Muitas pessoas imaginam que a vida universitária é repleta de sexo e farras, mas a verdade é que quem conta muitas histórias desse tipo ou não consegue se formar ou está, de fato, mentindo.
A expectativa de algumas pessoas é: entrar para a faculdade e encarar uma rotina de sexo fácil e liberdade infinita. No caso o que realmente acontece é que estudantes normalmente tem pouca grana, nenhum tempo e muita coisa para fazer. Ainda por cima você precisa negociar com seus colegas de quarto que vai poder levar a garota para o lugar no fim de semana.
E foi por isso que durante meu período da faculdade eu e Videl passamos a transar apenas nos finais de semana, muitas vezes no quartinho do Vovô Gohan, em outras no meu quarto depois de ficar completamente pobre pagando os colegas para que sumissem por algumas horas.
Claro que tinha colegas que achavam um desperdício estar com a mesma garota desde o ensino médio, um deles dizia que eu poderia estar pegando todas da faculdade, mas ora essa, ele mesmo era um sujeito que não pegava absolutamente ninguém.
Mas a faculdade acabou e eu assumi meu papel de adulto. Eu me tornei o cara que sempre quis ser, comecei a trabalhar e pedi a Videl em casamento e ela aceitou.
Nosso casamento foi numa manhã bem bonita e acabou sendo muito menos intimista do que eu gostaria. Eu e Videl planejávamos uma cerimônia discreta com os amigos e a família. Minha mãe, a Bulma e o Mr. Satan entraram no circuito e a coisa saiu de controle. Ter uma família cafona é uma coisa, ter uma família cafona e com dinheiro é muito mais complicado.
Eu pensava nisso vendo a cascata luminosa com uma escultura de gelo representando eu e Videl, que o Mr, Satan tinha planejado, enquanto esperava o momento de subir no altar flutuante no meio da pisicina do mais caro hotel cinco estrelas de Satan City. Tinha ainda uma orquestra, um ambiente de karaokê, um mini-dojô que eu estava rezando para meu pai não destruir se resolvesse entrar numa disputa com o Vegeta e todas as coisas cafonas e absolutamente desnecessárias que um casamento de gente rica pode ter.
O senhor Piccolo apareceu, de repente, do meu lado. Durante a faculdade, eu sempre treinava com ele, e eu era grato por tudo que ele representava na minha vida, e, talvez por isso, eu tenha feito algo pelo qual eu me arrependeria bastante.
- Brinde comigo, senhor Piccolo! – eu disse, oferecendo uma taça de espumante para ele, que ficou olhando sem jeito e disse:
- Gohan, eu nunca bebi.
- Ah, não tem nada demais, senhor Piccolo, champanhe nem tem tanto álcool.
Nós brindamos e ele bebericou ligeiramente. Fez uma cara de quem tinha gostado. Nessa hora, a cerimonialista me chamou para assumir meu papel no altar e eu o deixei ali, segurando a taça de champanhe inocentemente.
Só posso dizer que não podia prever os efeitos do álcool no sangue de um Namekuseijin.
A cerimônia foi bonita, Videl estava realmente linda vestida de noiva, mas na hora em que o celebrante disse, de forma inocente: "Vamos saudar os noivos" eu ouvi um berro glorioso de "HURRA, GOHAN" que eu achei um bocado estranho, porque vinha da fileira de padrinhos e, por acaso, de uma das pessoas mais discretas que eu conheço.
Eu não estava realmente enganado. Era o senhor Piccolo realmente, e ele parecia tão indiscretamente alegre que eu me perguntei quantas taças de champanhe ele poderia ter bebido do momento em que o deixei até ali.
O Constrangimento prosseguiu na fila dos cumprimentos, ele abraçou a mim e a Videl e disse, quase chorando, que eu era como um filho que ele não tinha e que esperava que fôssemos muito felizes, afinal, merecíamos muito.
A partir daí, ele se tornou a alma da festa. Ninguém dançou mais, nem gritou mais, nem comemorou mais que o senhor Piccolo. E eu só conseguia pensar na ressaca que ele ficaria no dia seguinte. Lá pelas tantas ele puxou a minha mãe para dançar e eu acho que ela aceitou por educação.
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Virgem aos 19
FanfictionEssa é basicamente uma comédia sobre como o tímido Gohan e a voluntariosa Videl se acertaram e chegaram, digamos assim, aos "finalmentes". Sim, em algum momento haverá alguma cena de sexo, mas não espere que esse seja um romancinho meloso...