Passado.

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Capítulo 16

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Capítulo 16.

23. 12. 15.

- Eu vou sentir tanto a sua falta, Rapha - Ela sussurrou com voz abafada, por estar com a boca quente colada na pele do meu pescoço, e plantou uma beijo molhado abaixo da minha orelha - Por Deus, eu não quero ir - Mordeu a ponta do meu lóbulo, antes de se afastar rindo - Você se distrai tão fácil - Provocou, virando-se com um brilho divertido nos olhos castanhos.

Revirei os olhos e bufei em descontentamnto, mas eu estava totalmente arrepiada e sedenta por ela, naquele momento. No entanto, nunca diria isso em voz alta, pois apenas aumentaria o seu ego inflado em saber como me desarmava facilmente com um único beijo no pescoço.

Caralho!

- Eu não sei do que você está falando - Sussurrei falsamente carrancuda e séria, porém abri um pequeno sorriso em seguida - Também sentirei muito a sua falta nessa uma semana - Confessei com carinho, apertando-a entre os meus braços.

Malu abriu um grande sorriso, e deitou a sua cabeça no meu ombro.

- Mas, vai passar bem rapidinho - Murmurou ao passar as pontas dos seus dedos sobre a pele do meu braço, arrepiando-me mais uma vez - Ainda não estou preparada para conhecer as minhas duas sogras - Confessou, ajeitando-se no meu colo.

Soltei uma risada alta e diverdida.

Estávamos apenas dois dias do Natal, e cada uma iria passar a data com a sua própria família. Eu iria para o Rio de Janeiro encontrar Penélope e Larissa, as minhas mães, e o meu irmão mais novo, Gael. Já Malu embarcaria para Curitiba, à noite, para ficar com sua mãe, padrasto e a sua irmã de dois meses.

- Elas já te amam, Malu - Sussurrei com a voz rouca - O que você quer de Natal, hm? - Inquiri em tom baixo, e inalei o perfume inebriante dos seus cabelos - Já disse que sou péssima pra um caralho em dar presente - Ri, divertimento.

Ela riu também.

- Já disse, quero rosas amarelas - Murmurou.

Franzi a testa. Por quê ela tinha tanta fixação por essas flores tão sem graça?

- Por que você gosta tanto de rosas amarelas? - Sussurrei a minha dúvida e curiosidade.

Ouvi um suspiro pesado vindo dela, e ficamos alguns segundos em silêncio.

- Gosto delas porquê me lembram a cor dos seus cabelos, Rapha - Maria Luísa contou, por fim, escondendo o gosto contra o meu peito - É algo tolo, eu sei - Completou, constrangida.

Não, não era. No entanto, eu estava surpresa e emocionada demais para formular uma resposta a sua confissão.

Doce dezembro - romance lesbico. Onde histórias criam vida. Descubra agora