capítulo 13

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Eduarda
14:26
Sábado

A pior dor eu acho que não existe, agora a pior superação a pior concordância, sim existe, por você não querer acreditar em tal coisa, ver minha mãe estirada no chão com seu rosto completamente encharcado de sangue, me bate um desespero e ao mesmo tempo, vem o inimaginável, ou eu escuto a razão? Ou o coração?

Olhando para o cara que desgraçou minha família, eu sinto um aperto no peito, não, eu não tenho coragem de matar um ser Humano, ou até mesmo deixar morrer (coração).

Agora também tem a questão que um ser que só traz maldade para outra pessoa, se esse for o objetivo dele? Matar acabar é trazer a ruína, tem que morrer mesmo, ele acabou de matar uma mãe de família, me colocou em cárcere, como eu simplismente vou ignorar isso tudo e ajudar ? ( Razão).

Eu não sei qual eu escuto, por fim decide ser somente eu, fui até o corpo da minha mãe e a deitei em meu colo, olhei bem para seu rosto vendo as perfurações visíveis, virei o seu rosto de imediato, que cena deplorável.

Ajeitei seu corpo no cantinho da parede, o aperto no peito veio com tudo, quando começou a bater o choque de realidade, e me vi chorando igual uma loca.

Tampo minha boca tentando controlar o soluços, foi quando me lembrei do encosto, viro meu rosto o olhando ainda se debatendo no chão, oque eu acho ser uma convulsão.

— EU DEVERIA DEIXAR VOCÊ MORRER SEU DESGRAÇADO— gritei extericamente, e fui até ele, e meti dois chutes nele, eu precisava descontar minha raiva de algum jeito, desferi vários tapas em seu rosto e azunhei sua cara, dei um pulo pra trás quando o nariz dele começou a escorrer sangue— AI MEU DEUS, AI MEU DEUS— agora pronto, vou ficar com dois morto, arregalei os olhos e comecei a me tremer, minha única reação foi enfiar a mão na sua boca e segurar sua língua— fica vivo merda, se não eu te mato— Puchei mais sua língua que queria embolar cada vez mais.

Oque parece que funciou por que ele foi parando de se debater e ficou tudo quieto, será que eu ajudei ou metei ele? SOCORRO.

Levantei quase que caindo e fui até a porta, sai no meio da rua parecendo uma doida gritando Socorro, até que vi um casal subindo com duas caixas de isopor, fui até eles desesperada.

— me ajuda por favor— gesticulei com as mãos— o menino todo tatuado me olhou de cima a baixo e puchou a menina que não tirava o olho de mim, e foram saindo de perto de mim— o Nessinho tá morrendo— parece que esse nome tinha algum efeito sobre eles pois viraram na mesma hora vindo até mim.

— que porra tu tá falando garota— o menino esbravejou segurando meu braço.

— ele, começou a se debater,eu ... Eu não sei— disse nervosa, olhei pra menina que começou a rir que nem uma louca.

— ok, obrigado por da a melhor notícia do dia— a menina disse pegando na mão do namorado que continuo rígido me olhando.

— e cadê ele?— me olhou atencioso.

— tá ali, eu.. Eu não sei oque fazer— ele mau deixou eu terminar de falar e correu até o barraco.

— Jacaré seu desgraçado pau mandado do caralho, volta aqui— largou o isopor no chão e correu atrás dele, eu fiz o mesmo, preciso te a certeza que não sou uma assacina.

Entrei no barraco vendo o tal do jacaré abaixado vendo não sei oque, e a menina ficou paralisada olhando pro corpo da minha mãe.

— que... oque tá acontecendo— se virou me olhando— quem é essa mulher— apontou— na verdade, quem é você— gritou.

— não é da sua conta— sussurrei é fui até o corpo de vanda e a cobri com o lençol que tava no colchão.

Me viro pra olhar o que os dois estavam fazendo, a menina me olhava apavorada, já o tal jacaré falava com alguém num tipo de radio enquanto o outro continuava desacordado. meu Deus será que eu matei ele? O papai diz que não, não quero ser assassina!

—o que aconteceu aqui?— Pergunta o tal jacaré.

_ ele começou se tremer todo aí no chão, E enrolar a língua aí eu enfiei a mão na boca dele e puxei a língua e depois disso ele apagou!— a menina me olhou como se eu fosse uma loca, eu comecei a saracutiar no chão nervosa.

Dois homens entram  e pegam ele levando pra fora do barraco, acompanho eles ate o portão. Um deles pega em meu braço me colocando junto do carro. agora fudeo, vão me matar por achar que eu matei o doido. senhor tenha piedade da minha alma amém.

_ pra onde vocês vão me levar? Eu quero ir embora!_ sinto a bile subindo e a vontade de chorar me consumir, Os dois ficam em silêncio subindo morro acima— eu não posso ir, minha mãe— balanço o braço de um deles— meu Deus minha mãe, ela vai ficar lá como uma indigente isso não é justo— grito mas o cara de pele negra tampa minha boca revirando os olhos.

Eles pararam em um lugar tipo um posto bem escondido, tinha crianças na porta, e adultos também, sai dos meus devaneios com o negão me chamando.

—borá desce, tu que vai ficar com ele aqui!—diz me puxando pra fora do carro.

—como que eu vou ficar com ele aqui sendo que não sou nada dele? Eu vou é ir embora- Falo assim que os enfermeiros vem em nossas direções.

—vai porra nenhuma garora, tu fica! e vai explicar pra eles o que aconteceu, b.o teu nova tu se fudeu parceiro— me empurrou pra dentro do posto.

Os acompanho até a recepção e fico por ali enquanto eles encaminham ele pra sala de dentro,Lascou bonito, vou falar o que pra esse povo? Nem o nome dele eu sei, imagina só, " à eu enfiei o dedo na guria dele e ele morreu" vão me achar uma doida.

—boa tarde, você é a acompanhante do Nessinho certo?—balando a cabeça positivamente— pode me contar o que aconteceu? Pra colocar no relatório.

_ ele começou a se tremer todo, antes ele estava com a respiração descompassada e eu percebi que ele esfregava o nariz toda hora, depois disso ele caiu no chão e ficou tremendo por uns 2 minutos até eu ir até ele e puxar a língua dele e ele praticamente falecer depois que eu fiz isso.- conto o que aconteceu pra enfermeira, que me agradeceu e entrou de novo mas antes disse que me traria notícias do encosto.

Revirei os olhos superando fundo, e sai da salinha, dando de cara com jacaré e a menina, ele parecia nervoso, eu em todo estranho, me sentei no banquinho emburrada.

— vocês vão me deixar aqui até quando— olho pro crocodilo ou jacaré sei lá.

— até o Parceiro acordar tá ligado, depois ele ver oque faz com tu— abraçou a menina de lado— vai pra casa Vanessa— deu um selinho nela.

— não merda, já disse que vou ficar, tu é muito chato— empurrou ele e sentou do meu lado.

....

Duas horas se pararam e eu já tava achando que ia nascer uma fruto do tanto que fiquei plantada esperando.

A mulher com cara de pão de queijo veio até mim, me entregando um papel, mau comecei a ler o outro entojado tomou da minha mão, e começou a ler, e soltou um " que merda parceiro" bem baixinho.

Aí meu Deus Matei ele.

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