Capítulo 4.
28. 05. 2015.
Malu, o qual descobrir ser o seu nome após lê-lo no seu crachá, atendia as mesas sempre de ótimo humor e distribuindo sorrisos para todos. A morena dos cabelos longos e castanhos nunca estava de mau humor, mesmo em uma segunda feira como eu sempre estava, e isso apenas a tornava mais encantadora aos meus olhos. Claro, se isso fosse possível. Repentinamente, ela desviou o olhar do cliente e fitou-me rapidamente, antes de voltar a prestar atenção no senhor de meia idade, fazendo o meu coração bater mais forte e um calor desconhecido surgir no meu rosto.
Porra! O que estava acontecendo de errado comigo?, pensei ao fitar o tampão da mesa, sentindo-me perdida comigo mesma, e fiz uma careta de desgosto.
- Isso se chama paixão, Raphaela – Leticia disse cuidadosamente e em tom baixo, fazendo-me encará-la com as sobrancelhas arqueadas – Não olhe com essa cara de quem não está entendendo nada – Revirou os olhos, debochadamente.
Bufei com leve irritação, e encarei as gotículas de chuva escorrendo pelo vidro da janela.
- E não estou mesmo – Menti, sem olhá-la de volta – Isso deve ser alguma gripe.
- Certo, então – Minha melhor amiga concordou, mas o seu tom era zombeteiro – Finja que acredita o quanto quiser na sua própria mentira, que eu faço o mesmo por você, mas não se esqueça que te conheço como a palma da minha mão – Afirmou, seriamente.
Tentei de ombros como se não me importasse, porém era exatamente o oposto.
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Doce dezembro - romance lesbico.
RomanceAh, o amor verdadeiro...Tão lindo, puro e desejado por quase todos, no entanto apenas alcançados por poucos. Que cor teria o amor se tivesse uma forma física? Para Maria Luísa, ele tinha olhos azuis, cabelos loiros, pele branca e uma boca suja como...