capítulo 11

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2 dias depois...

Elena
11:15
Sábado

Me sento já vencida pelo cansaço, gritei chorei, berrei pra que alguém me tire daqui, mas ninguém aparece, eu como igual uma porca, imagina agora dois dias eu acho, sem comer, apenas chorar gritar, mas ninguém me escuta.

Eu mereço isso? Eu acho que não, apesar que teve uma vez que eu furei a bola do pirralha do meu vizinho, mas tirando isso, papai do céu me ajude.

Me levantei com a vista turva, e fui até a porta, tentei abrir mas uma vez, e nada, vou até um colchão de casal que tem no chão e me jogo nele, o merda viu, tudo culpa da piranha da Sabrina, eu vou na onda dela só tomo no cu, fechei os olhos e comecei a cantar minha música preferida pra todos os momentos, e pelo menos voz bonita eu tenho.

__ Bom dia, o sol já nasceu lá na fazendinha, acorda o bizarro e a vaquinha, que já cocorico dona galinha, levanta, que o cavalinho já pulou da cana__ balanceio o ritmo ao som da música, logo me lembrei de outra, que eu amo de paixão__ são três meses de férias que passam de pressa, curti é a prioridade, vamos aproveitar vem então vamos nessa mas tem que rolar novidade__ derrepente eu já tava gritando, me imaginando dentro do desenho__ como por exemplo, ir ao espaço lutar com a múmia ou escalar a torre Eiffel inteira, descobrir uma coisa maluca de mais ou lavar um macaco na banheiro__ lembrei do meu irmão, derrepente eu já tava chorando, inferno viu, será? Que eu? Vou? MORRER?.

Me assusto assim que escuto o barulho na porta olho assustada, assim que vejo minha mãe passar por ela.

__ mãe__ tentei controlar minha respiração acelerada__ oque você tá fazendo aqui?__ me levantei indo até ela, que me olhava chorosa, encarei bem seu rosto vendo um rocho perto do olho.

__ eu, vim te trazer isso__ me estendeu uma sacola, cruzei os braços encarando a mesma.

__ eu não, vai que tá envenenada__ ela me olhou assustada e negou.

__ não filha, jamais, eu, eu só quero ajudar, desculpa, desculpa__ se debruçou chorando.

__ quer me ajudar? Então me tira daqui, por que diferente de você eu não largo minha família__ ela sentou no chão e chorou mais ainda, levantei meu rosto pra cima tentando manter a cara de durona.

__ desculpa filha, eu não quis isso, eu, eu tô morrendo de saudade de todos, mas eu não posso__ respirei fundo a encarando.

__ você não pode? Ou você não quer!, por que eu vanda, faria de tudo pra voltar pras pessoas que eu amo, nem que eu morra, mas eu vou tá com a consciência limpa que eu__ bati no peito__ tentei, como eu vou fazer agora, nem que eu precise matar pra isso, mas aqui eu não fico__ ela se levantou negando e pegou no meu rosto.

__ eu senti tanta saudade de você minha menina__, me abraçou, reprimir os lábios segurando as lágrimas__ eu ajudo, eu faço de tudo, mas me perdoa__ sai do abraço e olhei profundamente, com marcar visíveis em seu rosto, meu Deus minha mãezinha.

__ desculpo mãe, desculpo, volta pra gente por favor, vamos sair daqui__ a abracei sentindo o carinho que eu tanto precisava esses dias.

Um estrondo na porta faz com que eu e minha mãe nos abraçamos amendrontadas, forcei a visão vendo o escroto do Nessinho.

__ que porra tu tá fazendo aqui_veio até minha mãe pegando-a pelo cabelo, tentei me aproximar mais ele me empurrou com o braço fazendo eu cair no chão.

__ qual é o seu problema, você já não acha que fez de mais não__gritei me levantando, ele me ignorou total e voltou a informar minha mãe.

Quer saber foda-se, fui até ele e comecei a estapear suas costa e esmurrar.

__ seu nojento larga ela__ ele se virou com tudo jogando minha mãe no chão e me deu uma cutuvelada na cara__ AAA__ gritei de dor.

__ vadia desgraçada, tu pensa que é quem porra, pra tá se engraçando com bandido, sua filha da puta__ pegou no meu pescoço me jogando na parede.

Respirei com dificuldade tentando puchar o ar, levantei a perna e dei um chute na sua barriga, fazendo cair sua arma, as lutas com meu irmão vinheram bem a calhar.

__ filha da puta, vou te matar agora sua puta__ minha mãe correu é pegou sua arma no chão apontando pra ele que deu um passo pra trás__ solta isso maluca__ minha mãe negou chorando e se tremendo toda.

Tentei ir até ela mas ele me puchou pelo cabelo fazendo eu ficar em sua frente como escudo.

__ atira caralho, atira que ela vai junto nessa porra_ apertou ainda mais meu v
Cabelo, ele foi me arrastando até chegar na minha mãe__ vai fia, tá esperando oque__ ela me olhou chorosa sussurrando um desculpa é abaixou a cabeça, foi nessa hora que Nessinho deu tapa na arma a jogando no chão e de imediato a pegou, o vi mirando pra minha mãe, ela correu pro canto do quarto e eu tentei a seguir, foi quando escutei.

1 tiro, e mais outro e mais outro, me olhei em meu corpo procurando algum vestígio de sangue ou dor, mas nada, quando me virei vi minha mãe ensanguentada no chão com tiros na cabeça, corri até a ela mas ele novamente me pegou pressionando a arma em meu queixo.

__ agora é sua vez vagabunda__ tentei gritar mas nada sai, somente o chorou e a agonia falta de ar na garganta.

__ NÃO__ gritei me debatendo__ PORQUE VOCÊ FEZ ISSO, PORQUE__ perdi completamente as forças do meu corpo e fui ao chão mas ela continuou me segurando__ por quee__ chorei ainda mais, um choro abafado, com uma angústia enorme, fechei os olhos pressionando-os tentando não acreditar nessa cena, meu Deus, Socorro.

Socorro.

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