Perdição

22|Eric

Acordo sozinho e vejo Laís ainda dormindo em meus braços. Filha da puta surtou ontem do nada. Eu disse que não estava de pau duro, realmente não estava. Sendo que foi bem difícil de controlar com aquela bunda colada em mim, fica difícil, carne fraca.

Levanto da cama com cuidado, vou pro banheiro, tomo um banho e visto a mesma roupa de ontem, óbvio. Saio do banheiro e escuto batidas na porta do quarto. Abro e dou de cara com a dona Maria.

— Bom dia, senhor Lopes. Não sabia que havia dormindo aqui - sorrir.

— Laís insistiu pra eu ficar. Aí, o que não faço sorrindo que ela pede chorando, não é mesmo?

— Laís tem seu dom de conseguir tudo que quer - concordo — Precisa acordar ela. Tenho que arrumar o quarto e já passou do horário dela.

— Tem algo que ela deve fazer hoje?

— Ela me pediu para acordar ela às oito, já que tinha um compromisso pra hoje.

— Pode deixar que eu a acordo.

— Obrigada - me entrega a bandeja com café — Vou trazer mais pra você.

— Laís come tudo isso? - pergunto surpreso.

— E até mais se deixar - rir nasal. Engraçado que sempre que saio com a viada, come nada. Maria sai do quarto nos deixando e vou até a cama da Laís, coloco a bandeja no criado mudo e sento na ponta.

— Laís - a chamo — Acorda, Laís - afofo seus cabelos e ela grunhe — Laís, tá na hora.

— Ah não, Maria - resmunga.

— Ai, não - tiro sua coberta e bato na sua coxa a fazendo pular e sentar na cama.

— Que droga, Eric.

— Te chamei no carinho, foi me sacanear - me defendo.

— Pensei que fosse a Maria.

— Olha as vozes, Laís.

— Estou grogue de sono e você quer medo que eu reconheça a sua voz? Cheia de fome - esfrega a barriga e faz careta.

— Maria trouxe teu café - aponto.

— É um anjo mesmo - pega a bandeja e começa a comer.

— Eu? Sei disso.

— Você é um enviado do lu, menino.

— Só me esculacha - estalo a língua.

[...]