Fazendo a coisa certa

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Não é nada agradável ser tirado da sua cama numa manhã de domingo por alguém gritando desesperado porque acredita que você se tornou uma espécie de maníaco sexual pervertido, especialmente se esse alguém é sua mãe que não consegue falar baixo e tem umas 30 pessoas na sua casa.

Sintam vergonha por mim, esse é praticamente um direito que vocês tem... mas imaginem o que sentiu a Videl.

Eu me levantei da cama, apavorado e bem, digamos que eu deveria ter feito isso aos poucos, porque os... efeitos, digamos assim, do meu amasso com a Videl ainda não tinham desaparecido completamente e minha mãe de repente parou de gritar "Você está desrespeitando essa casa" e ficou olhando meio sem jeito para o volume sob meu short. Enquanto isso, a Videl tinha se refugiado sob as cobertas e o resto das pessoas se acumulava em algum lugar entre a entrada da cozinha e o corredor do meu quarto, achando que havia acontecido algum acidente muito sério dentro da casa.

De repente, eu ouvi a voz do meu pai dizendo:

- Chichi... eles só estavam namorando.

Ele apareceu atrás dela e pôs as mãos nos seus ombros, antes de dizer:

- Querida, não aconteceu nada demais. Os meninos disseram que a Videl dormiu com eles porque a Lunch e o Tenshin precisavam de um pouco de privacidade. Não é, Tenshin?

O Tenshin Han estava parado na porta, logo atrás do meu pai e eu podia ver que ele tinha umas marcas suspeitas no pescoço e uns arranhões num dos ombros. Pelo menos uma pessoa tinha realmente se dado bem aquela noite. Ele confirmou o que meu pai tinha dito com o rosto vermelhíssimo e todo mundo se dispersou. A Videl passou por mim muito sem graça indo se refugiar no banheiro e eu deitei na minha cama, olhando para o teto e me perguntando de onde eu tinha tirado tanto azar.

Se vocês acham que isso é constrangedor, esperem para saber como foi o café da manhã...

Minha mãe veio até meu quarto me chamar pela segunda vez, e, no mesmo momento, a Videl saiu do banheiro e as duas se olharam muito sem jeito, e, de repente, minha mãe a abraçou e eu, de onde estava vi os olhos dela se arregalarem de susto. Acho que minha mãe queria deixar claro que não estava com raiva dela, mas o que ela disse em seguida estragou tudo:

- Ah, querida, me desculpe se meu Gohan se aproveitou da sua inocência e teve um comportamento inapropriado!

Tudo isso por causa de uma mão num peitinho. Eu já disse pra vocês que eu queria morrer?

Sentei para tomar café ao lado da Videl, num canto da mesa "das crianças" porque a última coisa que eu queria era deixa-la à mercê dos conselhos magníficos das mulheres adultas daquela festa. Nunca entendi esse costume da minha mãe de separar as pessoas dessa maneira, mas naquele momento estava adorando ser considerado criança. Assim estava livre dos comentários horríveis do Vegeta, que me olhava de longe e, de repente fez um gesto pra mim, levantando o polegar como quem diz "Está indo bem".

Meu irmão e Trunks haviam caído de amores pela Videl e ela parecia estar adorando conversar com os dois. Engraçado como ela tinha a paciência que me faltava para lidar com a dupla hiperativa. Mas, depois de algum tempo, eles terminaram de comer e saíram correndo, deixando só nós dois na mesa, terminando o café da manhã juntos. A gente ficou conversando umas bobagens e eu praticamente esqueci que tinha duas mesas de adultos fofoqueiros ali perto.

Quando ela disse qualquer coisa que eu achei mais fofinha eu não me contive e dei um beijo nela. Não foi um beijo daqueles que a gente já tinha experimentado durante a noite ou logo pela manhã, foi mais um selinho mais demorado, mas quando a gente se separou, sorrindo e eu com aquela cara de bobo, senti um silêncio incomum. Quando olhei para a frente, todos os adultos estavam olhando para a mesa da gente.

Virgem aos 19Onde histórias criam vida. Descubra agora