24|Laís

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Desci no meu destino, paguei o motorista que foi bastante gentil e andei até o meio do parque. Sentei no banquinho e procurei com os olhares o imbecil, e nada. Meu celular apita e olho vendo a mensagem : "logo atrás de você mocinha". Reviro os olhos e viro minha cabeça em sua direção. O idiota solta uma risada e me chama com o indicador. Nego com a cabeça e ele bufa vindo na minha direção.

— Muito tempo se passa, mas a Laís que faz tudo que quer, não muda - senta ao meu lado no banco e beija minha bochecha — Como posso ajudar minha mocinha? - sorrir malicioso.

— Nem pense, Samuel - faço careta — Você sabe porquê vim.

— Mas disse que estava confusa. O que aconteceu? Você nunca muda de ideia com suas decisões, Laís.

— Ele é o que aconteceu, Samuel - falo óbvia e irritada — Como céus conseguiu mexer comigo? Desnecessário. Era tão simples o meu plano. Torrar um parte da grana, desviando dinheiro pra minha conta bancária com identidade falsa, o deixar plantado no altar até todos se derem conta que já estava bem longe daqui. Que droga!

— Apaixonada agora, Laís? Desde quando a senhorita Moreira se apaixona?

— Eu tenho sentimentos, tá legal? Ele tem um rostinho bonito e é fofo demais - falo fazendo bico.

— Bem que dizem que o amor é cego. Se o teu problema é casar, eu caso contigo - o olho desacreditada — Sua melhor escolha, bebê - faço cara de nojo — Você já provou do mel - fala convencido.

— Eu estava muito no efeito do álcool e de drogas, não me julgue.

— Você deve decidir logo o que quer, Laís. Não tô aqui o seu tempo todo. Ou se manda no dia do casamento, ou vai fundo nesse casamento arranjado que não vai te levar a nada.

— Faz nem três meses que começou essa confusão. Já de início eu sabia o que fazer, e agora estou perdida no meu próprio plano. Por que esse castigo? - olho para o céu.

— Quer mesmo que eu responda por Deus?

— Não precisa responder - ajeito meu cabelo.

— O que vai fazer a respeito? - fico em silêncio — Você só tem mais seis dias antes do casamento. Nossa casa já está comprada, nosso carro de fuga e não vamos ser parados por ser totalmente planejado. Vamos fugir como naquele documentário - balança a cabeça como retardado.

— Fizemos um ótimo plano.

— Vamos ter bastante requeijão com queijo. Podemos jogar nos gringos - sorrir feito idiota.

— Você é esperto quando se trata do sujo, mas é tão retardado que me assusta - ele concorda.

— Já sabe a resposta? - penso — Tic toc, Laís.

— Já sei...

[...]

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PerdiçãoOnde histórias criam vida. Descubra agora