9|Laís

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— Me conta tudo agora. Se resolveram? - Sabrina me pergunta após eu ter puxado a mesma para meu quarto e fechando a porta com tudo.

— Vamos sair amanhã - sorrio.

— Se ele te chamou pra sair, está tudo bem?

— Então... - começo a mexer no cabelo e andar pelo quarto.

— Se está se descabelando, significa que tem alguma coisa de errado. Fala logo, Laís.

— Eu que chamei ele pra sair.

— Não sei se isso é muito bom. Segundo ao seu pai...

—Estou pouco me fudendo para o meu pai. Ele vem com essas besteiras que só o homem pode convidar para um jantar, passear, dar presentes... Isso é idiota, Sabrina.

— Eu sei, Laís. Mas, sabe como seu pai é exigente.

— Eu falo que o Eric me chamou e fica tudo certo. No que daria de errado?

— É. Agora vamos ao shopping? - se anima.

— Por mais que eu esteja exausta, eu vou.

— Que exausta, Laís? Desde quando gemer te deixa exausta?

— Sabrina - taco uma almofada nela.

— Não está mais aqui quem falou - ela rir — Vamos. Tenho que ajudar a Vitória com a facul.

— Ela não sabe estudar sozinha?

— Ela precisa de ajuda, eu estou avançada.

— É só o seu pai contratar um tutor pra ajudar ela.

— Ele disse que temos que passar mais tempos juntas. Que eu só fico na sua casa, e não saio com a minha irmã.

— Vem mais com ela.

— Sério? - assinto — Vocês nunca se deram bem, acho que não vai ser agora que vão se dar.

— Eu não sou uma pessoa horrível, tá bom? Eu estou mudando aos poucos.

— Isso se chama efeito Eric - rir nasal.

— Você me estressa. Vou ignorar o seu comentário.

— Amanhã eu venho com ela.

— Só não deixa ela me estressar.

— Estava demorando - dá uma revirada de olhos e eu rio.


Passamos o dia inteiro no shopping

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Passamos o dia inteiro no shopping. Assim que acabamos as compras, o tio Iago deixou ela em casa e me levou pra minha. Bem que estou reconhecendo esse carro aqui na frente de casa.


— Chegamos, Lala - sorrir todo simpático.

— Obrigada, tio - dou um beijo na sua bochecha e saio do carro.

Entro na casa após todas aquelas escadas e dou de cara com meu pai conversando com o sr. Lopes e seu filho.

— Filha! Que bom que chegou. Se junte a nós — caminho até eles e dou um sorriso forçado — O Lopes disse que vocês vão sair - meu pai sorrir.


— Vamos - confirmo. Não aguento mais forçar esse sorriso.


— É bom saber que estão se dando bem. Meu filho não é difícil de lidar, ele é bem carinhoso. Prometo que não vão se arrepender.

— Foi uma enorme atitude do seu filho em chamar a Laís para eles sairem.

— Na verdade... - Eric tenta abrir aquela boca dele.

Me aproximo rápidamente dele e lhe dou um selinho rápido. O que faz ele calar a boca e me encarar sem entender nada.

— Já precisamos ir, né amor? - forço um sorriso e ele entende.

— Sim. Licença - acena com a cabeça. Puxo ele direto pro meu quarto.


— Ficou doido é? - bagunço meu cabelo.

Ele se joga na minha cama — Então esse é o quarto em que a princesa dorme?

— Não muda de assunto.

— Não mudei, mas pode continuar.

— Nem morto meu pai pode saber que eu te convidei pra sair.

— Qual é o problema nisso?

— Segundo ele, os homens tem que tomar partido de tudo. Nem se eu quisesse te dar um presente, eu poderia. Não sei em qual século ele vive.

— Vai ter que comprar dois presentes de aniversário de casamento? - brinca.

— Você realmente é um idiota.

— Não acho nada demais em ele saber que sua filha me convidou.

— Pra ele tem muita coisa, tá bom?

— Tá legal. Eu não conto - ele se levanta e vem até a mim — Agora para de bagunçar o seu cabelo - pega na minha mão que estava no meu cabelo e a acaricia — Não precisa disso. Por que você sempre faz isso?

— Isso o quê? - me faço de sonsa.

— Fica bagunçando o cabelo sempre que está nervosa.

— Pronto. Mais um pra ficar me controlando.

—Não estou aqui pra controlar você, e sim, cuidar. Quer me contar?

— Talvez, um dia, eu te conte - me desvio dele e me sento na cama.

— Alguém sabe o motivo?

— Não. Acho que nem um motivo tem. É uma mania minha - ele se senta ao meu lado — Minha mãe sempre me ajudava com isso. Só que depois que ela morreu... - sinto meus olhos marejarem.

— Não precisa mais falar nada, eu já entendi - ele me puxa pra um abraço e me conforto nele.

[...]

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