Eu: Das duas formas ela corre risco de morte.
Alberto: Infelizmente. Mas se deixarmos na medicação pode ser pior. A gente pode tentar estabilizá-la se ela tiver uma parada, mas se ela entrar em falência, vai ser um efeito dominó, tudo vai começar a parar em seguida. – eu olhei pra mãe dela. Eu não queria e nem podia tomar essa decisão sozinha.
Patricia: Tira a medicação. – suspirou. – Melhor ter uma chance de salvá-la do que não tem nenhuma.
Eu: Eu concordo doutor. Pode reverter... – assinei os papéis e ele reverteu.
Alberto: Vamos desligar todos os aparelhos. Se ela respirar sozinha já vai ser um ponto super positivo. Já teremos um carrinho de parada aqui do lado caso aconteça. – ele foi explicando. Ele disse também que os pulmões dela poderiam entrar em colapso na hora que poderia ser assustador, mas que era rápido e foi horrível de ver. Logo ele a examinou e ela respirava sozinha. Meu coração parecia querer sair pela boca. Eu me sentei de um lado da cama e a mãe dela do outro. Agora era esperar que ela reagisse.
Eu: Meu amor... Acorda, reage. A gente precisa de você... Vamos dar um jeito em tudo. Volta pra gente, pra sua casa, pra sua família. – beijava a mão dela.
Patricia: Filha, você sempre foi tão forte. Não se entrega agora. O que vai ser da Nininha sem você? Ela só tem três anos filha. Lembra o quanto você teve medo de tê-la? E você superou todos os seus medos e se tornou uma ótima mãe pra ela, pra Alice. Você sempre tão cuidadosa com tudo e com todos. Precisa reagir filha. Estamos aqui pra te ajudar a passar por tudo isso que tem te machucado tanto. Sabemos que não é fácil e talvez a gente não tenha conseguido lidar com o que você estava estava sentindo da maneira que você esperava. Mas tentamos acertar a todo momento minha filha. Volta pra gente minha menina... – ficamos ali por uma hora e ela não acordou. Deram uma medicação pra ver se ela acordava e não adiantou também então a levaram para exames. Eu me sentia tão culpada por tudo aquilo. Se eu tivesse aceitado conversar, se eu não tivesse saído de casa com as meninas, talvez ela estaria bem. Eu piorei tudo. Enquanto ela fazia exames fui na minha avó dar mama pra Alice e logo voltei pro hospital. Falei com a minha mãe no telefone, ela tava muito preocupada. Logo ela voltou pra semi intensiva e o médico veio falar com a gente.
Eu: E ai?
Alberto: Ela teve um pequeno derrame, mas não é motivo pra ela não acordar. Talvez seja ainda os efeitos do que ela tomou ou da medicação para reverter. Não dá para precisar o que está acontecendo. Mas ela ouvindo vocês, podemos notar nas alterações de batimentos dela. É questão de tempo. Fizemos testes de reflexo e ela tem reflexo nas pernas e braços. Nos olhos também, nos ouvidos. Isso é excelente.
Eu: Que boa notícia – aquilo aliviou meu coração. Eu resolvi passar a noite com ela. Eu sentei do lado dela, era pouco mais de meia noite. Não conseguia dormir. – Amor, sou eu, Natalie, sua pequena. A mãe das suas filhas. Lembra quando a gente começou a namorar e oficializou a nossa união? Lembra como foi lindo nosso casamento? A gente já passou por muitas coisas ruins, mas também passamos por muitas coisas lindas amor. Eu te amo tanto, que meu peito chega a doer. Eu não vejo minha vida sem você. Eu sei que não tenho sido um exemplo de esposa, mas eu tenho feito tudo que posso pra te ver bem. Eu só quero que você fique bem. Temos tantos planos incríveis para empresa. Adivinha só? A Netflix quer The Stripper. E eu preciso da minha Lauren – comecei a chorar – Você sonhou tanto com a Ponto Ação crescendo e hoje estamos tão bem, com tantos trabalhos nossos e de clientes. Era tudo que a gente sempre sonhou Pri. Está saindo tudo do jeito que você sempre quis e nunca desistiu. Não desista agora. Hoje a Nina perguntou de você de novo. Ela está morrendo de saudade de você. Volta pra gente amor, precisamos de você. Vamos passar por mais essa dificuldade juntas. Vamos vender nosso apartamento comprar uma linda casa, com espaço para as crianças brincarem, para ter um cachorro que você sempre quis. Vamos retomar nossos planos, dar andamento nas nossas vidas. Daqui a alguns anos vamos ter mais um filho como planejamos e nossa família ficar completa. Fazer nossa viagem pra Disney com as crianças sabendo que vamos nos divertir mais que elas nisso porque é o nosso sonho principalmente conhecer a parte de Hogwarts. – me aproximei do ouvido dela – EU TE AMO Priscilla Pugliese, volta pra mim, por favor – dei um longo beijo na boca dela. Quando desfiz o selinho vi uma lagrima caindo dos olhos dela. – Eu sei que você tá aí que você me ouviu. Você sempre foi esforçada, então por favor amor, se esforça. Pela nossa família amor... – vi os olhos dela se moverem como se quisesse abrir. Imediatamente chamei toquei a campainha e uma enfermeira veio.
XX: Pois não?
Eu: Eu estou falando com ela, e ela deixou cair uma lagrima e os olhos dela se mexeram como se fosse abrir.
XX: Vou chamar o médico – ela saiu e voltou com o médico que estava de plantão em seguida. Ele a examinou em silencio.
XXX:Olha só, ela pode estar despertando. Sempre que possivel converse com ela, aajude a voltar aos poucos. Porque de fato não tem o que ser feito para elaacordar. Tudo que podia ser dado a ela, foi dado, agora é uma luta dela. Alagrima, os olhos se mexendo podem ser reflexos de estar querendo acordar. –logo ele saiu e eu fiquei ali falando e falando com ela. Contei como as meninasestão e dormi sentada na poltrona segurando a mão dela. Acordei com alguémmexendo na minha mão já era de manhã. Quando eu olhei, era ela.
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Natiese, mais real que parece ...
RomanceNatalie Kate Smith de Almeida, Priscilla Álvares Pugliese Félix. Duas grandes atrizes e amigas... Ou será mais que isso? Preparem-se para muito drama e muito sonho... Obs: Não me julguem...