Claro que eu não queria contar à ela no que estava pensando. Mas, Laís insistiu tanto que acabei revelando.
— Conta Eric - faz bico — Em que está pensando?
— Que todo seu planejamento de gastar nesse casamento é apenas pra provocar seu pai, e depois vai me deixar - revelo e Laís fica em um silêncio ruim — Desculpa. Eu não devia ter exposto meu pensam...
— Tá tudo bem - coloca sua mão sobre a minha e faz um carinho — Eu que devo pedir desculpa - sorrir fraco tentando me consolar — Vamos voltar aos preparativos - muda o assunto e volta a me mostrar seu planejamento em slides, tudo bonitinho. Laís leva bem a sério quando se planeja uma festa, ainda mais na cerimônia do casamento.
— Por que rosas amarelas? Não acho que são o seu gosto.
— Rosas amarelas... - dá um leve sorriso — Eram as favoritas da minha mãe. E era assim que meu pai se resolvia com ela toda vez - parece recordar — O amarelo não fazia parte somente em suas flores no jardim e vasos, também fazia parte do seu dia a dia. Seus vestidos de renda com mangas bufantes eram as coisas mais lindas, ela rodava e saltava com suas músicas clássicas. Ela amava tudo dos anos oitenta e bem mais passados. Quando se tratava de livros clichês em época da segunda guerra mundial então... Ela era o meu espelho de mulher. Presa nos anos passados, mas totalmente dona de si, sem deixar homem algum a dominar. E ela não sabe como eu sinto a sua falta... — quando a olho, está sorrindo e lágrimas rolam por suas bochechas — Podemos trocar por outra cor, se quiser - limpa rápidamente suas lágrimas e me olha.
— Eu gosto de amarelo - termino de secar suas bochechas e Laís sorrir fraco — Me lembra algo em especial.
— O que te lembra?
— Para de arrancar tudo de mim - brinco com ela a fazendo rir. Ficamos a tarde todinha resolvendo tudo do casamento.
— Agora só falta nossas roupas ficarem prontas — se espreguiça e boceja.
— O sono se fazendo presente - faz careta — Eu vou embora pra te deixar dormir - beijo o topo da sua cabeça e me levanto.
— Podia ficar e dormir aqui - boceja e a olho desconfiado com um sorriso — Não pense em abusar de mim ou quebro todos seus dedos e fica sem seu piru pequeno.
— Pequeno, Laís? Deixa eu me lembrar daquela noite se foi o que voc... - me interrompe.
— Não termina. Eu devia estar no efeito do álcool.
— Estava bem sóbria.
— Impossível.
— Você era conhecida por encher a cara e continuar em pé sem dar um pt se quer.
— Mas a ressaca no dia seguinte vinha.
— Sem o acompanhamento do rostinho de ressaca. Continuava linda.
— Como consegue falar essas coisas sem vomitar? Você escuta o que diz? - dou de ombros — Sério. Você é todo fofinho e eu uma égua. Te dou várias patadas e mesmo assim, você vem todo atencioso em cada detalhe comigo. Como consegue? Eu já teria me dado uma voadora - rio da sua cara.
— Faço nenhum esforço, gosto de estar com você... Mesmo me dando patadas — aponto o dedo em sua direção e ela levanta as mãos em forma de rendição rindo.
— Lamento por ter que lidar com uma água linda como eu sou - faz aquela paradinha com os dedos e bico. Isso virou modinha agora, epidemia tá aí.
— Durmo se ficar de conchinha comigo.
— Qual é.
— Esforço nenhum. Eu sou ótimo pra dar um de casalzinhos, ok.
— Convencido - faz careta.
[...]
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Perdição
Romansa"Temos todas as opções pra viver dias melhores;Cê sabe que me tem na mão pena que tu não se envolve" Eric sempre foi apaixonado por Laís desde o colegial. Quando a empresa de seu pai tem complicações, é forçado a casar com a filha do dono de outra e...