20|Eric

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Claro que eu não queria contar à ela no que estava pensando. Mas, Laís insistiu tanto que acabei revelando.

— Conta Eric - faz bico — Em que está pensando?

— Que todo seu planejamento de gastar nesse casamento é apenas pra provocar seu pai, e depois vai me deixar - revelo e Laís fica em um silêncio ruim — Desculpa. Eu não devia ter exposto meu pensam...

— Tá tudo bem - coloca sua mão sobre a minha e faz um carinho — Eu que devo pedir desculpa - sorrir fraco tentando me consolar — Vamos voltar aos preparativos - muda o assunto e volta a me mostrar seu planejamento em slides, tudo bonitinho. Laís leva bem a sério quando se planeja uma festa, ainda mais na cerimônia do casamento.

— Por que rosas amarelas? Não acho que são o seu gosto.

— Rosas amarelas... - dá um leve sorriso — Eram as favoritas da minha mãe. E era assim que meu pai se resolvia com ela toda vez - parece recordar — O amarelo não fazia parte somente em suas flores no jardim e vasos, também fazia parte do seu dia a dia. Seus vestidos de renda com mangas bufantes eram as coisas mais lindas, ela rodava e saltava com suas músicas clássicas. Ela amava tudo dos anos oitenta e bem mais passados. Quando se tratava de livros clichês em época da segunda guerra mundial então... Ela era o meu espelho de mulher. Presa nos anos passados, mas totalmente dona de si, sem deixar homem algum a dominar. E ela não sabe como eu sinto a sua falta... — quando a olho, está sorrindo e lágrimas rolam por suas bochechas — Podemos trocar por outra cor, se quiser - limpa rápidamente suas lágrimas e me olha.

— Eu gosto de amarelo - termino de secar suas bochechas e Laís sorrir fraco — Me lembra algo em especial.

— O que te lembra?

— Para de arrancar tudo de mim - brinco com ela a fazendo rir. Ficamos a tarde todinha resolvendo tudo do casamento.

— Agora só falta nossas roupas ficarem prontas — se espreguiça e boceja.

— O sono se fazendo presente - faz careta — Eu vou embora pra te deixar dormir - beijo o topo da sua cabeça e me levanto.

— Podia ficar e dormir aqui - boceja e a olho desconfiado com um sorriso — Não pense em abusar de mim ou quebro todos seus dedos e fica sem seu piru pequeno.

— Pequeno, Laís? Deixa eu me lembrar daquela noite se foi o que voc... - me interrompe.

— Não termina. Eu devia estar no efeito do álcool.

— Estava bem sóbria.

— Impossível.

— Você era conhecida por encher a cara e continuar em pé sem dar um pt se quer.

— Mas a ressaca no dia seguinte vinha.

— Sem o acompanhamento do rostinho de ressaca. Continuava linda.

— Como consegue falar essas coisas sem vomitar? Você escuta o que diz? - dou de ombros — Sério. Você é todo fofinho e eu uma égua. Te dou várias patadas e mesmo assim, você vem todo atencioso em cada detalhe comigo. Como consegue? Eu já teria me dado uma voadora - rio da sua cara.

— Faço nenhum esforço, gosto de estar com você... Mesmo me dando patadas — aponto o dedo em sua direção e ela levanta as mãos em forma de rendição rindo.

— Lamento por ter que lidar com uma água linda como eu sou - faz aquela paradinha com os dedos e bico. Isso virou modinha agora, epidemia tá aí.

— Durmo se ficar de conchinha comigo.

— Qual é.

— Esforço nenhum. Eu sou ótimo pra dar um de casalzinhos, ok.

— Convencido - faz careta.

[...]

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PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora