•Kirishima•
Izuku ainda não havia voltado e meus nervos já estavam a flor da pele. O que será que Bakugou iria falar sobre mim? Será que ele iria quer a minha amizade? Como ele reagiria a ficar na minha frente?
Tantas perguntas e nenhuma resposta... odeio o fato de "só o tempo responderá" ser algo tão certo nessa situação. Mas eu não tenho tempo para o tempo, poxa!
Espera.. essa frase ficou estranha.. aahhh o que eu estou tentando dizer? Meu deus, isso é um... gay panic?
—Bom dia, kirish- cara você ta bem? —Denki entra na sala, onde eu esperava não tão pacientemente por Izuku
—E-eu? To sim!
—Não parece, você tá todo agitado batendo esse pé no chão e só faz isso quando ta super nervoso e... —Ele se aproxima de mim —Por que tava olhando fixamente pra janela?
—É que.. bem.. eu, ehh.. eu
—Você...?
—Eu to esperando pelo Midoriya.
—Midoriya? E o que ele foi fazer fora de casa? Ele por acaso foi com a Bandeira do Canadá?
—Quê?? Não! Ele só foi.. fazer um favor pra mim, nada demais, juro!
—Tá tá, quando enjoar de esconder as coisas de mim, pode vir falar comigo certo? Eu ainda sou seu amigo.
—Ei Kaminari, não fala isso....
—Como não falar isso, Eijirou? Você tá agindo estranho comigo desde que chegamos e pelo que me lembro eu não te fiz mal algum.
—Eu prometo te explicar tudo melhor, mas ainda não é a hora.. eu preciso ter certeza de uma coisa, Kami
—Tá então quando essa droga de hora chegar eu espero que você lembre da minha existência.
Então ele se retirou da sala sem falar uma palavra a mais, indo em direção à cozinha. Eu fui um mal amigo? Eu estou sendo uma pessoa ruim? Droga por que tudo ta acontecendo tão rápido na minha vida???
E onde está o Midoriya? Ele decidiu acampar na droga daquela casa azul?
[...]
Passaram-se uns vinte minutos depois que Denki disse aquilo, eu acabei por ficar mexendo no celular até ouvir o barulho da porta se abrindo. Reviro meu corpo e meus olhos percorrem pela sala esperando encontrar uma cabeleira verde, e lá estava ele.
Mas sem o tal filho da casa azul.
—Eai? Nada? Você demorou demais —Pergunto esperançoso
—Bem, primeiro desculpa pela demora. E.. eu falei com ele mas como nas outras mil vezes ele recusou denovo.
—Então foi uma ida inútil? Ah..—Volto para a posição que eu estava antes, não queria que Midoriya me visse com uma cara de decepção.
—Claro que não! Eu acho que consegui convencer um pouco ele que conhecer mais pessoas seria bom.. mas o bakugou tem que ter o tempo dele, Kiri..
—Claro claro.. bem mas obrigado por ter ido. Acho que pode esquecer esse assunto por enquanto.
—Então vai desistir fácil assim dele?
—Não foi isso que eu disse, Izuku.. eu só to causando problemas para você e pro Denki, preciso pensar melhor.
—Denki?
—Longa história, depois de conto.
Encerro o assunto sem voltar a olhar pra ele, pego meu casaco preto e vou até a porta de entrada, logo saindo pela mesma. Não, eu não iria para a Casa Azul. Eu só quero sair um pouco.
A brisa gelada bate em meus cabelos mas não os danificam muito, eu exagero no gel todo santo dia então fica meio difícil dos fios se moverem quando já estão secos. Cerro meus olhos por causa do vento e vou caminhando em direção ao pequeno lago que tem no condomínio, não é permitida a descida dele mas Midoriya mostrou um lugar o qual quase ninguém vê a entrada, então podemos descer e ficar fora do campo de visão dos vigias.
Chamávamos de "The Hider". Pode parecer um nome tosco, mas quando todos descobrimos o lugar éramos crianças, e The Hider nos dava um ar de importância e mistério, algo como um esconderijo de um livro ou filme super famoso.
Bem.. ainda dá.
Mexo em uns arbustos e olho para duas direções, nada dos vigias. Entro na nossa pequena passagem secreta e vou caminhando até achar a margem do lago. Lembro que nossos nomes estão gravados na parede que cerca o The Hider, a decoração de lá não era das mais incríveis para um esconderijo secreto, só tem a lona que usamos para cobrir o chão sujo, nos dando oportunidade para sentar sem sujar nossas roupas, e um pequeno baú cheio de brinquedos que cada um pegou para ser doado ao The Hider.
Aquele local estava abandonado. Conforme os verões passavam a gente ia parando de ir para lá, por isso ainda tinha brinquedos. Quem iria brincar com um Ken hoje em dia?
Conforme vou me aproximando escuto um barulho, alguém estava abrindo o baú. Que ótimo, ou é um bicho com mãos ou mais alguém descobriu o lugar.
—Hm oi? Tem alguém ai?—Digo já quase na saída do caminho
—EU JURO QUE NÃO SEI COMO VIM PARAR AQUI!—A outra pessoa grita de volta e logo reconheço a voz
—J-jirou?
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Publicado em: 17 de setembro de 2019
Revisado em: 10 de fevereiro de 2021gente pelo amor de deus 2 anos se passaram e NINGUÉM me avisou q eu tava escrevendo "mexer" com ch que vergonha .
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The blue house | kiribaku
FanfictionKirishima ia a um condomínio de campo todas as férias com seus amigos, e sempre estava curioso sobre o filho do proprietário do condomínio, que morava em uma casa com telhados azuis, no topo de um morro, e que curiosamente nunca saía de sua casa. [C...