.
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A flor cor de rosa (Concluído)
RomanceClarisse é uma brilhante advogada com a carreira em ascensão após suas muitas e árduas horas de trabalho no renomado escritório de direito da família Menegathy. Ela não contava que uma ardente paixão pelo príncipe Menegathy, a fizesse mudar o foco d...