Jungkook No País Das Maravilhas.

2°> From a carriage to a hole.

                 
🐇

Treze anos depois.

Treze anos se passaram desde aquela noite e, apesar de todas as dificuldades e coisas impossíveis que apareceram no caminho, Jungkook cresceu, logo faria vinte anos e a morte recente de seu pai mais a perda de todo o dinheiro fez as pessoas ao seu redor acharem que ele precisa se casar com uma moça rica, mas quem disse que ele quer casar-se?

Enfim, por todos esses motivos, acredito eu, que se Jungkook não estava pronto para contar a sua história antes agora ele está e pode falar por si mesmo.

Parece que meu trabalho acabou por aqui, pessoal.

JK on:

Bom, a única coisa que pioraria nesse momento o meu estado de espírito é a gravata borboleta que estaria usando se tivesse o mesmo conceito de adequado que minha mãe tem, mas acredito que o balanço chato dessa carruagem e a obsessão da minha mãe em mexer no meu paletó, no cabelo e na gravata e os suspiros que solta toda vez que olha para ela são o suficiente para minha paciência ultrapassar um limite que nem eu sabia que existia.

— Temos mesmo que ir? — digo após suspirar e revirar os olhos — Duvido que reparam se não formos. — falo tentando esquecer que estou indo para minha própria festa de casamento. Não acredito que estou prestes a decidir com quem vou passa o resto da minha vida e nem sei se amo ela do jeito que deveria.

— Vão reparar, sim. — Minha mãe responde paciente — Inclusive, isso não é um gravata borboleta... Não está vestido adequadamente!

— E quem decide o que é adequado?! — Digo, finalmente abalado com o que ela diz. - Se decidissem que usar um abacate como chapéu é adequado, a senhora usaria?! - Respiro fundo e retorno a falar um pouco mais calmo. - Para mim, gravata borboleta é como um abacate... Papai teria achado engraçado.

Toda essa bagunça foi suficiente para ambos baixarmos a guarda, o resto do caminho foi silenciosamente desconfortável, tão desconfortável que por um segundo quis que chegássemos logo.

Depois de um tempo naquele silêncio todo, nós chegamos e a primeira coisa que ouvi da Sra. Miller foi: — Vocês sabem que horas são?! — Ela disse essa frase cotidiana de forma tão exaltada que levei um susto. — Já passa das 16:00 horas!! Jungkook, Haritte está te esperando para dançar.

Como eu conheço bem o tipo dos Miller, sei bem que Haritte está me esperando a muito tempo, então, sem mais demora, vou dançar com ela, estendo minha mão antes de me curvar para que ela descansar a sua, e finalmente, começamos a dança junto à outros casais.

Dançamos, elegantemente, até Haritte começar a falar: — Então, Jungkook, tem alergia a algo? 

— Sim, tenho alergia à chá de camomila. Porque ? — Mesmo que eu e Haritte não tivéssemos  uma relação amigável, eu jamais a trataria de forma grosseira por causa do estresse que os meus problemas trazem. 

— Porque é sempre importante saber essas coisas no casamento. — Haritte disse tão empolgada quanto eu estava estressado.  

— Ah, sim. — Bom, o que sei é que se Margaret, minha irmã, não tivesse me arrastado para fora daquela conversa embaraçosa estaria conversando sobre a minha educação alimentar. — O que foi ? — Questiono para Margaret.

— Está na hora. — Diz ela com um sorriso ladino. — Mas antes, Marcus Miller quer falar com você.

Sr. Miller me esperava na entrada do jardim principal, eu conseguia vê-lo de onde estava e, por mais que não estivesse esperando mais que negócios, estava um pouco nervoso, os Miller tem a tendência de serem críticos e honrarem muito pela felicidade de sua filha. Bom, não quero estar em sua lista negra.