Veio o verão e tudo voltou a ser lindo, eu não lidava bem com o frio. Minha tese já estava bem adiantada e os contratos também. Estava bem focada no trabalho e no curso depois do susto que passei com a perda do prazo do contrato, procurei fazer o máximo de horas possível para acabar o curso no menor prazo de tempo e poder volta para casa. Sentia muita falta de estar em casa.
O trabalho consumia quase todo o meu tempo, o Max preferia se ausentar, pois quando estava em casa queria atenção exclusiva e a acabávamos discutindo. Mesmo com suas cobranças constantes, conseguíamos nos equilibrar, sempre fazíamos pelos menos uma refeição ao dia juntos, geralmente era o jantar. Conversávamos sobre o nosso dia, às vezes acabávamos o jantar nus na cama, no sofá, ou na mesa de jantar mesmo.
Às vezes, após o jantar ele se ausentava para se encontrar com seus amigos, no início não me incomodava, mas depois se tornou muito frequente e ele chegava cada vez mais tarde. Eu o acompanhava somente quando a Margot ou a Luiza também estavam. Elas eram amigas do Max, mas eram divertidas e inteligentes, ao contrário de seus outros amigos machistas.
— Você voltará hoje, ou só amanhã de manhã? — falei sentada a mesa, em frente ao computador, quando ele saiu do quarto todo arrumado indo em direção à porta.
— Ainda não sei, vamos ver como vou me sair no pôquer essa noite.
— Você, não acha que está jogando demais?
— Você, não acha que está trabalhando demais e enfiada demais naquele lixo, que você chama de academia?
— Como assim lixo de academia! Você está me seguindo Max? Não estou acreditando. — falei, me levantando da cadeira.
— Você acredita mesmo, que eu não ia procurar saber onde está malhando, Clarisse? Ainda mais, depois que você chegou em casa cheia de hematomas. Pelo amor de Deus! Você é minha mulher.
— Eu não sou sua, Max e não gosto nem um pouco de saber que você está me seguindo. Por que você não foi a academia comigo? Nunca fiz questão de esconder, você é quem nunca fez questão de saber.
— Aquele lugar é horrível, Clarisse! Você poderia malhar nas melhores academias de Paris e fica naquele lugar. Tenha dó! Você gosta demais de gente pobre.
— Meu Deus, Max! Você é muito mesquinho, você nem conhece o pessoal da academia, você nem mesmo se interessa em conhecer, só quer saber da sua boemia, egoísta.
— Não vou discutir com você, Clarisse, estou cansado disso tudo. — ele falou abrindo a porta e saindo.
Senti meu sangue ferver de raiva. Ele era muito egoísta, me queria somente enquanto eu servia de troféu, para ele exibir aos seus amigos.
Nem sei a que horas ele chegou, sinceramente nem me interessava. Dormi no quarto de hóspedes novamente, àquela altura só queria fechar os contratos que eu estava pleiteando em Paris, e me organizar para apresentação da tese.
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A flor cor de rosa (Concluído)
RomanceClarisse é uma brilhante advogada com a carreira em ascensão após suas muitas e árduas horas de trabalho no renomado escritório de direito da família Menegathy. Ela não contava que uma ardente paixão pelo príncipe Menegathy, a fizesse mudar o foco d...