Durante o café não recebi um misero olhar da Clarisse, depois de se servir ela começou a conversar com meu pai e quando ele propôs leva-la ao estábulo da fazenda, seu sorriso foi tão genuíno que não pude deixar de sorrir junto com ela.
Ela desceu as escadas em um empolgação típica de criança, o que me fez sorrir novamente, queria poder ficar novamente sozinho com ela e quando ia propor ao meu pai que me deixasse acompanha-la até os estábulos, o Mike aparece na escada fazendo insinuações ao meu respeito, com o claro proposito de impedir uma aproximação entre a Clarisse e eu.
Quando consegui me recuperar da raiva que sentia do Mike, meu pai convida os demais presentes para ir ver os cavalos conosco, meu plano de ficar só com a Clarisse acabava de ir por água abaixo.
— Você parece tão mal-humorado hoje. — disse a Verônica bebendo mais um gole a água em sua garrafa.
— Não estou a fim de conversa, Verônica.
— A noite com a Moniquinha foi tão ruim assim? Eu disse que ela era frigida. — A olhei de soslaio e nem me dignifiquei a responder. A risada da Clarisse chamou a minha atenção e apressei um pouco os passos para me aproximar dela e do meu pai, deixando os demais para trás. Conversamos algumas amenidades, e quando chegamos próximo o suficiente para avistar o estábulo, ela disparou na frente como se estivesse hipnotizada.
Tudo que se desenrolou depois daquele momento, só serviu para me deixar ainda mais intrigado. Ela cavalgava como uma verdadeira amazona, e depois que disparou montada em um dos nossos cavalos mais arredio, não pensei duas vezes em deixar todos e ir atrás dela.
Na cachoeira ela me encantou ainda mais, seu jeito maroto, o sorriso fácil e despretensioso, a forma que ela mergulhou na água sem se preocupar com a temperatura ou mesmo com a profundidade. Quando ela subiu na cachoeira gritando e agradecendo pela natureza fiquei estarrecido, quem agradece por um banho de água fria?
Queria ir devagar, conhecê-la para poder explorar as suas fraquezas e conseguir o intento da doutora Barbará. No entanto sua beleza, seu perfume e seu jeito tão diferente de todas as pessoas do meu convívio, mexia comigo de uma forma inexplicável.
— Vamos! Você me ajuda a subir? — Ela disse depois de se vestir.
Senti o perfume dos seus cabelos, sua blusa molhada tão colada a sua pele morena, não resisti e minha vontade de ir devagar foi substituída por um desejo avassalador, abri as mãos para que o corpo dela viesse de encontro ao meu, por um momento ela resistiu, mas não a deixaria sair sem provar da sua boca, do seu corpo.
Queria ouvir os gemidos dela gozando para mim, ecoando por entre as arvores da reserva. Sua boca era macia, os lábios carnudos e o gosto perfeito, sua pele era quente e macia, sua língua invadiu timidamente minha boca e fiz questão de tornar o beijo mais intenso, senti o peso do seu seio, seu mamilo rígido marcando o tecido da blusa, foi mais que suficiente para que minha calca jeans ficasse apertada e incomoda.
Queria sua mão me tocando, sentir o cheiro da sua excitação, queria que ela fosse minha da forma mais carnal e primitiva que um homem pode desejar uma mulher. Mas descobri naquele momento que nada com a Clarisse seria convencional.
Ela se afastou em um solavanco, como se tivesse tomado consciência do que estava acontecendo, pegou as rédeas do cavalo e saiu em disparada.
Depois do choque, só consegui sorrir, domar a doutora Clarisse seria meu desafio daquele momento em diante.
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A flor cor de rosa (Concluído)
RomanceClarisse é uma brilhante advogada com a carreira em ascensão após suas muitas e árduas horas de trabalho no renomado escritório de direito da família Menegathy. Ela não contava que uma ardente paixão pelo príncipe Menegathy, a fizesse mudar o foco d...