Clary point of view
🍂Floresta do norte 08:00 Am🍂
A manhã estava um tanto silenciosa, nenhum movimento nos arbustos da floresta, que eu caminhava com passos leves e precisos. Agnes minha irmã mais nova estava em sua transformação de pássaro, e não mostrava sinais que havia realmente caçadores no local. Balancei a cabeça do chão para a mesma que estava no alto de uma árvore com galhos grossos e cheios de vegetação em sua volta.
— alguma coisa? — pergunto, em minha transformação humana, já que não poderia falar enquanto era uma raposa com pelos avermelhados.
— talvez o papai se enganou em dizer que havia caçadores aqui, nunca vi um de perto. agora poderíamos ir a cachoeira e pegar alguns peixes — disse o que iríamos fazer, ouço galhos quebrando logo a frente. Novamente viro uma raposa, começo a caminhar na direção do barulho e sinto um cheiro diferente.
Estava agora atrás de um arbusto observando os movimentos de algum animal, cujo seu pelo era branco e corpo enorme. Talvez fosse um lobo caçando no nosso território. Ainda observando em silêncio o que o lobo fazia, começo a caminhar lentamente de costas. Mas quebro um galho fino e marrom que estava atrás da minha pata traseira.
Só ouço a movimentação do lobo correndo atrás mim e tento escapar o mais rápido possível, quando sou atingida por um corpo pesado e molhado.
— não deveria estar neste território, raposa vermelha! — o lobo disse em minha mente, era algo totalmente diferente para mim. Estava com os olhos fechados, ainda em minha forma de animal, e o lobo não saia de cima de mim, aquela situação me deixava com medo, mas eu desafiaria o mesmo se fosse preciso.
— não quero acabar com você, agora mocinha ! — a voz do lobo saiu da minha mente, quando o mesmo saiu de cima do meu corpo magro e frágil.
Com a ameça longe de mim, olhei para os lados para ter a certeza, que não iria ser atacada pelo lobo novamente. Quando viro-me dou de esbarro com uma garota com Olhos azuis acinzentados, tão intensos quanto o céu chuvoso, que estava se formando.
— quem é você? — digo quase gaguejando pois estava com um certo receio — nunca tinha lhe visto por aqui, está perdida?
— sou Lívia, desculpa pelo meu irmão, estávamos caçando quando ele sentiu um cheiro de raposa vermelha, ele não gosta muito da sua espécie, se é que me entende —a garota diz e da um breve sorriso de canto sem mostrar os dentes — qual seu nome raposa? — Lívia pergunta
— prazer Lívia, bom acho que ele iria me matar, não sabia que lobos se alimentavam de raposas, estou sabendo por agora — digo já ficando mais relaxada, já que meu corpo entrou em uma espécie de pânico interno — me chamo Clary ,então você é uma loba? Que caça no meu território ? — digo e viro o rosto
— nossos pais já conversaram sobre a linha da floresta, você praticamente está no território dos Wolffy — dizia a garota que agora suspira e volta a olhar para mim — queria acreditar que vocês ninfas teriam mais consenso, e não invadir um território que não é de vocês — ela dizia alto e me culpei por fazer ela ficar brava e caminhar para longe e sumir na floresta.
— espera! — caminho mais rápido para ir ao encontro da garota que agora já havia se transformado em um lobo novamente. Mas já nem estava em meu território, estava no território dos lobos. estava novamente como raposa correndo atrás da loba que sumiu, até sentir o cheiro dela. Vejo a ferida do lado de uma enorme caverna, A proximo-me da loba e olho o ferimento, alguém havia atirando em sua coxa esquerda.
— vou lhe ajudar — viro uma ninfa, e sem muita força consigo carregar a mesma. Sua forma animal deixava seu corpo mais pesado.
Pensei no exato momento, em levar Lívia para minha cidadezinha, pois lá teria como cuidar só seu ferimento.
Mas o que mais me preocupava era Agnes, que não vi desde que fui "atacada" pelo irmão da Lívia. Ela gemia muito por conta da demora, mas ela era pesada de mais. Não demorou muito e já estava no portão dos fundos da pequena cidade das ninfas.
— eu vou levar você para a minha casa, mas não pode fazer nenhum barulho — a mesma pisca os Olhos para mim. Sua respiração estava um pouco fraca, suspeitava que ela poderia pegar uma infecção, se demorasse mais.
Entrei em minha casa que havia pequenos sinos na porta, para avisar quem entrava, mas para minha sorte, não havia ninguém em casa. Pois era o dia da caça e cuidados com os animais da floresta, então adentrei já cansada de carregar a loba. Subi para o quarto de cima, e coloquei a mesma em minha cama.
— Clay — ouço sua voz fraca, e seus olhos fechando lentamente.
— Lívia
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Estava sentada ao lado da garota. que agora já estava como humana em minha cama, em um sono profundo, já que ficou exausta. Fico observando os traços da mesma que respirava calma. Seus cabelos negros estavam espalhados no travesseiro branco o qual ela estava com a cabeça.
— Clay ? — ouço meu apelido e seus olhos procurando por mim — o que aconteceu? — suas mãos foram ao encontro da sua pele que estava com a cicatriz.
— você esta em minha casa, você foi atingida por um caçador, talvez ele caçava no local e atirou em você, Eu usei um pouco do meu dom, mas vai ficar essa cicatriz ai — digo com um sorriso.
— obrigado Clay! — consigo tirar um pequeno sorriso da mesma que agora mexia em seus cabelos — eu queria agradecer sua coragem, poderia ter me deixado para morrer.
— não iria deixar você, ate por que gentileza em lobos é bem difícil de ver — digo rindo
Continua......
¶: apenas olhei para seus olhos azuis e vi que havia algo para mim me preocupar....
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Um Amor Traiçoeiro
RandomA vida de uma Ninfa não é fácil, mas quando se tem uma enorme metamorfose constante em seu sangue, tudo pode mudar para o seu bem ou para seu mal. Me chamo Clay Liz, mas muitos me chamam de traiçoeira, apenas por ter a metamorfose de uma raposa verm...