✩ 𝕖𝕦 𝕠𝕕𝕖𝕚𝕠 𝕖𝕤𝕤𝕖 𝕟𝕠𝕞𝕖 ✩

130 21 16
                                    

scene ten

— Aonde eu estou? — abre os olhos, confusa.

— Em casa.

— Ah! Victoria?

— Você desmaiou no meio de um abraço e eu te trouxe pra casa.

— Você me carregou nos braços... Sozinha?

— Bem... É, carreguei.

— E como soube chegar aqui?

— Vi nos seus documentos.

— Ah, sim.

Levou a mão esquerda até a cabeceira, pegando um maço de cigarro e um isqueiro.

— Você não me achou pesada?

— Achei, mas e daí? Isso é o de menos.

— E eu desmaiei porque?

— Acho que foi porque eu te chamei de namorada.

Um sorriso bobo pinta no rosto de Amber.

— Você adora fazer eu me sentir constrangida.

— Desculpa.

— Não... — leva o cigarro ate a boca e dá uma rápida fumada. — Eu gosto disso.

— Então ok, eu posso continuar. — se joga para cima da garota, a fazendo soltar o cigarro num impulso e segurar sua nuca.

— Você estava falando sério quando me chamou de namorada?

— Não, mas se quiser, eu posso te chamar assim de uma maneira séria.

Os dois rostos ficam quentes com a mistura do contato físico e com as emoções à flor de ambas as peles.

— Então eu quero que você repita infinitas vezes que me ama, até se cansar.

— Vai ser dificil ficar falando isso sem parar até minha morte.

Então juntam os lábios, e Amber puxa o lençol para si então cobrindo ambas as garotas.

•••
lembrança

Tocava guitarra enquanto Luna cantava. O bar estava vazio aquele dia, apenas os garçons apreciavam o belo canto de Luna. E Amber ainda tonha esperança de ver Victoria por lá. É péssimo achar que é importante pra alguém.

Então desviou o olhar para a porta de entrada, e tomou um susto: ali estava Victoria. Encarando Luna, e provavelmente achando seu vocal bonito, o que de fato é. Mas como ela havia achado o bar? Ela leu o escrito no desenho e veio atrás de Amber? Logo Amber? Voltou a encarar a guitarra e fingir que não estava a vendo.

A música acabou, então enquanto Luna agradecia pela reação boa do público, Amber se levanta de seu banquinho, deixando a guitarra e indo até o banheiro. O banheiro masculino.

Enquanto tocava, estava se questionando sobre ela mesma. Já tinha um bom tempo que Amber se fingia de homem apenas para fumar e namorar garotas. Isso é de fato, frustrante. A mesma não via o próprio corpo fazia tempos, com medo de que lembrasse que é uma mulher e chorasse. Sua casa sequer havia um espelho.

love, drawings & cigarettes | amtoriaOnde histórias criam vida. Descubra agora