Ah, o amor verdadeiro...Tão lindo, puro e desejado por quase todos, no entanto apenas alcançados por poucos.
Que cor teria o amor se tivesse uma forma física?
Para Maria Luísa, ele tinha olhos azuis, cabelos loiros, pele branca e uma boca suja como...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Capítulo 25.
Atualmente.
- Não! – O seu grito, doloroso e desesperado, cortou o breve silêncio do nosso quarto – Você não pode estar pensando em fazer essa merda com nós duas, Raphaela – Malu repetiu, soltando-me e afastando-se.
Eu não tinha coragem de encará-la, porém conseguia ouvir com clareza o seu choro baixo e estrangulado do outro lado do cômodo. Mordi meu lábio inferior, reprimindo as minhas próprias lágrimas, porém falhei miseravelmente.
- Eu não vou aceitar isso, Raphaela – Ela continuou, com a voz tão engasgada e sem forças que eu quase não conseguia ouvir – Não mesmo – Afirmou, convicta, entrando no banheiro e fechando a porta com brutalidade.
Arrastei-me como uma morta viva até alcançar a parede mais próxima. O meu emocional e psicológico estavam destruídos demais para fazer qualquer outro esforço físico. Apenas encostei-me contra a superfície bege e puxei as pernas até o meu peito, rodeando-as com os braços em seguida, e pousei o queixo sobre os joelhos.
Eu estava tão perdida em mim mesma, porém tentava com todas as minhas forças não desistir e pedir para Malu esquecer todo esse episódio. No entanto, sabia que a culpa jamais me abandonaria, caso a fizesse perder a chance de realizar o maior do sonho da sua vida. Só que não estava sendo nenhum pouco fácil para mim deixar o amor da minha vida, porém era a escolha certa. Novamente, fui arrebatada por uma onda violenta de choro, que passou rasgando o meu peito de dentro para fora.
Miau.
Ergui a cabeça, e encontrei a minha gata, Alice, parada ao meu lado. Sempre achei que essa bola de pelos um dia poderia me dizer alguma coisa, pela forma que me encarava e miava quando queria demostrar algo, desde a fome monstruosa até o seu grande afeto por mim. E, naquele momento, ela estava me encarando como se tentasse me consolar.
Miau.
- Ah, Alice – Sussurrei, devastada, pegando-a no meu colo – A mamãe está morrendo por dentro – Confessei para o animal, que começou a lamber o meu rosto.
