Cidade Esquecida

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O vento soprou contra as folhas esquecidas no chão, o único barulho na rua em seu final de tarde.

O ranger da metálica luminária pendurada do lado de fora de um restaurante balançava pouco com o sopro gelado do ar, e seu som passeava pelas ruas vazias da cidade.

Nada e nem ninguém pusera os pés fora de casa, ou de qualquer lugar que habitava.

Emma assistia ao noticiário abraçada a seu travesseiro, a TV a única iluminação que destaca sua expressão de terror.

Xxx: Algumas notícia que declararam ChatNoir como o mais novo vilão da cidade se deram por conta daquela batalha em particular.

A cena a seguir é de uma câmera de segurança que flagrou momentos depois de uma batalha que acontecia a três virar uma oportunidade para ChatNoir pegar LadyBug desprevenida e sozinha, ele tenta encurralar a mulher que caminhava para trás ao sentir a parede em suas costas, e num só golpe que o rapaz não identificou de imediato ela bate o yoyo no chão e pula pegando impulso pelos ombros dele, mas o cataclismo já ativado o faz querer toca-la em questão de segundos, assim que ela ataca o yoyo consegue atingir a câmera em cheio, acabando assim a gravação.

Xxx: Até então ChatNoir continua foragido, tanto da polícia como de seus parceiros a sua procura.

Marinette aparece na pequena porta embutida no chão, e cruza os braços ao ver a reportagem.

Xxx: Em breve teremos novas informações sobre a situação de Rena Rou-

Emma desliga a TV, e seu rosto fica sombrio assim como o resto do quarto.

Emma: Como tá a tia Alya? -Pergunta sem ânimo na voz.

Marinette: Melhorando. -Responde baixo, impedindo que sua voz ecoasse pelo quarto silencioso. -Ela sabia que não devia ter gravado aquela luta.

Emma dá de ombros.

Emma: Acabou que nem a gravação ela conseguiu. -Forma uma linha entre os lábios, tentando se conformar.

Marinette: Desça, fiz algo pra comer. -E ela fecha a porta, dando sua última palavra como se nem estivesse estado ali.

Emma suspira, e tira a coberta de suas costas.

Ao descer, se depara com o seu pai na sala, tranquilo e de costas para a cozinha. Ela estranha, pois fazia dois dias que não o via.

Especificamente, desde o dia em que ChatNoir foi declarado vilão de Paris.

Ela se senta na mesa, ainda encarando ele. Percebe que sua mãe não lhe dá a mínima enquanto arruma a mesa, e eles não trocam sequer uma palavra.

Emma limpa a garganta, e se ajeita na cadeira.

Emma: Oi pai. -Ela diz no meio do silêncio. -Sumiu, né?

Marinette não para o que está fazendo, mas o olha de canto de olho após isso.

Ela achou que não teria uma resposta quando ele tombou a cabeça para o ombro para que pudesse vê-la, e então, sorriu.

Adrien: Eu sei, minha pequena. Logo logo o papai vai estar de volta. -Sua voz pingava sarcasmo, e um tanto de pretensão.

Emma estremeceu diante disso, mas não deixou passar uma nota de informação.

Emma: Como assim? -Tentou seguir sua mãe com o olhar de dúvida enquanto ela se movimentava pela cozinha, evitando contato.

Marinette mesmo quieta, respondeu o mais seco possível.

Marinette: Seu pai irá embora. -Toma um gole do suco assim que se sentou na mesa junto com ela, e com seu prato.

Destinos Entrelaçados... Outra VezOnde histórias criam vida. Descubra agora