Capítulo 20 - Mônica

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Quando cheguei e vi o Marcus tão lindo e tão feliz em me ver, achei que essa noite ia ser a mais maravilhosa da minha vida, mas agora estou nessa situação chata.

Estava me sentindo uma idiota. Ele me dispensou como se eu não fosse nada. Por isso vim parar aqui, tentando escapar desse abusado. Por mais gato que seja, não estou no clima, mas ele insiste.

Já me preparava para acertar meu joelho na sua virilha quando o Marcus apareceu, e o que vi no seu olhar foi uma emoção totalmente diferente da indiferença que vi poucos minutos antes.

"Está tudo bem aqui Mônica? "

Eu não respondi, meu olhar já disse tudo. O cara que me segurava, de quem eu nem sabia o nome, tentou enfrentá-lo, mas ele ignorou e me puxou para tirar-me dali.

A próxima coisa que eu vi foi o Marcus torcendo o braço dele e o segurança o levando embora. Os amigos dele que até então estavam achando graça, saíram logo depois que o Marcus deu um sermão neles.

Marcus pegou minha mão e me puxou para junto dele. A música ficou mais lenta.

"Até o fim da noite, você só dança comigo Mônica. "

"Mas você disse que não dançava... "

"Mudei de ideia. "

Eu apenas acenei com a cabeça e passei meus braços em volta do seu pescoço. Ficamos dançando em silêncio e eu podia sentir seu coração batendo contra meu rosto. Seus braços em volta da minha cintura apertavam conforme nos mexíamos de uma lado para outro me fazendo cada vez mais consciente dos seus músculos. Seu perfume era delicioso, eu só conseguia pensar em saboreá-lo da cabeça aos pés.

Quando a segunda música começou, ele mudou as mãos para meu quadril e ouvi algo como um grunhido escapar dele, e podia senti-lo ficando duro contra minha barriga. Senti novamente esperança de que ele me queria.

"Marcus... "

"Sim.? "

"Obrigado por me defender daquele cara. "

"Não precisa agradecer. Eu não admito esse comportamento no meu clube. "

Com essa frase, ele acabou de vez de provar que não foi por mim. Talvez eu estivesse exagerando, mas eu senti que eu não passava de mais uma cliente do clube.

Tirei meus braços dele e me afastei. Ouvi ele me chamando, mas eu não parei.

Tinha um nó na garganta e os olhos ardendo, mas engoli minhas lágrimas. Quando cheguei perto do bar, senti meu braço sendo puxado. Não precisei virar para saber que ela ele.

"Hei Mônica. Espera!"

"Por favor, me deixa ir. "

"NÃO! Não desse jeito. Fala comigo. Olha para mim Mônica!"

Eu me virei para ele e quase derramei minhas lágrimas.

"Por quê? Se você não se importa comigo, para que me chamou aqui hoje? O que você queria de mim? "

Ele respirava forte e piscava muito. Parecia estar medindo o que ia dizer.

"Vem comigo. Vamos conversar na minha sala. "

"Para quê? Me deixa ir embora. "

"Cinco minutos Mônica. É só o que eu te peço. "

Ele segurou minha mão e nós seguimos para o elevador.

Quando chegamos à sua sala, ele abriu a porta e deixou que eu entrasse primeiro. Fiquei em pé no meio da sala enquanto ele fechava e continuava de costas para mim com a cabeça encostada na porta. Demorou um tempo antes dele falar.

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