— Está tudo bem? — Perguntou Jaspen com as mãos no volante.
— Sim, estou — Balbuciei.
— Você está linda — Me observou com seus olhos verdes, sorrindo.
Meus lábios formaram um pequeno sorriso em resposta. Estou tão vermelha. Ele causa coisas em mim sem precisa falar muito. Apenas me observando com seus lindos olhos. Não pude deixar de notar o quão lindo ele estava dirigindo seu carro. Ele parecia bem descontraído. O vento batendo em nossos rostos, sentindo o ar fresco da noite. Me sinto mais calma. Suspirei com leveza.
— Acho que você vai gostar do lugar — Ele falou empolgado.
Depois de alguns minutos, Jaspen estacionou o carro de frente a um parque com um pequeno lago cobertos de flores. A luz da lua refletia em tudo deixando mais iluminado e lindo. É simplesmente encantador.
— Tem certeza que estamos no lugar certo? — Perguntei ao franzir o cenho.
— Sim. Venha. — Ele saiu do carro e logo abriu a porta para mim, estendendo sua mão para me ajudar a sair.
— Espere aqui — Ele ordenou.
O vi abrir e mexer na mala do carro. O que ele está aprontando? Ele voltou com uma pequena cesta com frutas e uma garrafa de soda. Ele sabe que não bebo?
— Vamos? — Perguntou apontando com a cabeça para o parque.
O lugar é lindo demais. Fomos de encontro ao campo com uma vista linda do lago. O céu estava todo iluminado com as estrelas, fiquei boquiaberta ao admirar. Era um sonho. Perfeito para um encontro. Pontos pra você, Case.
— É lindo demais — Disse com um sorriso enorme no rosto.
— Não é? Eu vinha aqui com os meus pais quando era pequeno. — Ele suspirou ao fechar os olhos.
— Eu sinto muito — Balbuciei sabendo do que se tratava.
Os pais do Jaspen morreram num acidente de carro. Eles estavam indo viajar quando começou a chover muito forte, uma ventania imensa e o carro atravessou uma coluna de concreto, derrapando num barranco qualquer. Por sorte, Jaspen sobreviveu. Ele era tão pequeno mas seus pais.. Era tarde demais para eles.
— Acho que era nosso lugar antes deles morrerem, — Ele abriu um sorriso de lado. — Eu jogava futebol com o meu pai aqui durante o dia e a minha mãe ficava tirando fotos nossas. Foram ótimos anos. Ele suspirou novamente, após estender uma toalha sobre a grama. Quero abraça-lo. Nos sentamos e apoiei as duas mãos no chão, olhando para o céu de vez em quando.
— Parece ser um lugar especial pra você, quase sagrado — suspirei bem devagar — Por que me trouxe aqui?
— Eu não sei. Só senti que deveria trazer você aqui, — ele deu de ombros e fixou seus olhos nos meus — Acho que você isso faz de você especial também.
Abri um sorriso doce entre meus lábios e coloquei uma mecha do meu cabelo atrás da orelha, observando-o admirar o lugar. É tudo tão lindo que me sinto em um conto de fadas. Quem diria?
— Vamos comer — Ele disse num tom divertido.Ficamos ali durante horas conversando e observando as estrelas. Ele perguntou mais sobre a minha vida, bastante interessado nela. Eu conseguia sentir o mesmo me olhando de canto às vezes e isso estava me deixando aflita. Beija-me, quero tanto! Eu estou prestes a enlouquecer com aqueles olhos me encarando. Estou aos nervos. Senti seu toque em minha mão assim que ele a aproxima, sua carícia em meus dedos me provoca um arrepio por toda a minha espinha. Seu toque é quente. Entrelaço nossos dedos devagar e me vejo a encarar aqueles olhos novamente. Eles estão cerrados. Isso é tão louco. Mordi a pontinha do meu lábio inferior e o vi aproximar os lábios dos meus.
— Jaspen.. — Murmurei ao sentir seus lábios quentes nos meus.
Oh. Ele introduziu sua língua em minha boca. O sabor de sua boca é tão delicioso. Gemo em aprovação e desejo mais, quero mais.
— Gosto das sua boca — Ele sussurra ao morder meu lábio devagar.
Não consigo evitar e volto a gemer novamente. Não faz assim. Por favor. Ele abre um sorriso malicioso em seu rosto e deixo escapar uma risada baixa entre o beijo. Subo uma das minhas mãos para o seu cabelo puxando com leveza alguns fiapos, sentindo-o arquear a cabeça. Sinto meu corpo ir deitando na toalha com o corpo dele sobre mim, me apertando. Ele está tão perto. Suspiro forte entre seus lábios e o beijo com ferocidade. Ele geme em resposta e me olha nos olhos. Seus olhos estão a pegar fogo e me sinto vermelha novamente.
— Você quer? — Ele perguntou me encarando. Sim, sim! Eu quero! Senti algumas faíscas por todo o meu corpo me fazendo pressionar minhas pernas uma contra a outra. O que está acontecendo?
— Eu... Eu nunca fiz... — Murmurei envergonhada.
— Você é virgem? — Ele se afastou com o olhar um pouco perdido.
— Sim — Balbuciei querendo me esconder de tanta vergonha.
— Venha comigo — Ele levantou após respirar fundo. Estendeu a sua mão e segurei na mesma para levantar. Era melhor eu ter ficado calada.
— Aonde vamos? — Perguntei num tom preocupado.
— Vou te levar para casa — Disse ele juntando as coisas na cesta.
Eu o assustei. Ele não quer mais.
Franzi o cenho atordoada com o pensamento. Em segundos, estávamos no carro novamente num silêncio estranho. Observei pela janela o quanto o céu estava cheio de estrelas, fechei os meus olhos para sentir o vento no rosto. Estava tão fresco assim como seus lábios. O olhei de canto, preocupada tentando adivinhar os seus pensamentos. Talvez seja melhor assim. Eu nem queria esse encontro mesmo. Meu subconsciente cria uma desculpa idiota.
— Chegamos — Disse ele bruscamente.
— Obrigada pela noite, eu acho — Respondi dando de ombros.
Ele sorriu de lado e fiquei a pensar se deveria sair do carro ou não. Ele não vai me beijar de novo? Eu o assustei tanto assim? Bom, o que podemos pensar disso é que se um garoto tem problema com o fato de uma garota ser virgem, uau, isso só faz dele um babaca e eu mereço coisa melhor. É isso aí.
— Tchau, Jaspen — Respondi irritada ao abrir a porta do carro.
— Você não vai me convidar para entrar? — Ele franziu o cenho.
Ops. Era isso que ele estava esperando.
— Claro. Vamos? — Prendi os lábios entre a boca ao sair do carro.
Ele soltou uma risada baixa e saímos do carro em direção a minha casa. Peguei a chave para abrir a porta, destrancando-a e então, ele perguntou: — Você está sozinha hoje?
— Sim, — murmurei ao entrar em casa — Ela teve que fazer uma viagem de negócios.
Jaspen entrou e fechou a porta bem devagar. De repente, dei um grito ao sentir ele me pegando pelas pernas e me jogando em seus ombros fortes. Ele está doido?
— O que você está fazendo? — Digo entre minha risada.
— Vou te levar pra cama — Respondeu ele num tom brincalhão.
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DEAR YOU
RomanceO primeiro amor é aquele que nunca morre mas também é aquele que te fere e deixa cicatriz por toda a sua vida. Foi isso que aconteceu com a Samantha Walker no momento em que Jaspen Case cruzou o seu caminho.