Capítulo 47

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Levantamos cedo tomamos banho, logo as meninas bateram e fomos tomar café da manhã. A Nina tava quieta, não falou nada além de bom dia. Subimos pro quarto ela deitou e eu deitei com ela.

Eu: Quer conversar com a mamãe filha?

Nina: Eu to bem mãe, não se preocupe.

Eu: Eu to ansiosa.

Nina: Nem me fala – riu de leve.

Eu: Imagino - Meu celular vibrou mensagem, eu olhei e era ele. – Ele chegou, vamos descer?

Nina: Vamos. – dei um beijo na Nat e desci com a Nina. Quando chegamos lá, ele tava com flores e uma sacola. Ele sorriu emocionado ao vê-la. Me deu as flores e me deu um abraço.

Eu: Obrigada, são lindas. – e a abraçou forte. Os dois choraram.

Eduardo: Como você ta linda. É pra você, espero que goste – deu a sacola pra ela. Ela abriu e era um conjunto de pulseira, brinco, colar e anel da Tifanny perfeitos.

Nina: Que lindo, obrigada. Eu uso a pandora que me deu no aniversario. Sempre – mostrou a ele. Ele ficou todo feliz.

Eu: Vou deixar vocês sozinhos.

Eduardo: Fica Pri, vai ser bom conversarmos.

Nina: É mãe, fica... – nos sentamos numa mesinha, pedimos um suco...

Eduardo: Me fala filha como você tá? O que você ta fazendo? Ta namorando? Ta estudando? Já dirige? Tem carro? – ele tava muito empolgado e a gente riu.

Nina: Não namoro mais.

Eu: Graças a Deus porque ele era um babaca.

Nina: Mãe.

Eu: Parei.

Nina: Ele era um babaca, a gente não tá junto mais, mas eu to bem quanto a isso. Eu dirijo sim, super bem por sinal.

Eu: Só bateu no meu carro e no da mae dela umas 5 vezes na garagem.

Nina: Não tenho culpa se vocês não sabem estacionar – demos risada. – Tenho carro, minhas mães me deram um Sportage lindo pai... – eu segurei o ar – Desculpa não sei se posso te chamar assim. – ficou sem graça.

Eduardo: Claro que pode minha filha. Claro – a beijou emocionado.

Nina: E eu estudo, estou no sexto período de Medicina na UFRJ.

Eduardo: Medicina? Sério? – perguntou chocado.

Nina: Porque todo mundo faz essa cara quando eu falo que estudo medicina? – riu.

Eu: Somos atores e produtores né filha. Ta no seu sangue. E você atuava quando era pequena.

Nina: E hoje eu corro de câmeras. Amo sangue, cirurgias, greys anatomy. – rimos. Ficamos ali conversando 3 horas. A Nat desceu com a Alice e a Liz e nós seis almoçamos juntos foi maravilhoso. A noite ele passou para busca-la pra jantar e no dia seguinte cedo ele saiu com ela para fazer compras. Confesso que estou com ciúmes e incomodada.

Alice: Temos uma mamãe com ciúmes aqui?

Nat: Temos... – riram.

Eu: Calem a boca, nada a ver – bufei.

Nat: Amor... Você ta com ciúmes.

Eu: Ela foi minha por 20 anos e agora eu me vejo na posição de dividi-la com ele. Não acho muito justo.

Nat: Pri, você não tá dividindo a Nina. Ela quis conhece-lo. Se ele pudesse pisar no Brasil novamente, ele já estaria lá, ele teria procurado por ela mais vezes. Aqui surgiu a oportunidade e ele ta aproveitando o quanto pode e ela também, não pensa assim amor. – me abraçou. Nossa viagem seguiu normal, a Nina quis ficar mais 3 dias com o Eduardo, eu não queria que ela ficasse, mas a Nat fez minha cabeça. Voltei pro Brasil contrariada. Fui ver minha mãe, minha cunhada perdeu o bebe de novo. Meu irmão tava arrasado e minha cunhada também. Descobriram que era a medicação que ela tomava, e ela não esperava o tempo certo. Agora ela vai ter que ficar um ano sem remédio e esperar 1 ano pra tentar de novo. Contei pra minha mae do Eduardo e ela riu da minha cara pelo meu ciúme. Eu voltei a trabalhar no dia seguinte, minha agenda tava lotada, tinha muita coisa pra fazer. Trabalhei bastante. Dois dias depois busquei a Nina no aeroporto com duas malas novas de tantas compras que fez com o pai.

Eu: Que saudade do meu bebe. – a abracei forte.

Nina: Eu também tava com saudade mãe. Mas queria ficar mais um pouco lá. Meu pai me mostrou tantos lugares, fomos a tantos lugares legais.

Eu: Vejo que se divertiram muito.

Nina: Sim. Ele ta doido pra vir ao Brasil, mas ainda não pode. Ele me explicou tudo que houve. Ele se sente sozinho lá embora tenha namorada lá, ela é um amor de pessoa é psicóloga se chama Anny. Ele quer comprar uma casa, o apartamento é lindo mas quer uma casa pra quando for pra lá ficar com ele uns dias.

Eu: Nossa, que entendimento.

Nina: E essa ruga de ciúmes ai hein dona Priscilla Pugliese?

Eu: Que ruga? Que ciúmes? Nada a ver. – dei de ombros e entrei no carro.

Nina:Mamae olha pra mim –eu olhei – Ele é meu pai biológico, mas você é a minha razão de viver. Meu amor por você só cresce, pela Natalie só cresce. Vocês me criaram, me amaram e eu só tenho que amar vocês a cada dia mais. Tudo que eu sou hoje eu devo a vocês e eu me inspiro em vocês pra ser cada dia melhor. Meu tempo com ele é curto, então eu quero aproveitar os pequenos momentos que terei com ele daqui em diante, assim como aproveito todo tempo que temos juntas. Eu te amo mais que a mim mesma – eu chorei com essa declaração. Chegando em casa ela deu um monte de presente pra nós. 

Natiese, mais real que parece ...Onde histórias criam vida. Descubra agora