Capítulo 48

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Alguns dias se passaram, as aulas retornaram a Natalie acordou esquisita.

Nat: Amor, deixa que eu levo a Alice pro colegio tá.

Eu: Amor não ia dormir mais um pouco?

Nat: Ia, mas sei lá. Eu vou levá-la.

Eu: Ta bom... – dei um beijo em cada uma no estacionamento. Fui pra Ponto Ação o Rodrigo já tava lá. – Bom dia Mel, bom dia Lia. – cumprimentei minhas recepcionistas.

XX: Bom dia Pri – responderam.

Eu: Caiu da cama Rodrigo? Bom dia – entrei na sala dele.

Rod: Bom dia. Cheguei era 6:30 tive um boom de criatividade pra um roteiro e não podia perder vim pra cá e comecei a escrever...

Eu: Isso é ótimo.

Rod: A Nat vem hoje?

Eu: Vem a tarde – sai falando com ele e entrei na minha sala. Trabalhei por duas horas até que meu celular tocou, era a Natalie. – Oi amor?

Nat: Priscilla, invadiram o colegio da Alice. Ela ta de refém junto com a escola toda. Eu sabia que tinha algo de errado eu tava sentindo – ouvia muita gente no fundo falando barulho de carro de policia.

Eu: Calma Natalie não to entendendo o que você disse?

Nat: Invadiram o colegio da Alice. Não sabe quantas pessoas são. Mas estão mantendo todos reféns, nossa filha ta la dentro, ela não atende o telefone eu sabia que tinha algo errado – chorava nervosa.

Eu: Onde você tá?

Nat: Na porta da escola, vem pra cá.

Eu: Eu to indo... – desliguei e peguei minha bolsa e sai correndo.

Rod: Aonde vai? Temos uma reunião daqui uma hora.

Eu: Invadiram o colégio das meninas, os alunos são reféns, minha filha ta lá. – sai correndo entrei no carro e voei pro colegio. Cheguei lá e era pais nervosos, mães chorando muito, tava uma loucura. – Natalie – ela veio e me abraçou.

Nat: Eu sabia que tinha algo errado Pri, eu tava sentindo – chorava.

Eu: Já sabem quem é, quantos são?

Nat: Ainda não. – ouvimos disparos. Todos gritaram. Foram muitos disparos.

Eu: Meu Deus protege minha filha... – comecei a chorar. Meu celular tocou era a Nina. – Nina?

Nina: Mãe, eu acabei de receber varias mensagens no celular que invadiram a EARJ. A Alice ta bem? – falava com voz de choro.

Eu: Eu não sei filha, deram vários disparos la dentro agora, eu to com a sua mae aqui na porta do colegio, ta um inferno aqui não sabemos quem são e nem quantos são.

Nina: Eu to indo até ai... – desligou. Logo minha mãe ligou minha sogra ligou, já estavam falando na televisão no radio, na internet. A Natalie tava descontrolada. A Nina chegou o Rodrigo também, a Rafa. O filho dela estuda lá também está no 5º ano.

Rafa: Conseguiram falar com a Alice?

Eu: Nada ainda.

Rafa: O Raul me mandou mensagem. Eu to tremendo ainda. – me deu o celular e eu li.

"Mamãe, tem 5 caras no colegio, estão atirando em todo mundo, minha professora ta ferida. Eu to bem, me escondi atras de um armário, avisa a policia. Tem aluno no chão não sei se estão mortos, assim que eu conseguir eu mando mensagem. Eu to com medo mamãe. Socorro."

Eu: Meu Deus.

Nat: Eu quero a minha filha. Deus, não é justo eu não posso ficar sem minha filhinha não faz isso comigo, por favor – chorava e eu a abracei. A Nina chegou, logo ouvimos mais disparos a Natalie desesperou ainda mais. Algumas mães desmaiaram. Logo o celular de um pai tocou era um dos bandidos querendo negociar. Eles queriam um carro blindado e 200 mil para saírem dali. Haviam feridos, mas não haviam mortos, mas se não arrumassem iam começar atirar para matar. Iam dar uma lista com os nomes dos feridos em algum momento. Quando deu meio dia jogaram um caderno pra fora da janela e nele tinha nome dos feridos e as salas que eram.

Policial: Eu sei que é difícil, mas eu vou ler as series e os nomes. Façam silencio por favor, e fiquem do lado esquerdo para darmos mais informações que eles colocaram na frente dos nomes. Sexto ano. André Fontes, Marcos Leal, Aline Moreira, Vitoria Guerra. Setimo Ano: Maria Clara Diniz, Marcela Gouveia, Ana Carolina Ferreira, André Gomide, Oitavo Ano: Vicente Junior, Pedro Henrique Souza, Paulo André Marcelino. Nono ano: Marcelo Pereira, Vitor Mendes, Isabela Andrade, Luiz Felipe Fontana, Lucas Amaral, Alisson Copas. Terceiro Ano: Ana Beatriz Nogueira, Anderson Vilela, Lais Moretson, Vinicius Augusto, Pedro Liberato, Camila Amaral Souza, Diego Vargas, Sabrina Antonini e Alice Smith de Almeida Pugliese. – A Natalie desmaiou na hora. Uma paramédica a socorreu, a Nina foi com ela e eu fui pra fila. Aquelas salas eram do lado direito onde eles invadiram eram muitas crianças feridas. Fui rapidamente até lá. Eles colocaram na frente do nome onde eles foram feridos.

XX: A senhora é mãe de quem?

Eu: Alice Smith de Almeida Pugliese do terceiro ano.

XX: Ela levou um tiro no braço esquerdo, foi de raspão e um na perna direita de raspão também.

Eu: E quando vao tira-los de lá?

XX: Ainda não sabemos.

Eu: Meu Deus do ceu o que estão esperando? Eles estão lá a horas, e machucados. São adolescentes e crianças, são 26 que eles falaram, sem contar os professores, eles não estão brincando.

XX: Senhora estamos fazendo tudo com cautela.

Eu: Até agora eu não vi ninguém fazer nada. – sai nervosa e fui ver a Natalie. – Como ela tá?

Nina: Pressão dela caiu, a paramédica deu um remedinho pra ela – ela tava no carro da Nina.

Rafa: Como tá a Alice tem noticias?

Nat: Como ela ta Pri?

Eu: Dois tiros de raspão, um no braço esquerdo e um na perna direita. – meu celular tocou mensagem, era um áudio da Alice. – Ai meu Deus um áudio dela chorando...

"Mamãe, eu levei dois tiros de raspão, um no braço e um na perna. Mais algumas pessoas da minha sala também foram baleadas, mas estão bem na medida do possível. Pede pra alguém tirar a gente daqui, eles não estão brincando, eles vão matar a gente. Falaram que vão começar a atirar pra matar se não fizerem o que eles estão pedindo. A professora Angela levou um tiro na cabeça, ela tá começando a perder a consciência mãe, ela ta no meu colo. Eles saíram da sala agora. Tem um portãozinho do lado da nossa sala, só o zelador passa por lá, fala pra invadir senão vao nos matar."

Nat: Pelo amor de Deus alguém faz alguma coisa – chorava muito.

Nina: Calma mãe – eu fui até o chefe do Bope.

Eu: Licença, posso falar com o senhor um minuto?

XX: Claro quem é a senhora?

Eu: Priscilla Pugliese, minha filha está lá dentro ela foi baleada, eu e a minha esposa estamos loucas aqui a horas e ela acabou de mandar um áudio, acho que seria importante se ouvirem.

XX: Claro qualquer informação lá de dentro é importante. – coloquei pra ele ouvir. Ele chamou os atiradores de elite para ouvirem o áudio também. Depois de mais três horas ouvimos uma explosão. O Bope invadiu o colegio e ouvimos vários tiros. Os pais entraram em desespero porque os tiros poderiam ser nos nossos filhos também. Logo vimos crianças correndo pela quadra do colegio, pulando o muro, crianças feridas. A Nina gritou a Alice e não a viu. Quando me dei conta a Nina entrou no colegio.

Natiese, mais real que parece ...Onde histórias criam vida. Descubra agora