— Me conta tudo agora. Se resolveram? - Sabrina me pergunta após eu ter puxado a mesma para meu quarto e fechando a porta com tudo.
— Vamos sair amanhã - sorrio.
— Se ele te chamou pra sair, está tudo bem?
— Então... - começo a mexer no cabelo e andar pelo quarto.
— Se está se descabelando, significa que tem alguma coisa de errado. Fala logo, Laís.
— Eu que chamei ele pra sair.
— Não sei se isso é muito bom. Segundo ao seu pai...
—Estou pouco me fudendo para o meu pai. Ele vem com essas besteiras que só o homem pode convidar para um jantar, passear, dar presentes... Isso é idiota, Sabrina.
— Eu sei, Laís. Mas, sabe como seu pai é exigente.
— Eu falo que o Eric me chamou e fica tudo certo. No que daria de errado?
— É. Agora vamos ao shopping? - se anima.
— Por mais que eu esteja exausta, eu vou.
— Que exausta, Laís? Desde quando gemer te deixa exausta?
— Sabrina - taco uma almofada nela.
— Não está mais aqui quem falou - ela rir — Vamos. Tenho que ajudar a Vitória com a facul.
— Ela não sabe estudar sozinha?
— Ela precisa de ajuda, eu estou avançada.
— É só o seu pai contratar um tutor pra ajudar ela.
— Ele disse que temos que passar mais tempos juntas. Que eu só fico na sua casa, e não saio com a minha irmã.
— Vem mais com ela.
— Sério? - assinto — Vocês nunca se deram bem, acho que não vai ser agora que vão se dar.
— Eu não sou uma pessoa horrível, tá bom? Eu estou mudando aos poucos.
— Isso se chama efeito Eric - rir nasal.
— Você me estressa. Vou ignorar o seu comentário.
— Amanhã eu venho com ela.
— Só não deixa ela me estressar.
— Estava demorando - dá uma revirada de olhos e eu rio.
Passamos o dia inteiro no shopping. Assim que acabamos as compras, o tio Iago deixou ela em casa e me levou pra minha. Bem que estou reconhecendo esse carro aqui na frente de casa.
— Chegamos, Lala - sorrir todo simpático.
— Obrigada, tio - dou um beijo na sua bochecha e saio do carro.
Entro na casa após todas aquelas escadas e dou de cara com meu pai conversando com o sr. Lopes e seu filho.
— Filha! Que bom que chegou. Se junte a nós — caminho até eles e dou um sorriso forçado — O Lopes disse que vocês vão sair - meu pai sorrir.
— Vamos - confirmo. Não aguento mais forçar esse sorriso.
— É bom saber que estão se dando bem. Meu filho não é difícil de lidar, ele é bem carinhoso. Prometo que não vão se arrepender.
— Foi uma enorme atitude do seu filho em chamar a Laís para eles sairem.
— Na verdade... - Eric tenta abrir aquela boca dele.
Me aproximo rápidamente dele e lhe dou um selinho rápido. O que faz ele calar a boca e me encarar sem entender nada.
— Já precisamos ir, né amor? - forço um sorriso e ele entende.
— Sim. Licença - acena com a cabeça. Puxo ele direto pro meu quarto.
— Ficou doido é? - bagunço meu cabelo.
Ele se joga na minha cama — Então esse é o quarto em que a princesa dorme?
— Não muda de assunto.
— Não mudei, mas pode continuar.
— Nem morto meu pai pode saber que eu te convidei pra sair.
— Qual é o problema nisso?
— Segundo ele, os homens tem que tomar partido de tudo. Nem se eu quisesse te dar um presente, eu poderia. Não sei em qual século ele vive.
— Vai ter que comprar dois presentes de aniversário de casamento? - brinca.
— Você realmente é um idiota.
— Não acho nada demais em ele saber que sua filha me convidou.
— Pra ele tem muita coisa, tá bom?
— Tá legal. Eu não conto - ele se levanta e vem até a mim — Agora para de bagunçar o seu cabelo - pega na minha mão que estava no meu cabelo e a acaricia — Não precisa disso. Por que você sempre faz isso?
— Isso o quê? - me faço de sonsa.
— Fica bagunçando o cabelo sempre que está nervosa.
— Pronto. Mais um pra ficar me controlando.
—Não estou aqui pra controlar você, e sim, cuidar. Quer me contar?
— Talvez, um dia, eu te conte - me desvio dele e me sento na cama.
— Alguém sabe o motivo?
— Não. Acho que nem um motivo tem. É uma mania minha - ele se senta ao meu lado — Minha mãe sempre me ajudava com isso. Só que depois que ela morreu... - sinto meus olhos marejarem.
— Não precisa mais falar nada, eu já entendi - ele me puxa pra um abraço e me conforto nele.
[...]
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Perdição
Romance"Temos todas as opções pra viver dias melhores;Cê sabe que me tem na mão pena que tu não se envolve" Eric sempre foi apaixonado por Laís desde o colegial. Quando a empresa de seu pai tem complicações, é forçado a casar com a filha do dono de outra e...