Capítulo 4

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Liguei para Pri e ela estava dormindo. Não tinha jantado estava enjoada. O Eduardo ligou pra ela e os dois discutiram, isso não seria fácil. No dia seguinte fui a casa dela e ela não parava de chorar, a Debs não sabia o que fazer para acalmá-la.

Debs: Ainda bem que chegou, já ia te ligar.

Eu: O que foi?

Debs: Ela não para de chorar tem meia hora já. Quebrou prato, copo, porta retratos.

Eu: Aconteceu alguma coisa?

Debs: Não. Ela acordou assim...

Eu: Pri abre pra mim.

Pri: Vai embora Natalie... - respondeu nervosa e chorando.

Eu: Não. Eu não vou embora e deixar você assim. Abre pra mim meu amor... Pri... – eu peguei a chave do quarto da Debs que abre o quarto da Pri também. – Priscilla pelo amor de Deus, não faz isso... Olha pra mim eu estou aqui pra te ajudar...

Pri: Eu não consigo mais eu não consigo – soluçava.

Debs: Pri... Vai ficar tudo bem a gente está aqui pra te ajudar... – tremia.

Eu: Eu te amo... Eu te amo demais... Não faz isso comigo com a Debs. Sua mãe precisa de você, seu irmão precisa de você. Pensa no Felipe. Ele se espelha em você... Você não está sozinha Pri, a gente vai te ajudar a cuidar desse bebê, por favor, não faz assim. –ela chorou ainda mais. Eu fui me aproximando e a puxei pra dentro caindo nós duas no chão. Ela me abraçou em desespero. Eu nunca vi a Pri assim. – Meu amor você precisa de ajuda. Não pode continuar desse jeito. – ela só chorava. Liguei pra uma prima minha que é psicóloga e levei a Pri ao consultório dela. Ela acabou encaminhando para o psiquiatra achou mais prudente, então no dia seguinte procuramos um e ele passou um antidepressivo pra ela. Falei com a Patrícia e ela achou melhor levar a Priscilla pra Niterói assim eu ficaria mais tranquila com ela. Na segunda feira fui trabalhar tinha umas fotos pra fazer a Patrícia me ligou dizendo que a Priscilla tentou se matar novamente. Eu fui pra Niterói ela estava no hospital estava dormindo. Eu me deitei ao lado dela e a abracei. Comecei a chorar pensando se não era melhor que ela fizesse um aborto embora eu achasse isso horrível ou ela perdesse o bebê. Porque ela estava morrendo aos poucos com tudo isso. A Patrícia estava na janela olhando o movimento da rua e chorando.

Pati: Eu não sei protege-la.

Eu: O que?

Pati: Eu não sei protege-la. Eu não sei o que fazer diante disso, eu não sei se o melhor é ela ter esse bebê. Ela não tem o pai do bebe presente, então embora a gente esteja do lado lado dela, ela está se sentindo desprotegida.

Eu: Por uma figura masculina.

Pati: Sim. Acho que por isso ela está doente, por isso ela está desesperada assim. Eu não sei quanto tempo vamos conseguir mantê-la segura Natalie. Deus me perdoe, mas tem hora que acho que ela deveria perder esse bebê.

Eu: Não fala assim Pati.

Pati: Antes ele que minha filha... – no fundo eu a entendia. Eu falei pra ela ir pra casa que eu passaria a noite com ela lá. Eu acabei dormindo acordei com ela acordando.

Pri: Mãe...

Eu: Oi... Oi Pri...

Pri: Cadê minha mãe?

Eu: Foi descansar, quer alguma coisa?

Pri: Água...

Eu: Vou pegar pra você – peguei a água e dei a ela.

Natiese, mais real que parece ...Onde histórias criam vida. Descubra agora