Perdição

16|Eric

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Eu não quero prender a Laís em um casamento forçado, entendo tudo que vier da sua parte. Única coisa que vou fazer, é mostra-la como posso ama-la, como posso a fazer feliz.

Fomos direto pra minha casa e já fui ligando o xbox, e ela choramingando toda hora por perder.

— Você tem que me deixar ganhar, Eric - reclama apertando os botões do controle desesperada.

— Não sai apertando, Laís - tento ajudar.

— Desisto - reclama assim que perde mais uma vez.

— Joga ai, vai - peço com manha.

— Vai deixar eu ganhar?

— Cadê a menina que gosta de conseguir as coisas com seu mérito? - provoco.

— Idiota - me joga a almofada e deita no sofá.

— Vai ficar quebrada deitando assim - falo iniciando o jogo sozinho.

— Tem uma sugestão melhor? - a olho que fica toda desconfiada — Não abuse de mim.

— Relaxa aí - rio nasal — Vou te fazer mal nenhum, maluca - pauso o jogo — Vem cá - a chamo que vem devagar e fica na minha frente — Quer convite?

— O que quer, Eric? - cruza os braços.

A puxo pela cintura e a sento em meu colo — Satisfeita? - me olha e sorrir. Me encosto melhor no sofá e a deito no meu corpo. Continuo jogando enquanto Laís fica ali arranhando devagar próximo as minhas costas por baixo da blusa por um tempo.

— Eric - meu pai me chama descendo as escadas e pauso o jogo.

— O que aconteceu?

— Sabe da Laís? O senhor Moreira ligou e... - para de falar assim que chega mais perto e ver Lais no meu colo — Entendi - sorrir.

— Era só isso?

— Preciso da sua ajuda ainda nos projetos - concordo — Leva Laís pra casa e volta rapidinho.

— Pode deixar, pai. Daqui a pouco vamos - ele me olha desconfiado — Deixa eu ficar aqui um pouco com ela, o que custa? Logo ela vai pra casa.

— Tô vendo no que isso vai dá - balança a cabeça em negação e sobe de volta pro térreo.

Fico olhando a Laís dormindo por um tempo e me amaldiçoou por ter que acorda-la — Laís - a balanço devagar que grunhi.

— Mais dois minutos, Maria - resmunga.

— Só me faltava ser comparado com uma senhora - reclamo — Vamos, Laís - tento levantar junto com ela que reclama — Laís - chamo mais alto e a mesma acorda assustada — Bom dia, Bela Adormecida.

— Não faz mais isso - resmunga baixinho — Por que me acordou?

— Tenho que te levar pra casa, teu pai já ligou perguntando por você.

— Não quero ir pra casa - se joga no sofá de novo.

— Vai dormir aqui agora?

— Qual é o problema?

— Só depois do casamento mocinha - brinco e ela me dá língua.

— Você vai me levar, ou o motorista?

— Os dois - falo óbvio — Eu vou de companhia. Quem vai te levar, é o Élio.

Laís se espreguiça e pega o salto do chão — Vamos - esfrega os braços, com certeza pelo frio.

A levo até o térreo e subo as escadas até meu quarto, pego um moletom e desço a entregando.

— O que é isso?

— Casaco, nunca viu? Coloca, você tá com frio - ela coloca o casaco e fomos para o carro. Seguimos o caminho em silêncio, a deixei em casa e voltei pra minha.

— Eric - fala assim que entro no escritório — Você sabe que...

— Se for falar da Laís, não quero escutar - suspiro e sento na mesa de frente pra ele — Cadê os gráficos? - pergunto assim que abro os arquivos no meu notebook.

[...]