Noticia um tiquinho ruim: esse é o penúltimo capítulo da fic :(
E como é o penúltimo, queria que voces deixassem aqui oq estao vivendo atualmente, pode ser qualquer coisa! Imagina como vai ser legal as pessoas do futuro lendo os comentarios e pensado "uau quando a autora escreveu essa fic em 2020 ela estava no meio de uma pandemia, que loucura"
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Bakugou e Kirishima começaram a andar e nos primeiros 5 minutos ambos ainda estavam um pouco tímidos e receosos.
Afinal eram dois estranhos andando por um condomínio de campo escuro às três da madrugada. Aquilo era muito estranho.
Kirishima que sempre quis falar com Bakugou agora se sentia perdido, como se todas as palavras e perguntas tivessem evaporado de sua mente em um piscar de olhos.
Já Bakugou ficou sem saber o que fazer, ele geralmente andava sozinho ou com Deku mas agora estava totalmente por sua conta propria. E se ele fizesse algo errado? E se o que aconteceu no passado voltasse para o assombrar novamente?
Sair com Kirishima tinha mesmo sido uma boa ideia?
— Você costuma sair muito de madrugada? — Eijiro arriscou, quebrando o silêncio.
— Não muito. — Mentiu.
— Tendi..
E novamente, o silêncio.
Quando os dois dobraram a esquina, Bakugou notou o quanto isso era ridículo. Poxa, os dois queriam aquele momento e agora iria ficar esse silêncio horrivel?
E por mais que Katsuki odiasse admitir, ele queria conversar com o ruivo.. queria mesmo.
— Ei cabelo de merda. — Ele chamou, Eijiro virou o rosto e o encarou, Bakugou quase viu brilho em seus olhos, mas talvez tenha sido só a luz forte do poste.
— De novo esse apelido? O que foi?
— Você pinta o cabelo? — Perguntou.
— Por que ta me perguntando isso?
Bakugou parou de andar, ficou embaixo da luz de um do poste de uma das ruas do condomínio. Ele olhou para a cabeça de Kirishima e para o penteado espetado.
— Sua raiz preta tá começando a aparecer, a bandana não tá escondendo tudo.
Kirishima imediatamente botou a mão nos cabelos e tirou a bandana. Ele sabia desde de manhã que a raiz já tava aparecendo mas não estava tão óbvio assim. Nem Kaminari nem Midoriya tinham notado, então por que só ele notou?
"Ele tava prestando atenção no meu cabelo?" Pensou Kirishima.
Logo ele ouviu a voz de Katsuki ficando mais longe.
— Vai ficar aí parado? Vem logo — Ele já tinha andado uns 3 metros enquanto Kirishima tentava ajeitar a bandana.
— Foi mal! — Ele gritou de volta e correu de volta para o seu lado. — Não achei que dava pra reparar tanto assim, eu preciso retocar tipo.. urgentemente.
— Duvido que na casa do Deku tenha tinta. — Ele disse.
— E não tem, eu geralmente trago a tinta ou pinto antes de vir pra cá. Mas nesse ano eu esqueci completamente de comprar tinta nova antes de vir.
— Bote logo essa bandana, tenho medo do seu cabelo cair sem ela. — Bakugou disse e Kirishima riu, sua risada contagiou o próprio Sr. Coração De Pedra que deu um sorriso
— Ele não vai cair! Meu cabelo é sedoso e eu fico com uma franja quando ele tá pra baixo. — Bakugou cruzou os braços e encarou o outro.
— Sedoso? Com o tanto de tinta e gel que você bota ele deve ser uma palha!
— Bakugou quer parar de insultar meu cabelo? — Kirishima disse não se controlando com o riso.
Afinal ele sabia que seu cabelo não era tão sedoso quanto dizia.
— Da próxima vez eu vou trazer uma tinta rosa neon e pintar o seu cabelo!
— Vai sonhando, cabelo de merda. — Katsuki se afastou dele — Você não tá nem louco de fazer uma coisa dessas, não quero virar um algodão doce ambulante.
— Se você seria um algodão doce ambulante, eu sou o que?
— Um cara com um cabelo de merda. —Bakugou falou e recebeu um olhar desaprovador de Kirishima. — Ok ok... alem disso é um maromboy falsificado com cabeça de fósforo.
— Eu sou o que?!
Os dois riram como se Bakugou tivesse contado a piada mais engraçada do universo, e foi tão alto que deve ter acordado alguem na casa que eles estavam passando. Pois a luz de uma das janelas do segundo andar ascendeu.
Kirishima sussurrou "corre" e os dois correram o mais rápido que puderam, viraram a esquerda e depois a direita e pararam debaixo de uma árvore. A respiração dos dois estava em falta, ofegaram como nunca.
Eijiro se sentou no meio fio, um pouco na frente da árvore e Katsuki fez o mesmo, ainda com um pouco de distância do outro.
— Quase f-fomos pegos. — Kirishima disse, ainda ofegante.
— Aquela casa era do idiota dos Sakuras. Bem feito que Kei Sakura tenha acordado, eu não suporto ele.
Bakugou falou com um tom irritado, Kirishima encolheu os ombros. Ele não queria ter provocado o loiro desse jeito.
— Como pode não suportar ele se você nem sai de casa? — Eijiro perguntou.
— Quando eu saía de casa ele era irritante. E não deve ter mudado, do jeito que ele é..
— Eu sou irritante? — Kirishima perguntou. Ele sempre quis saber essa resposta e agora parecia ser o momento perfeito.
— Você é.. suportável.
— Sério?! De verdade?!
— Se continuar insistindo então não vai mais ser.
— Desculpa.. eu só to aliviado por não ser insuportável.
Bakugou encarou Kirishima pela segunda vez naquela noite. Os olhos dos dois se encontraram e Kirishima sorriu, Bakugou rolou os olhos e disse:
— Acho que você é mais do que suportável, cabelo de merda. — Bakugou disse. — Talvez... você seja minha salvação.
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Publicado em: esqueci de olhar a data fudeu 2020
Revisado em: 19 de fevereiro de 2021atualização: ainda estamos em pandemia :( morra covid morra !!
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The blue house | kiribaku
Fiksi PenggemarKirishima ia a um condomínio de campo todas as férias com seus amigos, e sempre estava curioso sobre o filho do proprietário do condomínio, que morava em uma casa com telhados azuis, no topo de um morro, e que curiosamente nunca saía de sua casa. [C...