Capítulo 31 - Lobo malvado?

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Dóris

- Eu não acredito nisso. - Digo
escorada na parede de braços cruzados com a Lua do meu lado imitando a minha posse. Volúpia está sentada em uma poltrona na sala de pernas pro ar. A faca nem chegou a machuca-la direito pff. Só deu uma encravadinha. Olho para o pessoal em sua volta a mimando.

- Verdade. Sua namorada é uma mimadinha do caralho.

- Onde você tá aprendendo esse linguajar garota? - Digo olhando perplexa para ela. - Sei que é arrisca, debochada e prepontênciosa mas não boca suja.

- Primeiro que você tá falando alto demais e segundo, parece que você está descrevendo ela - diz se voltando para Volúpia- não me compare com isso.... Hey Sol vamos colher maçãs! - Suas bochechas ficam coradas e seus olhinhos brilham enquanto ela sai correndo pela porta com a Sol.

- Meu Deus, eu criei um monstro.

- Dórissss onde você está? - Vejo Volúpia me chamar com um biquinho- estou com saudades amor.

Acho ncrível o modo como ela odeia gente dramática e carente mas vira uma 1000 vezes pior quando está mal.

...

Lua

- Luaaaaaaaaa olha

- Cacete, grita no meu ouvido não - Sol faz biquinho e carinha de choro - tô brincandoo, olhar o que?

Ela ri e sai correndo, eu corro atrás dela.

- O que é isso? Uma caverna? Aí meu Deuuus, é uma passagem secreta.

Escuto o gritinho animado de Sol
e não me seguro ao gritar e pular também. Saímos correndo e passamos pela caverna estreita. A passagem leva a um jardim cheio de flores fazendo eu e Sol ficarmos de boca aberta. Viro pra ela.

- Hey Sol! Não podemos contar pra ninguém sobre esse lugar. - digo segurando seu ombro com uma mão enquanto com a outra colocava o dedo apontador sob os lábios em sinal de silêncio.

- Por que? - seu olhos azuis e brilhantes me fazem suspirar.

- Será nosso lugar secreto. Se algo acontecer, nos encontraremos aqui. Tipo nos filmes

- Tipo aqueles filmes que as pessoas fogem de um cara que tenta matar elas?

- Exatamente, tipo esses filmes - seus olhos azuis se arregalaram.

- Eu não quero que ninguém tente me matar - Essa garota é idiota? Seus olhos começam a lagrimejar e eu suspiro comovida.

- Isso é só um exemplo. Não deixarei ninguém fazer mal a você - seu rosto se ilumina como um cachorrinho recebendo seu biscoito.

Brincamos até o anoitecer no nosso (novo) esconderijo secreto.

Voltando para a fazenda, percebemos um homem estranho distante da gente. Sol segura minha mão e eu percebo estar trêmula. Estou um pouco nervosa também, mas me obrigo a manter a calma para não assustar a Sol.

A calma vai pro caralho quando percebo que o homem está seguindo a gente. Apresso o passo segurando cada vez mais forte a mão da Sol.

Quando o homem grita um 'ei crianças' conto até três bem baixo e começo a correr segurando a Sol.

O homem nos segue.

Adeus mãe, tivemos tão pouco tempo. Pelo menos não vou precisar olhar pra cara daquela namoradinha da mamãe. Espera, ainda tem a Sol, e bom, chegou a nossa hora não posso fazer nada não.

Estava decidida a aceitar o nosso cruel destino quando o homem segura meu ombro e eu grito.

Aí preula.

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