Um dilema sayajin

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Então... entre a noite de sábado e a tarde de domingo, de alguma forma, o desespero de transar que nós tínhamos foi substituído pela certeza de que poderíamos agora transar quando quiséssemos, que não éramos mais um casal de adolescentes vigiados pelos pais e sim dois jovens vivendo uma vida sexual adulta e responsável.

O que nos leva à conversa com Mr. Satan.

No fim da tarde de domingo eu levei Videl – infelizmente ela estava usando um moleton meu de quando eu tinha 14 anos e um par de sapatilhas emprestadas da minha mãe – para sua casa e em vez de deixá-la na porta de casa decidi entrar e enfrentar a conversa com o pai da garota que eu havia acabado de desvirginar – não que ela também não tivesse me desvirginado – mas, na nossa sociedade machista acredita-se que a responsabilidade dessas coisas é sempre do homem.

Para a minha surpresa, encontramos Mr. Satan apenas de roupão (eu já mencionei que acho isso bem estranho?) agarrado ao seu cachorro, o totó, e sendo consolado pelo Buu, como se tivesse sofrido alguma espécie de perda. Quando ele viu Videl entrar na sala comigo logo atrás, veio até nós e nos abraçou – os dois – como se não nos visse há séculos.

E ainda ficou mais constrangedor quando ele começou a chorar.

Depois de alguns minutos em que ele pediu desculpas por ter sido insensível e rude – sem mencionar nem uma vez o que havíamos testemunhado ali mesmo naquela sala – Mr. Satan nos disse que apoiava integralmente o nosso namoro e que a casa dele era a minha casa quando eu quisesse – e que ele queria muito deixar claro que não haveria vigilância ou proibição nenhuma ao nosso namoro depois daquele dia. E que se eu quisesse podia dormir com a Videl na casa dele.

E quanto ao fator "sexo" ele não foi mencionado uma única vez. De alguma forma, na cabeça do homem mais famoso do mundo, se ele não mencionasse a palavra sexo e não perguntasse o que eu havia feito com sua filha, ela continuava virgem como era antes dessa história começar.

E eu achei isso realmente ótimo. Já tinha meu pai e Vegeta para me encher de perguntas constrangedoras, não precisava de mais um coroa interessado na nossa vida sexual.

Aproveitando a oportunidade de passar mais uma noite junto com ela, liguei para minha casa e disse que ia dormir na casa de Videl, que tomou um banho e se arrumou para nós irmos ao boliche de Satan City fazer um lanche e jogar um pouco. Videl havia ligado para Erasa, que se encarregou em chamar o resto da turma. Foi quando finalmente nós nos desgrudamos um pouco, porque fomos jogar boliche no esquema "garotas contra rapazes". Preciso deixar claro que eu detestei estar no mesmo time que Sharpner.

O pateta arrogante estava de rabo de cavalo, camiseta preta e se achando a coisa mais sexy de Satan City. Para mim ele parecia apenas um cantor de Rock Brega, muito posudo na hora de jogar e incrivelmente metido a conquistador.

Eu tinha acabado minha primeira jogada, procurando maneirar ao máximo a minha força para não provocar um acidente na pista de boliche, e fiz um strike perfeito. Era a vez de Flash jogar e eu me encostei na grade para ver a jogada do colega quando o chato se aproximou de mim e disse, num tom meio cafajeste:

- Acho que vou conseguir levar a Erasa para cama logo...

- E eu com isso? – eu repliquei, odiando aquele tom de quem estava contando vantagem. Ele me encarou um instante e então perguntou:

- Você e a Videl...?

- Eu não comento essas coisas – disse secamente.

- Ah, qual é, Gohan...

Nessa hora, a Videl conversava com Erasa e uma outra colega dela que eu nunca lembro o nome e eu percebi que ela estava contando o que havia acontecido na noite anterior para as duas. As três ficaram de risinhos, e nesse momento Videl me viu olhando para elas e mordeu o lábio inferior e riu de um jeito maroto para mim. Eu pisquei um olho e joguei um beijo para ela e percebi o Sharpner olhando de mim para ela e tirando as suas próprias conclusões.

Virgem aos 19Onde histórias criam vida. Descubra agora