Capítulo 43 - Nora

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Quando voltei, depois de uma visita a um cliente, Estela me recebeu logo na porta e estava animadíssima.

"Nora, graças a Deus você chegou. "

"É, foi mais rápido do que eu esperava. Mas o que está acontecendo? "

"É o Luccas. Ele voltou. "

Senti meu coração dar cambalhotas e um sorriso se formar involuntariamente no meu rosto. Mônica veio correndo se juntar a nós.

"Estela já te disse? "

"Que o Luccas voltou, sim. Mas vocês parecem mais animadas do que eu. "

"E você não está? Não vai me dizer que mudou de ideia Nora? "

"Não, mas vamos com calma tá! Deixa eu acabar de chegar. Organizar as coisas. Depois eu vou falar com ele. "

"Nada disso. Você vai lá agora. "

"Meninas, fiquem tranquilas. Eu vou falar com ele hoje ainda. Sosseguem. "

"Nora, você não está entendendo. Ele chegou hoje e vinha direto atrás de você, mas Montanha te viu saindo e o avisou. Ele ficou arrasado por não ter chegado antes. "

"Sério Mônica? "

"Sim. Montanha mesmo me contou. Pediu que eu te dissesse que mesmo mal pelo pai, a única coisa que importava para ele, era te ver. "

"Oh meu Deus! Eu vou lá então. "

"Vai sim. Vai e agarra logo esse homem. "

Elas pegaram minha bolsa e os documentos que estavam comigo e eu saí correndo para o clube. Montanha estava na porta e me mandou subir direto para o CCS. O elevador pareceu demorar uma eternidade para subir três andares. Meu corpo tremia inteiro e minhas mãos suavam.

Bati na porta, mas ninguém respondeu, então eu entrei e não vi ninguém. Havia uma sala tipo aquário no fundo, mas também estava vazia. Já estava desistindo quando ouvi um barulho vindo do banheiro. Fui andando devagar e a porta estava entreaberta.

Luccas estava ali, usando jeans claro e camisa azul. Ele estava encostado na pia e olhando para o teto. Parecia perdido em seus pensamentos. Tentando acalmar meus nervos, empurrei a porta e dei um passo para dentro. Tive medo de falar. Não sabia se ele queria ser incomodado.

Respirei fundo e tomei coragem.

"Eu... Eu só queria saber se você está bem. Sinto muito pelo seu pai Luccas. "

Dei mais um passo para dentro e ele olhou para mim. Seu olhar estava diferente. Não parecia mais perdido. Ele não falou nada, apenas apertou a borda da pia.

"Você... está precisando de alguma coisa? "

Ele caminhou lentamente em minha direção, com os olhos fixos aos meus. Sua expressão agora era calma e relaxada. Eu nunca o vi assim. Ele levantou a mão e acariciou meu rosto antes de colocar os olhos nos meus lábios e sussurrar.

"Sim, preciso de você Nora. "

"Luccas.. eu... "

Minhas palavras são abafadas quando ele segurou minha nuca e gentilmente pressionou os lábios nos meus. Ele me beijou de forma suave, mas com um desejo que faz meu coração acelerar. Meus lábios se separaram o suficiente para ele colocar a língua na minha boca e brincar com ela.

Senhor...quando este homem me beijava, ele não se limitava em beijar, ele me possuía.

Seus músculos flexionam em torno de mim, quando ele me puxa para perto dele, lentamente, me colocou contra a parede, seu corpo nunca deixando o meu. Minhas mãos procuraram desesperadamente seu corpo, tentando tocá-lo de qualquer maneira que eu pudesse.

Não poderíamos ficar mais perto um do outro, mas mesmo assim, eu precisava de mais proximidade. Ele também parecia querer o mesmo e sussurrou contra meus lábios.

"Eu amo o gosto da sua boca. Eu não tive tanta vontade de beijar alguém assim...há muito tempo. Mas você..., parece que eu nunca fico satisfeito. "

Ele puxou meu lábio inferior com os dentes antes de sugá-lo e liberá-lo.

Desesperada e querendo mais , o beijo novamente e cravo minhas unhas em suas costas. Sinto-o rosnar em minha boca e sua ereção imprensando contra minha barriga, enquanto ele segura minha bunda e aperta. Ele me pegou no colo e me pressionou mais contra a parede. Minhas pernas enrolaram em torno da sua cintura automaticamente. Seu pau contra minha boceta, enviando uma onda de prazer por todo o meu corpo, me fazendo gemer contra sua boca.

"Por que me sinto assim? "

Ele acariciou minha bochecha com as pontas dos dedos e falou contra meus lábios.

"Por que é comigo. E eu quero você de uma maneira que nunca pensei que iria querer alguém novamente. "

Eu me tremo toda em seus braços com essas palavras e o beijo novamente. Faminta por ele, minhas mãos foram para o cós de sua calça e comecei a puxar sua camisa para cima, mas ele me parou e olhou nos meus olhos.

"Meu anjo, por mais que eu queira estar dentro de você, aqui e agora, não é o momento. "

Eu me senti extremamente envergonhada e desci do seu colo. Olhei para todo lugar, menos para ele e já ia saindo do banheiro, quando ele segurou meu braço me parando.

"Ei! Onde você vai? "

"Me desculpa Luccas. Estou morrendo de vergonha. Você de luto pelo seu pai e eu te ataco assim..."

"Não minha linda. Não fique assim. Vem cá. "

Ele me abraçou tão forte que estava difícil respirar.

"É tudo que eu precisava agora Nora. Mas antes de fazermos isso, eu preciso conversar com você. Temos muita coisa para esclarecer, e aí sim você vai ser toda minha. "

"Ok! Mas agora é melhor eu ir. Tenho mesmo que voltar ao trabalho. "

"É por isso mesmo, ou você está chateada com o que eu disse? "

"Não, eu entendi o que você disse. Eu realmente preciso voltar para a MOBILE. "

"Está bem, mas me promete que vamos nos ver mais tarde? Eu passo lá quando sair. A gente podia ir para minha casa, o que acha? "

"Combinado. Te vejo as 18:00 h. "

Nos beijamos novamente e quando eu estava na porta ele me chamou.

"Nora! Obrigado por vir. Eu realmente estava precisando de você. "

Eu sorri como a muito tempo não fazia. Suas palavras aqueceram meu coração. Joguei um beijo com a mão para ele e saí.

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