Capítulo 28

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Desembarcamos, deixamos o Rodrigo em casa e fomos pra casa. Subimos coloquei a Nina na cama e ela ainda tava quente. Dei outro remédio a ela e a cobri. – A Nina ta melhor?

Eu: Não, ta queimando de febre ainda. Se não melhorar eu vou levá-la ao pronto socorro. – depois de uma hora a febre da Nina não abaixava então resolvi levá-la ao pronto socorro. Fiz uma bolsa pra ela peguei tudo que precisava e fui pra lá. Logo ela foi atendida pela pediatra nova dela, a doutora Leila.

Leila: Ela estava assim ontem?

Eu: Não. Ontem ela tava bem, estávamos em São Paulo. A Noite ela pediu mamadeira, mamou, coloquei fralda nela pra dormir e ela dormiu. Hoje de manha ela já amanheceu com febre e letárgica. Só quer dormir ou só chora.

Leila: Reclamou de dor?

Eu: Quando a pega no colo a vira ela resmunga, mas não fala nada, só quer dormir.

Leila: Nininha conversa um pouco com a tia. Ta sentindo dor?

Nina: Aqui... – colocou a mao na barriga.

Leila: Na barriguinha?

Nina: É... – ela apertou e na hora ela fez vomito. Ela tava muito amarela.

Leila: Vamos fazer um ultrassom e um exame de sangue tá, e vou medicá-la pra dor e deixa-la em observação enquanto esperamos os exames. – ela fez tudo e ficamos ali. Ela não queria comer, não queria mamar. Depois de duas horas a Leila voltou com outro medico.

Eu: E ai saiu o resultado?

Leila: Sim... Esse é o doutor Herbert Nogueira. Ele é hepatologista e pedi que ele olhasse os exames na Nina. Pedi que refizéssemos os exames para confirmar.

Eu: Prazer, Priscilla Pugliese. E então o que ela tem?

Herbert: Bom Priscilla, os exames de sangue e o ultrassom seguido da tomografia mostra que a Nina precisa de fígado novo.

Eu: Co... Como assim? Ela só tem 3 anos e meio.

Herbert: Eu sei...

Eu: Ela nunca passou mal assim, ontem ela tava ótima.

Herbert: Infelizmente essa doença é silenciosa em crianças.

Eu: E como vai ser eu posso doar?

Herbert: Vamos fazer os exames necessários em você, pra saber se você é compatível. Se você não for compatível, a pessoa mais próxima de ser é o pai da criança. – aquilo foi um soco no meu estomago. Eu não podia contatar o Felipe. Eu fiz exame na hora pra saber se eu era compatível. A Nina não sairia do hospital mais a partir daquele dia. Ela já foi ligada a diversos aparelhos e subiu pra hepatologia. Eu tremia eu não sabia o que fazer. Eu não podia contar pra Natalie por telefone, nem pra minha mãe.

Então eu liguei pro Rodrigo que não atendia e resolvi ligar pra Rafa que tava dando desligado. Logo então liguei pra Diorio, pra Liz e pro Ian e ninguém tava acessível. Olhei no meu whatsapp e vi a Julia online então mandei mensagem perguntando se podia ligar pra ela e ela imediatamente respondeu que sim.

Juh: Oi Pri tudo bem minha linda?

Eu: Oi Juh... Está ocupada?

Juh: Não, só vou levar as crianças pra escola e hoje vou ficar com a tarde de livre aconteceu alguma coisa? Parece nervosa.

Eu: Pode passar no CopaDor depois? Preciso conversar. Mas não fala nada com a Natalie ela não sabe.

Juh: Tá eu passo, mas o que tá fazendo ai?

Eu: É a Nina...

Juh: Vou deixar as crianças no colegio e passo ai.

Eu: Tá, obrigada. – sai peguei um café e me sentei no sofá na sala em frente ao quarto que ela tava. Logo a Julia chegou.

Juh: Oi Pri... O que aconteceu? – veio perguntando preocupada. Eu a abracei forte e cai no choro. – Hei calma... Fica calma – fez carinho nas minhas costas... - Senta aqui – eu me sentei e ela pegou uma agua pra mim. – Toma essa agua e se acalma pra me contar o que aconteceu – eu tomei a agua.

Eu: A Nina ta com febre desde cedo, quando saímos de São Paulo. Eu dei remédio e ela não melhorava então resolvi trazê-la pra cá. Ela disse que a barriguinha tava doendo, só queria dormir, tava muito letárgica. Ela fez alguns exames e... Ela precisa de um transplante de fígado. – solucei.

Juh: Ah meu Deus – me abraçou de novo – Calma vai ficar tudo bem fica calma... Já fez o exame pra saber se é compatível?

Eu: Já, o resultado sai só amanhã. Eu ainda não contei pra Natalie eu nem sei como vou contar isso a ela. E se eu não for compatível a pessoa mais provável é o pai dela e eu nem por onde ele anda se ele ta vivo. Eu não quero perder minha filha Julia. EU não quero perder minha bebe – soluçava.

Juh: Calma voce não vai perder fica calma. Agora precisa contar pra Natalie. Ela deve ta preocupada em casa.

Eu: Eu vou lá agora. – suspirei. – Se não for pedir muito, você pode ficar com ela? Só pra ir em casa, contar pra Natalie e pegar umas coisas.

Juh: Fica tranquila, eu fico aqui o tempo que precisar.

Eu: Obrigada Juh – a abracei e fui pra casa. No caminho fiquei pensando como seria a reação da Natalie. Logo cheguei ela tava em pe fazendo a Alice arrotar.

Nat: Ai Pri graças a Deus... Cade a Nina? – perguntou assustada.

Eu:Vem Natalie – sentamos.

Nat: Tava chorando o que ela tem Pri ta me deixando nervosa.

Eu: A Nina foi examinada fez vários exames, e tem hepatite. Ela precisa de um transplante de fígado.

Nat: Ah não Pri... – começou a chorar e eu também. Contei tudo a ela, falei que fiz o exame, pedi a ela o numero do advogado do Eduardo porque se eu não fosse compatível eu teria que procurar por ele. Eu tomei um banho, me troquei, fiz uma mala de roupa pra mim, peguei um travesseiro e um cobertor. Peguei meu notebook, carregadores, tablet, fiz uma bolsa pra ela com pijamas, calcinhas, fralda, meia, pantufa, chinelo, produtos de higiene pra mim e pra ela. Fiz outra sacola com os brinquedos que ela mais gosta, com alguns livros que ela gosta, uma pasta com canetinhas, giz de cera, massinhas, tintas, pinceis e livros de colorir, folhas em branco. Fiz um lanche rápido e voltei pro hospital. A Natalie já tinha avisado a família dela. Eu falei com o Rod e ele ia contar pra minha mãe pessoalmente. Cheguei lá a Ju ficou mais um pouco e foi embora. Eu não dormi a noite toda, só ficava vendo minha filha dormir. Quando consegui cochilar eu sonhei com meu pai.

Sonho: "Pai? É você? – Sim filha, sou eu. – Que saudade – o abracei – Eu também minha linda. Eu to muito feliz com você meu amor, com minhas netas. – Fico feliz pai. Eu to muito triste e preocupada com a Nina. – Eu também querida por isso eu to aqui. Você não é compatível com a Nina, mas o Eduardo é. – É? – Sim. Ele é. Procura o advogado dele, entra em contato com ele. Ele vai ajudar. – Mas pai? Eu não posso, vao mata-lo. – Não filha, não vao. A Nina precisa disso. Ela não tem tempo. Assim que os médicos derem o seu resultado, procura o Felipe. Por favor. Salve minha neta. Eu te amo filha, fala pra mamãe que a amo e fala pro Felipe que o amo muito – me deu um beijo na testa e sumiu e eu acordei assustada. Senti o cheiro dele no ar.

Medico: Oi bom dia..

Eu: Bom dia... Desculpa peguei no sono só agora.

Medico: É difícil dormir quando os filhos estão doentes.

Eu: Muito. E ai novidades?

Medico: Sim... Infelizmente você não é compatível com a Nina Priscilla, provavelmente o pai dela deve ser.

Eu: Eu vou tentar encontra-lo.

Medico: Faça isso o mais rápido possível. – a Natalie chegou.

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E agora? Como vai ser? Eduardo vai aparecer? A Nina vai ficar bem? Por essa a Pri não esperava...

Natiese, mais real que parece ...Onde histórias criam vida. Descubra agora