Estava voltando para casa, já que acordei cedo e resolvi caminhar pelas ruas, para refrescar minha cabeça.
Mas quando estava chegando na floricultura, fui surpreendido com Kihyun na porta, parecia agitado e preocupado.
— Kihyun? — bocejei — O que está fazendo aqui?
— Hwasa está aí? Eu preciso falar com ela. — abri a porta e Kihyun passou por mim subindo rápido as escadas, entrando em minha casa.
— Bom dia pra você também. — cochichei e fechei a porta, logo chegando na cozinha.
— Hwasa eles vão conseguir dessa vez. — cheguei e ouvi Kihyun dizer.
Hwasa tinha uma aparência preocupada e um tanto apavorada.
— Eles vão conseguir o que? — perguntei.
— Me pegar. — Kihyun respondeu ao encarar a mesa em que suas mãos estavam apoiadas.
— Como você pode ter tanta certeza disso? — ela perguntou.
— Eu tenho pessoas infiltradas na delegacia, e com isso eu sei que abriram uma investigação contra mim. — ele passou a mão no cabelo, tentando se acalmar — E eles tem uma testemunha.
— Espera. — eu ri — Como assim pessoas infiltradas? Testemunhas?
— Logo você se acostumará com o modo de vida de Kihyun, Chang. — Hwasa falou.
— Então o que vamos fazer? — resolvi me envolver de vez no assunto.
— É um caminho sem volta Changkyun, ainda da tempo de você desistir disso, ou terá que viver como eu. — ele me encarou com melancolia no olhar.
— Ele já entrou nessa vida a muito tempo. Pelo o que eu conheço bem, Changkyun não vai querer sair. — Hwasa acrescentou.
Incrível como ela sempre adivinhava.
— Nos diga o que fazer chefe. — disse.
— Se Wheein estivesse aqui, diria para invadirmos a delegacia e roubar todas as evidências contra mim. — Kihyun riu frustrado.
— Eu acho um ótimo plano. — falei.
— NÃO. — os dois responderam juntos e me olharam.
— Tudo bem, entendi. — respondi rindo internamente.
— Você precisa ter mais certeza Kihyun, use as pessoas que você tem na delegacia e tente entender como eles pretendem te acusar. — Hwasa falou seria, como se já fosse experiente nisso — Por enquanto, volte pra casa, e mostre como você é um bom e normal empresário.
Ela deu dois tapas no braço de Kihyun e saiu da cozinha.
Kihyun arfou e afroxou a gravata, se encostando na mesa e bagunçando seus fios.
— Vai ficar tudo bem. — parei em sua frente e o dei um selar.
— Se eu for preso, prometa que vai continuar com os negócios? — ele parecia mais calmo — Eu dei minha vida por isso, todos nós demos.
— Fique quieto Kihyun. — o abracei e tentei disfarçar o quanto eu estava preocupado com o pior agora — Por que não passa para me buscar depois do trabalho? — passei a mão por cima de seu abdômen e o selei novamente.
— Só se você passar essa noite comigo. — Kihyun puxou minha cintura e acariceou triste meu rosto.
— Como quiser, chefe.
[...]
O dia passou rápido e Kihyun já havia ido me buscar em casa. Quando chegamos ele me levou diretamente para a cozinha e eu me sentei em uma das cadeiras.
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Heroine Pure | •Changki
Hayran KurguTalvez se eu não tivesse entrado na floricultura aquele dia, tudo seria diferente, porque eu sabia que Lim Changkyun seria a volta de minha perdição.