Segunda Chance

Capítulo 17 - Marcus

Falar com a Nora foi a melhor coisa que eu podia fazer. Agora que tinha sua permissão, posso investir na Mônica. Aquela ruiva espevitada vem me tirando o sono a dias. Seu ar de bibliotecária com aqueles óculos tinham me dado muita inspiração no meu quarto a noite.

Mas eu preciso ir com calma. Apesar desse jeito dela desinibido, Nora disse que ela gosta de ser cortejada. Eu nunca precisei disso, mas por ela eu estava disposto a fazer qualquer coisa. Preciso ir com calma para não a afugentar, mas hoje mesmo já vou começar.

"Alô Montanha? O pessoal da MOBILE ainda está no clube? "

"Sim Marcus. Estou vendo pelas câmeras que as duas moças ainda estão lá. Os operários e a Srta. Nora já saíram.

Quer que chame elas? "

"Não obrigado. Eu mesmo vou até lá. "

Eu não ia fazer nada concreto ainda, mais queria uma oportunidade para conversar com ela um pouco. Quando as encontrei, já estavam se preparando para sair.

"Já de saída meninas? "

"Sim Marcus. Adiantamos bem hoje e não tinha mais o que fazer, por isso dispensamos os operários. "

"Você não gostariam de tomar um drink comigo antes de irem? Ainda é cedo. "

A Estela respondeu primeiro.

"Desculpe, mas tenho um encontro hoje. Preciso ir me arrumar. "

"Encontro? Você não disse nada Estela. É com quem eu estou pensando? "

"Sim. Amanhã eu te conto como foi. Tenho que ir. Até mais gente. "

"E você Mônica? Me acompanha? "

"Eu adoraria Marcus, mas ainda estou trabalhando.

Tenho que ir para a MOBILE. "

"Não tem problema. Eu espero você sair e voltar. "

"Não sei se é uma boa ideia Marcus. "

"Ah que isso Mônica. Apenas dois amigos bebendo juntos. Vocês estão trabalhando tanto que me sinto na obrigação de proporcionar um momento de relaxamento. "

"Tudo bem, mas daqui a pouco também, vocês vão se preparar para abrir a casa. Não quero atrapalhar. "

"Que tal então você aproveitar o cartão VIP que te dei, e vir curtir mais tarde. "

"Confesso que estou louca para voltar, mas Estela não pode, e Nora estava tão esgotada da viagem. "

"Não se preocupe eu te faço companhia. "

"Mas você vai estar trabalhando Marcus. "

"Mônica, eu sou o dono. Posso fazer o que quiser, e se eu quiser aproveitar o clube com alguém eu vou. Prometo que não te deixo abandonada. Posso contar que você vai vir? "

Ela ficou pensando um tempo. Será que eu estava sendo rápido demais?

"Ok. Eu devo chegar umas onze horas. "

"Perfeito! Vamos fazer assim, quando chegar na porta me manda uma mensagem que eu venho te encontrar. "

"Mas eu não tenho seu número. Só a Nora que tem. "

Eu tinha esquecido meu telefone na sala, mas dei meu número a ela e pedi que mandasse uma mensagem para eu gravar quando subisse. Combinamos tudo e nos despedimos com um aperto de mão. Foi a primeira vez que eu toquei nela, e sentir sua pequena mão na minha quase fez eu puxá-la para meus braços. Eu tinha que me controlar.