07. Sem chances

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Cheguei em casa, entrando no meu quarto e me jogando na cama, eu ainda cheirava a bebidas e isso me enojou.

O beijo daquele bêbado foi horrível, mas talvez porque não era aquela boca que eu gostaria de beijar.

Depois que beijei Kihyun, pensei que isso seria o gatilho para explorar minha sexualidade duvidosa, mas aquele beijo não teve o mesmo gosto.

Ouvi batidas na porta.

— Chang... — me deparei com uma Hwasa chorando, com seu rosto borrado e com o cabelo embaraçado.

— O-O que aconteceu Hwasa? — ela se sentou na cama, com a cabeça baixa.

— Eu não queria me sentir assim! Eu saí para me divertir e volto cada vez mais destruída. — ela chorava incontrolavelmente — Você ama alguém Chang?

— E-Eu... — não sabia o que responder.

— Eu sou apaixonada pela mesma mulher a anos e eu não consigo superar o vazio que me restou quando ela me deixou.

— Hwasa, eu sinto muito. — falei na falha intenção de consola-la — Se essa pessoa te deixou, é porque ela nunca te amou.

— Você não entende Chang.

Eu realmente não entendia, porque nunca soube sobre o passado de Hwasa, então apenas a abracei e esperei ela se acalmar.

[...]

Eram 03:47 da madrugada e eu me encontrava ainda jogado na cama, olhando para o teto.
Hwasa ainda estava acordada, pois eu podia escutar o barulho da televisão ligada.
Eu queria conversar com ela, mas, hoje eu pude ver que ela esconde muita coisa de mim, e isso me deixa chateado.

Saí do quarto e passei rapidamente pela sala, dando para ver Hwasa prestando atenção no filme que passava.

Abri a geladeira e bebi um gole de água, logo voltando para meu quarto.

— Chang. — estava prestes a entrar mas voltei meus olhos para sala. — Quem era aquele homem da festa?

— Que h-homem? — droga. Eu não pensei na possibilidade de Hwasa ter visto.

— Aquele cara que você beijou. — ela falou tão calma que nem parecia a animada mulher que me criou.

— É um cara que eu conheci. Foi só um beijo, e foi bem legal, nada demais. — menti.

— Não pague de durão comigo Changkyun. — Hwasa tinha o perfeito dom de saber quando eu estava mentindo.

Soltei a postura e me sentei do lado de Hwasa, entrando no meio de seus braços.

— Eu não entendi o que aconteceu. — falei com os olhos brilhando — Aquilo foi repugnante.

— Foi o primeiro homem que você beijou? — ela perguntou passando a mão em meu cabelo.

— Não. — respondi.

— E o que você sentiu quando beijou o primeiro cara?

— Foi uma sensação nova, talvez algo que eu queira denovo. — disse envergonhado.

— E com quem foi?

Congelei. Eu não poderia falar quem era, pois eu ainda me lembro nitidamente das palavras que Kihyun disse a Hwasa no hospital. Eu não queria atrapalhar qualquer coisa que os dois tivessem ou tiveram, mas acredito que eu já esteja envolvido demais.

— Eu não posso dizer. Me desculpe. — eu claramente fiz certo em não falar nada.

— Tudo bem Chang, fale quando estiver confortável em contar. — ela ainda passava a mão em meu cabelo — Mas por que você está tão frustrado?

— Essa pessoa estava na festa, e eu o vi beijando outro cara. — disse.

— Então você beijou outra pessoa para tentar se sentir melhor?

— N-Não, eu não acho que seja iss...

— Você está com ciúmes dele, mas não deve sair beijando qualquer um assim. — eu não posso concordar com Hwasa.

Não tinha chances de eu estar com ciúmes de Kihyun.

Depois dessas palavras eu parmaneci em silêncio e a noite acabou assim. Hwasa com o coração partido por não conseguir superar o passado, e eu confuso por não saber controlar minhas ações.

Heroine Pure | •ChangkiOnde histórias criam vida. Descubra agora