Cheguei em casa, entrando no meu quarto e me jogando na cama, eu ainda cheirava a bebidas e isso me enojou.
O beijo daquele bêbado foi horrível, mas talvez porque não era aquela boca que eu gostaria de beijar.
Depois que beijei Kihyun, pensei que isso seria o gatilho para explorar minha sexualidade duvidosa, mas aquele beijo não teve o mesmo gosto.
Ouvi batidas na porta.
— Chang... — me deparei com uma Hwasa chorando, com seu rosto borrado e com o cabelo embaraçado.
— O-O que aconteceu Hwasa? — ela se sentou na cama, com a cabeça baixa.
— Eu não queria me sentir assim! Eu saí para me divertir e volto cada vez mais destruída. — ela chorava incontrolavelmente — Você ama alguém Chang?
— E-Eu... — não sabia o que responder.
— Eu sou apaixonada pela mesma mulher a anos e eu não consigo superar o vazio que me restou quando ela me deixou.
— Hwasa, eu sinto muito. — falei na falha intenção de consola-la — Se essa pessoa te deixou, é porque ela nunca te amou.
— Você não entende Chang.
Eu realmente não entendia, porque nunca soube sobre o passado de Hwasa, então apenas a abracei e esperei ela se acalmar.
[...]
Eram 03:47 da madrugada e eu me encontrava ainda jogado na cama, olhando para o teto.
Hwasa ainda estava acordada, pois eu podia escutar o barulho da televisão ligada.
Eu queria conversar com ela, mas, hoje eu pude ver que ela esconde muita coisa de mim, e isso me deixa chateado.Saí do quarto e passei rapidamente pela sala, dando para ver Hwasa prestando atenção no filme que passava.
Abri a geladeira e bebi um gole de água, logo voltando para meu quarto.
— Chang. — estava prestes a entrar mas voltei meus olhos para sala. — Quem era aquele homem da festa?
— Que h-homem? — droga. Eu não pensei na possibilidade de Hwasa ter visto.
— Aquele cara que você beijou. — ela falou tão calma que nem parecia a animada mulher que me criou.
— É um cara que eu conheci. Foi só um beijo, e foi bem legal, nada demais. — menti.
— Não pague de durão comigo Changkyun. — Hwasa tinha o perfeito dom de saber quando eu estava mentindo.
Soltei a postura e me sentei do lado de Hwasa, entrando no meio de seus braços.
— Eu não entendi o que aconteceu. — falei com os olhos brilhando — Aquilo foi repugnante.
— Foi o primeiro homem que você beijou? — ela perguntou passando a mão em meu cabelo.
— Não. — respondi.
— E o que você sentiu quando beijou o primeiro cara?
— Foi uma sensação nova, talvez algo que eu queira denovo. — disse envergonhado.
— E com quem foi?
Congelei. Eu não poderia falar quem era, pois eu ainda me lembro nitidamente das palavras que Kihyun disse a Hwasa no hospital. Eu não queria atrapalhar qualquer coisa que os dois tivessem ou tiveram, mas acredito que eu já esteja envolvido demais.
— Eu não posso dizer. Me desculpe. — eu claramente fiz certo em não falar nada.
— Tudo bem Chang, fale quando estiver confortável em contar. — ela ainda passava a mão em meu cabelo — Mas por que você está tão frustrado?
— Essa pessoa estava na festa, e eu o vi beijando outro cara. — disse.
— Então você beijou outra pessoa para tentar se sentir melhor?
— N-Não, eu não acho que seja iss...
— Você está com ciúmes dele, mas não deve sair beijando qualquer um assim. — eu não posso concordar com Hwasa.
Não tinha chances de eu estar com ciúmes de Kihyun.
Depois dessas palavras eu parmaneci em silêncio e a noite acabou assim. Hwasa com o coração partido por não conseguir superar o passado, e eu confuso por não saber controlar minhas ações.
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Heroine Pure | •Changki
FanfictionTalvez se eu não tivesse entrado na floricultura aquele dia, tudo seria diferente, porque eu sabia que Lim Changkyun seria a volta de minha perdição.