Capítulo 16 - Nora

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Já fazia três dias que eu não pisava no clube, mas como cheguei cedo de São Paulo, resolvi passar lá e ver o andamento.

Eu tinha aproveitado estes dias, para manter distância do Luccas e esfriar a cabeça. Nem liguei para as meninas, pois sabia que tudo estava em boas mãos.

Quando cheguei ao clube notei logo que algo estava diferente, pois não era o Montanha na porta para me receber. Será que aconteceu algo com ele?

O novo segurança não me conhecia, então precisou passar um rádio para liberar minha entrada. Ele devia estar falando com o Luccas, só espero que ele não faça nenhuma gracinha e queira me barrar. Ele não demorou muito para me liberar, ainda bem.

Nestes dias fora, eu consegui digerir as acusações do Luccas e decidi que não ia mais me estressar com ele. Simplesmente ignorar era a melhor solução.

Encontrei as meninas dando instruções sobre o bar aos operários.

"Nora! Que bom que voltou. Como foi tudo lá? "

"Tudo ótimo Mônica. Consegui todo o material que vamos precisar e ainda encontrei vários itens de decoração que se encaixarão perfeitamente aqui. Ficaram de entregar na próxima semana. E as coisas por aqui? Vejo que estamos bem adiantados. "

"Está tudo bem. Vamos terminar antes do prazo se não houver nenhum imprevisto. "

"Isso é maravilhoso. "

Continuei verificando as coisas com as meninas, mas estava inquieta. O Luccas poderia aparecer a qualquer momento e tentar me irritar. Pensei que ele estaria dificultando para as meninas, mas graças Deus, o problema dele era só comigo. Espero mesmo que continue assim. Ninguém tinha culpa de eu ter saído com ele.

Tentei focar no projeto, mas ficava olhando para a porta que vinha dos escritórios, esperando que ele aparecesse. Eu tentava disfarçar meu nervosismo, mas não funcionou com Estela.

"Está tudo bem Nora? "

"Sim Estela. Por quê? "

"Você parece ansiosa. Está esperando alguma coisa, ou alguém'?

"Eu? Não, claro que não. Só estou muito cansada da viagem. "

"Sei... Marcus pediu que você fosse falar com ele quando voltasse. "

"Certo. Vou lá na sala dele então. "

No caminho passei pelo CCS, e senti uma vontade imensa de bater na porta, e falar para que não ia mais aturar as palhaçadas dele, mas desisti. Sabia que havia alguém lá, mas não podia ver pois, o vidro era filmado. Me senti estranha, por mais que eu estivesse com raiva dele, queria vê-lo. Só a visão daquele corpo maravilhoso e rosto fantástico mexia comigo. E aquele olhar... mesmo que fosse dirigido a mim com ódio, já me excitava.

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