{Capítulo 35}

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SINA

Saio em disparada, nunca corri tanto como corri naquele momento, as lágrimas escorriam por meu rosto e o sentimento de arrependimento se fortalecia à medida que eu lembrava de todo o ocorrido. Eu sei que a maioria dos problemas que haviam sido criados eram minha culpa, e isso me infernizava. Já era tarde da noite quando adentrei uma lanchonete à procura de me acalmar e tomar uma decisão, a música ao fundo me acalmava, mas ao mesmo tempo, me lembrava da única pessoa que não queria lembrar agora, Noah. Tudo que eu queria era voltar no tempo e não ter fugido de casa, ou ter dormido tarde e não estudado para a prova. Tudo que eu queria era consertar aquilo, mas já não era mais possível....

NOAH

Os pais se Sina já socavam minha porta, não podia mais mantê-los lá fora, por isso abri-a, vendo seus olhares furiosos invadirem meu peito:

PAI SINA: Onde ela está?- esbravejou.
EU: Eu não sei senhor, discutimos e ela saiu de casa às pressas.
MÃE SINA: Vamos, não nos enrole! Diga onde nossa filha está!- disse adentrando a casa, começando a procura.

Eles sabiam que ela não estava lá, mas queriam que eu desistisse e contasse onde ela estava, mas isso era uma informação que eu não tinha. Rapidamente, lembrei de um aplicativo que instalei no celular de Sina, onde pudéssemos nos encontrar se algo ocorresse, eu não tinha certeza se ela ainda tinha, mas eu precisava tentar. Após alguns minutos fuçando o aplicativo, consegui conectar meu celular com o dela, e assim encontrá-la. Ela estava no Shake-Shack , minha lanchonete favorita, nunca havia dito isso à ela, por isso, deve ter sido um engano. O problema seria distrair os pais dela para que eu conseguisse encontrá-la e consertar isso.
Não sabia se isso iria funcionar, mas eles não conseguiriam me alcançar, pego a chave de meu carro cuidadosamente e vou até a porta que já estava aberta, corri até meu carro e dou partida, não deixando nenhum rastro de meu futuro paradeiro para trás. Chegando lá, encontro a loira sentada em um dos bancos, apoiando sua cabeça no balcão, como se estivesse bêbada, para não chamar muita atenção, sento ao seu lado porém não falo nada, apenas me aproximo com medo de sua reação, até que a escuto dizer:

SINA: Vai embora Noah... não era você que me queria longe daqui?- disse com a voz embargada, fazendo-me sentir culpado.
EU: Eu não vou embora se não for com você! E você vai ter que me escutar dizer algumas coisas...- digo receoso.
SINA: Você pode me falar o que quiser Noah, isso não significa que eu vou prestar atenção!
EU: Da pra parar de ser infantil uma vez na vida e me escutar! É um assunto sério Sina, pelo amor de Deus!
SINA: Okay, okay.... desembucha!
EU: Eu não queria ter dito aquelas coisas pra você, mesmo porque, quem sou eu na fila do pão? Quem sou eu pra te julgar e dizer que você foi imatura? Eu estava estressado e sei que isso não foi e não é motivo para eu ter gritado com você, mas tente me entender, a pessoa que eu mais amo vai embora e eu não posso fazer nada! Já sentiu isso alguma vez?
SINA: Como você disse Noah, você não teve direito de gritar comigo, e sim, eu já senti isso pois quando você foi embora eu não pude fazer nada! E sabe o que mais? Você era a única pessoa em que eu confiava naquela escola e você me largou! Não pude reclamar, mas sim, a pessoa que eu mais amava foi embora....
EU: Porque amava?
SINA: Como é?
EU: É isso mesmo, porque amava? Já não ama mais?
SINA: Sério isso? Noah, eu amo você, mais que tudo! Só que você me magoou muito hoje e eu não sei.....

SINA

EU: Sério isso? Noah, eu amo você, mais que tudo! Só que você me magoou muito hoje e eu não sei.....- sou interrompida por lábios, quentes e carnudos.
Nossas línguas estavam em perfeita sintonia, suas mãos em minha cintura faziam um carinho que me acalmava, mas ao mesmo tempo me enlouqueciam, ele me prendeu na parede e pelo impacto causado, abro meus olhos por um mísero instante e vejo o que não queria, meus pais estavam parados a nossa frente e eu não fazia e nem tinha ideia do que estava por vir.

NOAH

Ao me virar para trás, dou de cara com pai de Sina, que esbraveja:

PAI: Olha que engraçado, a gente fala pra pessoa se afastar e ela aparece quase comendo sua filha! Bizarro, não acha?
EU: Senhor, não foi essa minha intenção, se é isso que está pensando! Vim atras de Sina antes de levá-la para casa, nunca iria fazer o mal para ela, jamais!
PAI SINA: Eu não tenho tanta certeza disso... mas resolvo isso com você uma outra hora, agora Sina, vamos!
SINA: Eu não vou!
PAI SINA: Como é?
SINA: Isso mesmo que você ouviu, eu vou ficar com Noah, ele me trata melhor que vocês!
NOAH: Sina, fica quieta, vai embora! Depois a gente se encontra, só quero que você fique bem! Por favor, faz isso por mim e por você.
SINA: Não Noah, eu quero ficar com você, é o único que me faz bem!- de repente, Sina some da minha frente, sendo brutalmente puxada pelos braços por seu pai, ao tentar tirá-la de lá, um soco é desferido em meu rosto e a última coisa que me lembro, foi escutar Sina me chamando.

SINA

Tento me afastar de meu pai ao ver Noah caído no chão, mas não consigo fazer nada, meu pai me joga dentro do carro e seguimos viagem, fico preocupada com ele e secretamente ligo para seu pai, avisando-o que Noah estava ferido e que precisava de ajuda, quando ele desliga a ligação,repousei  minha cabeça no banco e o cansaço me atinge, mesmo estando preocupada com toda essa situação, meus olhos se fecham, até que caio em sono profundo.

〰️ notas da autora〰️
Oi galeraaa
Tudo bem cm vcs??
Espero que sim, bom esse foi o cap de hj, espero que vcs tenham gostado e esperem pq amanhã postaremos 2 caps e não se preocupem pq o Noah vai ficar bem, eh isso chega de enrolação
Bjokas da bruu 💖

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