Lua Cheia

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Os dias foram passando. O meu namoro com a Videl passou de novidade a realidade, para todo mundo que conhecia a gente. Ela teve a ideia de pedir à Bulma um uniforme de Saiaman para ela e eu achei meio embaraçoso, mas aceitei ensaiar uma coreografia com ela para nossas performances. Ainda bem que o número de assaltos em Satan City diminuiu. Acho que foi na época em que o Kuririn se tornou chefe de polícia.

Já tinha se passado mais ou menos um mês e nossos beijos eram cada vez mais íntimos e necessitados. Mas nós tínhamos um problema: nenhuma privacidade em lugar nenhum. O que significava que frequentemente ela me dizia que ali era um lugar público e seria melhor a gente pegar leve.

Nesses dias eu chegava em casa e corria para estudar para NÃO PENSAR na vontade que eu tinha de... vocês sabem. Mas às vezes, estudar não me acalmava. Banho frio não me acalmava... e aí, bem, aí eu precisava usar a minha imaginação e... a mão direita.

Normalmente eu imaginava as circunstâncias de uma transa espetacular com a Videl. Algumas vezes eu imaginava que estávamos na biblioteca da escola, eu a empurrando contra as estantes dos livros, obviamente com a escola fechada. Na minha fantasia tínhamos sido esquecidos ali, depois do horário de funcionamento. Claro que isso nunca aconteceria de verdade, porque tinha zeladores e tudo mais... mas era ótimo imaginar.

Às vezes, ainda, eu imaginava circunstâncias mais absurdas, do tipo eu estar salvando a Videl de algum tiranossauro ou mesmo de monstros espaciais ou do Freeza. A transa vinha como recompensa.

Outras vezes eu era um pouco menos criativo e me imaginava transando com ela em cima da nuvem voadora, o que eu não tinha certeza se seria possível. Ou na plataforma celeste, que era um dos lugares mais legais que eu conhecia. Ou numa floresta, como as que havia perto da minha casa. Só não imaginava nunca lugares banais como o quarto dela ou o meu.

Mas naquela noite eu cheguei da escola, e era noite de lua cheia. Eu me sentia, sei lá, pegando fogo depois de horas namorando Videl no parque. Tínhamos a tarde livre e fomos passear, e, aproveitando que era dia de semana e o parque estava vazio, estendemos uma toalha no gramado e deitamos ali, nos beijando muito.

A minha mão continuava ganhando vida própria. Mas ela já não passeava apenas nos lugares habituais, nesse dia a Videl se debruçou sobre mim e, de repente, eu senti que ela estava... encostando a perna numa parte muito sensível minha. Minha mão desceu e, quando eu dei por mim, estava segurando o bumbum dela, fazendo com que ela roçasse mais em mim, o que estava ficando quase... doloroso.

De repente a gente se olhou e eu disse:

- A gente está num lugar público...

Nos deitamos, um do lado do outro na grama, e ficamos olhando o céu, pensando que, de alguma forma, precisávamos de um quarto, de um canto, de um armário (bem largo) com chave que fosse... mas não podíamos mais ficar assim!

E foi nesse estado que eu cheguei em casa. E era lua cheia.

Todo mundo já está careca de saber que lua cheia e sayajins são uma combinação explosiva. Mesmo sem cauda, eu ainda sou meio sayajin, e lá em algum cantinho, bem escondido tem um Oozaru adormecido doido para uma lua cheia que o acorde. Nas noites de lua cheia eu já percebi que meu pai faz mais barulho e minha mãe grita mais vezes "Goku, assim os meninos vão ouvir" que nas noites normais.

Então a última coisa que eu queria fazer naquela noite era estudar.

- Oi pai, oi mãe. Tá quente, não? Vou tomar banho – eu disse, passando direto pela cozinha quando cheguei em casa.

Não estava quente e eu acho que eles não se importam muito se eu vou não para o banho quando chego em casa, afinal, só eu e Goten usamos o banheiro em frente ao meu quarto, e acho que isso me fez cometer um tremendo erro... entrei no banheiro e liguei o chuveiro, já imaginando a Videl tirando a roupa.

Virgem aos 19Onde histórias criam vida. Descubra agora