Quando guri, sonhava em crescer,
Ter trabalho e barba pra fazer,
Vestir o terno do pai e aquela gravata azul listrada,
Ser homem adulto e ter carro na garagem para sair por ai pela estrada.
Eu sonhava em ser professor, escritor e astronauta,
Nada que de fato fizesse real sentido para a mente desse peralta
E que formigamento me dava desejar o amor,
Que dos filmes e novelas roubei essas fantasias sem tirar e nem por,
Planejava namorar, casar e ter casa minha,
Construir família e envelhecer ali mesmo na minha cidadezinha.
Mas agora que de fato cresci e me encontrei com essas adversidades,
Sonho justamente o contrário de quando era guri, minha mocidade.
Só quero voltar ao tempo onde o tempo não se importava,
Onde o choro não passava de um minuto e não mais durava,
Onde a desilusão e o medo só existiam na TV,
Quando o coração só doía quando era sábado e o desenho animado não se podia ver.
Já que sonho um sonho impossível,
Fico por aqui a declamar poemas de um coração sensível,
E deixo no papel essas palavras íntimas de meu ser que carece,
Pois no papel toda história é possível, e essa criança que já não posso ser, aqui permanece.
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Insônia: O Canto das Poesias
Poesía'... E eis que nasci, e em mim, vertigens da alma, e o coração acelerado sem entender a peça. O espetáculo era eu, e as cortinas que então se abriram, era todo o mundo em exuberante tragédia em existir, brilhando feito água do mar diante meus olhos...