15. Merda Changkyun

101 33 23
                                    

— Chang... Chang...

Ouvi uma voz leve e distante me chamar e pude ver o rosto de minha mãe. Ela estava linda como sempre.

— Changkyun!!!

Mas acordei em um salto e percebi que mais uma vez sonhei com Wheein, mas fui interrompido com os gritos alegres de Hwasa.

Olhei-a enquanto me sentava na cama e pude ver que ela tinha uma carta em mãos.

— Vamos menino acorde logo!

— Calma Hwasa. — falei coçando os olhos e reparando na felicidade que vinha da voz dela.

— Você foi aceito!!! — ela falou com um sorriso ardente, dando pulinhos.

— Eu fui aceito? — perguntei tentando compreender a situação — EU FUI ACEITO!?

Levantei da cama em um pulo e peguei a carta das mãos de Hwasa.

PUTA QUE PARIU.

Após ler, levei um choque, tendo a notícia de que fui aceito em uma universidade no Brasil.

— Hwasa!!! — abracei-a eufórico e juntos demos gritinhos, liberando meu lado afeminado.

— Sua mãe estaria orgulhosa se estivesse aqui. — Hwasa passou a mão em meu rosto e eu fiquei em silêncio — Vamos dar uma festa!

— Uma festa? — sorri, já acostumado com as comemorações de Hwasa.

— Sim, uma festa. — ela se virou e foi em direção a cozinha.

Me sentei novamente na cama, com o coração acelerado. Só parando para pensar, tive noção do quão perto estava do meu verdadeiro objetivo.

[...]

Passei o dia trabalhando sozinho, flertar com os clientes já não tinha mais graça. Hwasa não parou em casa como sempre, me disse que estava fazendo os preparativos da festa e que eu poderia fechar a floricultura mais cedo.

Então assim fiz, enquanto arrumava o dinheiro do caixa, Hwasa chegou cheia de caixas decorativas.

Não fique só olhando Chang! Me ajude aqui.

Arrepiei ao ouvir essa frase, me lembrando do momento em que eu havia ouvido-a horas atrás.

— C-Claro. — respondi tirando os toques de Kihyun de meus pensamentos.

[...]

Ajudei Hwasa a arrumar a decoração, e tive direito até de encher balões coloridos.

Após as comidas da festa chegarem, tomei um banho e me vesti, já podendo ouvir vozes de pessoas na casa.

Me arrumei e abri a porta do quarto. Tinha que admitir o bom gosto de Hwasa, a festa estava linda. Ainda tinha poucas pessoas, mas já podia ver Hwasa interagindo com alguns antigos colegas meus, da época de escola.

Fui até eles e alí fiquei, conversamos sobre assuntos aleatórios e Hwasa estava rindo mais que eu.

Eu não podia conter minha felicidade, já que ir para o Brasil seria um grande avanço pra mim.

Me distanciei do grupinho e fui cumprimentar as pessoas que chegavam, até que vi ele.

Kihyun sentado em meu sofá, com uma taça de vinho em mãos.

Ele notou minha presença e caminhou até mim, com um sorriso nos lábios e com muita atitude também.

— Parabéns garoto. — ele selou minha boca e eu me afastei, tirando a alegria do rosto de Kihyun.

— As pessoas podem ver. — eu falei baixo, olhando para os lados, conferindo se alguém estava de olho em mim.

— E isso é um problema pra você? — Kihyun perguntou e logo percebi a merda que eu havia feito.

Na hora eu não soube o que responder, então Kihyun saiu da minha frente e andou em direção a mesa de bebidas.

Infelizmente tive minha atenção tomada por ex-colegas de classe chamando meu nome, então deixei para resolver as coisas com Kihyun depois.

Heroine Pure | •ChangkiOnde histórias criam vida. Descubra agora