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Ele irá morrer.

"Fiquem a um passo da faixa amarela, por favor." um dos policiais dizia. A rua se encontrava lotada de carros desde os mais simples aos mais caros e desejados, bombeiros correndo para lá e para cá, ambulâncias com suas sirenes chamativas e um tanto quanto assustadoras, policiais, detetives, repórteres.
Por semanas pessoas ficaram preocupadas, amedrontadas. Por semanas, dias, horas, minutos, segundos, a vida de ninguém foi mais a mesma naquela cidade.

"Nós o encontramos, mande mais um dos seus para cá!"

O caso havia popularizado, todos sabiam do ocorrido. Alguns ficavam horrorizados e com medo, outros se divertiam e não queriam que aquilo houvesse um fim.
Por dias desviaram o caminho, não passaram perto, correram, chegaram ao ponto de jogarem sal grosso no local. não adiantou, ele havia achado sua morada.

A rua estava lotada agora, a maioria das pessoas filmava para publicar em suas redes sociais; os pais de minho estavam aos prantos, sua mãe vez ou outra gritava em sinal de desespero. A imagem do entregador cheio de marcas pelo corpo, roupas rasgadas, pálido e completamente magro, além de estar ensanguentado deixava a atmosfera pesada.

"ME SOLTE! EU PRECISO VER O MEU FILHO, ME DEIXE!" a mãe do garoto gritava tentando se soltar dos braços dos policiais, soluçava como nunca e chorava em uma intensidade enorme que com certeza a deixaria com dores de cabeça por pelo menos três dias. "MINHO, FILHO, FALA COMIGO. ONDE ESTÃO OS MÉDICOS? ELE PRECISA DE AJUDA, POR FAVOR. MEU FILHO IRÁ MORRER!"

Enfermeiros e bombeiros corriam até o corpo pálido e agora já sem vida com aparelhos respiratórios e macas em mãos, todos tinham ao menos uma pontinha de esperança até checarem as suas pupilas.

Os olhos de MinHo se encontravam completamente negros.