2|Eric

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— Me desculpem por tudo. Já estou conversado com ela, é só uma questão de tempo. Logo vai aceitar e se acostumar com o trato do casamento — o Sr.Moreira é bem frio em questão do assunto bem delicado para sua filha e se despede de nós — Amanhã às 19 horas. Laís vai encontrar com seu filho, Eric, no restaurante já reservado pela minha secretária pessoal. Já está tudo pago, não precisam se preocupar.

Assentimos e saímos daquela enorme casa em direção ao nosso carro.

— Pai? — o chamo assim que entramos no carro e Élio deu a partida.

— Eric, nada desse assunto agora. Eu sei que não queria se casar. Não agora com uma pessoa que não gosta. Me desculpe te fazer passar por isso.

— Eu entendo os problemas da empresa e estou disposto a te ajudar — seguro em sua mão o passando confiança — Eu não gostei dessa idéia doida — sorrio — Pelo menos, não de início — ele me olha sem entender muito bem — Mas ela é a garota que eu gostei no colégio e ainda gosto. Principalmente mais agora que tenho a oportunidade de me casar com ela.

— Se eu soubesse, teria te contado antes e teria poupado saliva — ele suspira aliviado.

— Eu vou me dar bem com ela. Só não sei se ela vai se dar bem comigo — abaixo o olhar derrotado e meu pai me abraça.

Me partiu o coração ver ela daquela forma. Principalmente porquê ela não lembra de mim, de nós. Vou focar nesse casamento e tenho certeza que ela vai me amar. Vou ser o melhor marido pra ela. Finalmente a vida me deu uma grande oportunidade que eu não quero largar. Sou o homem da vida dela que vai fazê-la feliz pro resto da vida. Já tenho todos os planos pra vida de casados perfeito e agora tenho minha chance de cumprir esse sonho.

Desço do carro assim que Élio para em frente nossa casa e corro pra sala de jogos, onde está Yuri.

— Está devendo seu cu em dobro, rapaz — falo rindo enquanto desço as escadas.

— Esquece meu cu, irmão — rir nasal se concentrando mais ainda no jogo.

— Eu vou me casar com a Laís -— sorrio todo animado.

— Que caralhos, Eric — ele começa a rir e eu empurro seu ombro — Ela concordou?

— Acho que ela vai ser obrigada pelo seu pai — falo com certo receio.

— Ela vai te odiar pro resto da vida, garotão.

— Eu vou ser o melhor marido, tá legal? — me gabo.

— E ela, a pior esposa de todas para fuder com você e o papaizinho — debocha.

— Isso é verdade — me sento ao seu lado no sofá de couro vermelho — E o seu cu? — brinco com ele para aliviar o clima.

— Filho da puta - ele larga o controle parando o jogo e começamos a brincar rindo bastante.

— Com 23 anos e ainda brincam de lutinha. Se recomponha, Eric — meu pai fala sério nos parando a brincadeira.

— Desculpa, senhor Lopes — Yuri se desculpa e levanta do sofá se afastando de mim — Nos vemos amanhã, Eric — ele pega sua jaqueta no encosto do sofá e sobe as escadas indo a saída.

— É sério, pai? — o encaro — Até meu amigo você expulsa? No que te deu? Nunca destratou o Yuri e nem meus outros amigos.

— Desculpa — ele se arrepende — Mas o senhor tem que tomar uma postura diferente na frente dos Moreiras. E aliás, Yuri é o seu único amigo.

— Eu sei me comportar na frente de gente importante, pai. E não joga na minha cara que só tenho um amigo, poxa — brinco na última parte.

— Desculpa, filho. Eu só estou nervoso com essa situação. Maldito George que acabou com nossa empresa — vou até o mesmo e o abraço.

— Vai ficar tudo bem, pai — o conforto de toda essa situação.

[...]

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PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora