Capítulo 27.
Atualmente.
Franzi as sobrancelhas e soltei um resmungo incomodado, virando-me na cama em seguida, quando alguns raios solares bateram contra o meu rosto. Como eu odiava acordar cedo, porém os dois próximos dias seriam as minhas folgas do meu segundo emprego, então poderia dormir até um pouco mais tarde. Ainda de olhos fechados, abri um sorriso largo com esse pensamento.
- Amor? – Sussurrei, ainda bastante grogue de sono e com a mente cansada do dia anterior, quando passei a mão no lado esquerdo e o encontrei vazio – Amor? – Insisti, abrindo apenas um olho, e não a vi dentro do quarto – Malu? – Sentei-me de forma abrupta, fitando o banheiro, mas não ouvi nenhum som do seu interior.
Arramei o meu longo cabelo loiro em um coque frouxo, enquanto vasculhava o quarto a sua procura, porém não havia nenhum vestígio seu. Onde ela teria ido? Empurrei os cobertores para o lado, e o contato dos meus pés quentes contra o piso gélido me puxou de volta para a realidade. Era como se a nuvem de confusão e sonolência, que estava grudada no meu cérebro, tivesse sido removida com um forte tapa.
A noite anterior havia voltado com tudo, e um forte desespero de encontrar tomou conta de mim.
- Porra! – Exclamei, irritada, com um xingamento alto, procurando o meu par de chinelo – Caralho! – Berrei ao bater o dedo mindinho na beira da cômoda.
Ignorando a dor quase insuportável e a vontade de xingar meio mundo aos berros, sai do quarto com passadas rápidas e desesperadas atrás dela. Não a encontrei no antigo quarto de Letícia e nem no banheiro social, o que fez o meu coração bater mais forte. A sala também estava vazia, então fui em direção a cozinha. Um suspiro de puro alivio escapou por entre os meus lábios, quando a encontrei sentada na mesa tomando o seu café.
- Malu? – Chamei-a com certa felicidade na voz, atraindo a sua atenção para mim.
No entanto, o seu olhar frio e vazio foi como um soco desferido contra o meu estômago.
- Bom dia, Raphaela – Ela murmurou, friamente, voltando a tomar o seu café e me ignorando.
Notas finais: Gostou? Então, deixa uma estrelinha para mim.
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Doce dezembro - romance lesbico.
RomanceAh, o amor verdadeiro...Tão lindo, puro e desejado por quase todos, no entanto apenas alcançados por poucos. Que cor teria o amor se tivesse uma forma física? Para Maria Luísa, ele tinha olhos azuis, cabelos loiros, pele branca e uma boca suja como...