1°> Dear Charles.

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Numa noite iluminada em Londres, Charles tentava convencer seus amigos negociantes a fazer uma coisa que parecia louca.

— Charles, você enlouqueceu mesmo. Esse negócio é impossível!! — disse um de seus colegas abismada e indignadamente.

— Para alguns... — Charles contrapõs — Senhores, a única forma de alcançar o impossível... É acreditar que é possível.

— Essa linha de pensamento te levará a ruína. — Um dos velhotes opinou com indignação no tom e uma pitada de desgosto.

— Estou disposto a correr esse risco. — Charles retrucou tentando não desanimar. — Imaginem entrepostos nossos em Rangum, Bangcoc, Jacarta...

Por mais que Charles passasse a noite inteira argumentando com aqueles velhotes de mente totalmente fechada para coisas novas e ... Bom, impossíveis — impossíveis para pessoas que acreditavam em coisas impossíveis, o que não era o caso de Charles —, ele jamais conseguiria. Para aquelas pessoas o possível era possível, o impossível era impossível , o possível não se tornava impossível e o impossível não se tornava possível.

Mesmo que esse tipo de pensamento não fizesse o menor sentido para Charles, não foi necessário continuar, a chegada de Jungkook, seu pequeno filho adotivo, foi o suficiente para que todos os três olhassem e ficassem com suas atenções grudadas nele.

— Aqueles pesadelo de novo? — Perguntou Charles para Jungkook que assentiu, fazendo Charles ver a necessidade de se retirar por um momento — Eu já volto.

— Esperaremos aqui. — um dos senhores notificou Charles antes dele sair — esse garoto não vai a lugar nenhum com esses traços asiáticos. — o mesmo disse após Charles finalmente sair.

Já no quarto de Jungkook, os dois conversaram e Jungkook falou de seu pesadelo: — Eu estou caindo... num buraco escuro, e então vejo criaturas estranhas. — ele falou com seus grandes olhos, pequenos dentinhos de coelho e sua grande dose de medo.

Então Charles perguntou — Que tipo de criaturas estranhas?

Por mais, que Charles acreditasse que os sonhos ou pesadelos de Jungkook eram apenas sonhos e pesadelos, ele nunca os trataria como nada, mesmo que, por uma mudança no universo, eles realmente fossem nada. Ele os tratariam como tudo.

Por isso, Charles estava sempre interessado pelos pesadelos de Jungkook, ou melhor, pelo pesadelo. Jungkook sonhava todas as noites e reclamava, porque o sonho era sempre o mesmo.

— Um pássaro Dodô, um coelho usando paletó, um gato risonho...

— Eu não sabia que gatos podiam rir. — Charles falou bem humorado.

— Ah, eu também não sabia. — o pequeno concordou. — Mas, papai, você acha que estou ficando maluco? — Jungkook questionou, arregalando ainda mais os olhos amedrontados.

Charles levou a mão a testa do garoto e respondeu — Acho que está completamente louco... — e antes que Jungkook dissesse ou fizesse quaisquer coisas, ele continuou — Mas, Jungkook, as melhores pessoas são assim, loucas. É só um sonho. Nada pode ferir você. E se quiser acordar pode fazer isso... — Charles dá um fraco belisco no garoto que finge uma dor com uma careta e começa a rir muito.

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Oiiiiiiiiiiie

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Continua ou para?

Bjos🌸

Jungkook No País Das Maravilhas.Onde histórias criam vida. Descubra agora