Passado.

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Capítulo 26

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Capítulo 26.

22. 03. 2017.

- Venha logo, amor! – Ela exclamou, animadamente, puxando-me pela mão em direção ao pequeno jardim da nossa casa – Sempre sonhei com isso – Riu alto, parando de correr.

Fiz uma careta de desgosto, e fitei-a em dúvida se era uma boa ou péssima ideia segui-la.

- Amor, isso não me parece ser uma boa ideia – Reclamei, mais uma vez, ao fazer um biquinho – Podemos ficar doentes, Malu – Observei na esperança que ela desistisse.

No entanto, aquela era Maria Luísa, ou seja, ela era mais teimosa do que eu.

Porra!

Ela, após terminar de tirar o par de sandálias, ergueu-se e encarou-me com uma sobrancelha arqueada. No entanto, logo a sua carranca séria foi substituída por um sorriso largo e malicioso, enquanto ela se aproximava de forma lenta, parou com a sua boca a centímetros da minha.

- Podemos tomar um banho quente juntas depois, baby – Sussurrou baixo e rouca, plantando um beijo no canto direito da minha boca – Agora venha logo, Rapha – Pediu, afastando-se com um sorriso ao ver como eu estava arrepiada.

Filha, gostosa, da puta!

- Maria Luísa, você pagará os meus remédios, caso eu fique doente – Avisei, rabugenta, chutei os meus chinelos – Porra! – Xinguei em um berro, quando entrei debaixo da chuva fria – Não ria, Malu – Briguei, indignada, ao ouvir a sua risada.

- Deixa de ser uma velha rabugenta e curta o momento, amor – Ela rebateu, bem humorada, e abriu os braços – Isso é tão divino e mágico – Sussurrou ao fechar os olhos e começou a rodar na chuva.

Parei no mesmo instante, e fiquei admirada de como ela estava feliz com algo tão simples. Por fim, resolvi parar de reclamar e me juntar ao seu momento mágico.

- Senhorita, você me concede essa honra? – Sussurrei com um tom gentil, fazendo parar de rodopiar, e ela me olhou com surpresa – A honra de uma dança na chuva? – Sorri.

Malu também abriu um sorriso.

- Com certeza, bela senhorita – Ela estendeu a mão na minha direção.

Peguei-a na minha e puxei o seu corpo pequeno na direção ao meu, que encaixou-se com perfeição. Era como se tivéssemos sido feita uma para a outra, e no fundo do meu coração eu tinha essa certeza.

- Me perdoa se eu pisar muito no seu pé – Pedi em um sussurro adiantado, já que eu era péssima demais no quesito dança.

Ela riu, suavemente.

- Está tudo muito perfeito para eu me importar com isso – Malu murmurou, delicadamente, ao encostar a cabeça no meu ombro – Eu te amo, Raphaela – Declarou, e apertou os seus braços ao meu redor.

Fiquei em silêncio por algum tempo, apenas apreciando a forma do nosso momento mágico de dança na chuva. Mesmo ainda sendo verão, as gotas eram gélidas e a noite estava mais fria do que as anteriores, contudo não me importava com nada disso. Eu apenas desejava parar o mundo por alguns minutos e eternizar para sempre na minha mente cada detalhe.

Ah-ah, quase ninguém vê
Quanto mais aumenta a graça
Mais o tempo passa por você

Comecei, no seu ouvido, a música que não saia da minha cabeça há dias e parecia perfeita demais para nós duas.

Ah, e sai sem eu dizer
O tanto que eu gosto
Me desmancho quando encosto em você

- Raphaela... – Soltou abafado, após deixar um beijo molhado e delicado no meu pescoço – Como eu te amo.

O coração dispara
Tropeça, quase para
Me encaixo no teu cheiro
E ali me deixo inteiro

Apertei-a ainda mais no meu abraço, sentindo um calor bom apossar-se do meu peito ao ouvir a sua declaração.

Eu amei te ver
Eu amei te ver
Eu amei te ver

- Eu sempre te amarei, Malu – Prometi, antes de puxá-la para um beijo.

Notas finais: Gostou? Então deixa uma estrelinha aqui.❤

❤

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Doce dezembro - romance lesbico. Onde histórias criam vida. Descubra agora