Capítulo 17.
Atualmente.
Finalmente, ela me encarou.
Uma das coisas que mais amava em Malu eram os seus olhos castanhos, expressivos e intensos. Às vezes, tinha a impressão que ela poderia ler a minha alma, quando me fitava dentro dos meus olhos, ou saber exatamente o que se passava na minha mente enquanto um sorriso largo e divertido surgia nos seus lábios na mesma proporção em que eu corava.
Após quatro anos juntas, ela ainda tinha o dom de me fazer corar. Somente Maria Luísa tinha esse poder sobre mim. Ela era realmente fantástica em quase tudo.
No entanto, agora os seus adoráveis olhos estavam chorosos e apagados, o que fez o meu coração quebrar-se ainda mais. Olhá-la tão frágil e indefesa, fazia-me ter vontade de correr até ela e abraçá-la bem apertado, dizendo que tudo daria certo.
- Raphaela, eu... - Malu calou-se, quando um soluço alto cortou a sua fala e as lágrimas transbordaram em seguida - Eu sinto muito - Sussurrou, por fim.
Eu não consegui falar nada, pois estava tentando sufocar o meu próprio choro.
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Doce dezembro - romance lesbico.
RomanceAh, o amor verdadeiro...Tão lindo, puro e desejado por quase todos, no entanto apenas alcançados por poucos. Que cor teria o amor se tivesse uma forma física? Para Maria Luísa, ele tinha olhos azuis, cabelos loiros, pele branca e uma boca suja como...