08 | CINZAS

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Acordei com uma leve dor de cabeça, mas não era nada de outro mundo. Ter ressaca era algo normal para mim, tendo em vista o número de porres que já havia tomado ao longo da minha vida, principalmente nos últimos anos. Assim que abri os olhos e olhei para o lado, vi Lucas ali, dormindo solenemente. Fechei os olhos com força diante da imagem, tentando lembrar em qual momento da noite passada havíamos adormecido e eu esquecera de mandá-lo embora. Estávamos em meu quarto no hostel, tendo em vista que não quis ir para a sua casa.

Após muitos beijos, transamos de maneira ensandecida durante a noite inteira. Eu poderia facilmente me viciar no sexo, porque Lucas era realmente bom naquilo. Lembrei dos beijos mais molhados, dele tirando a minha roupa rapidamente, de seus toques e de como, ainda que ele fosse totalmente errado, parecia tão certo dentro de mim.

Ri, abrindo os olhos e o encarando, comecei a lhe sacolejar.

— Cafajeste! – falei mexendo em seu braço. – Acorda! – pedi. – Acorda, cafajeste!

Após algumas chamadas e balanços, ele abriu os olhos e me encarou. Lucas possuía um tipo hipnotizante de olhar. Os olhos claros com manchas acinzentadas eram únicos, ele sabia bem o quanto causava com todo aquele charme, tinha ciência de que poderia ter quem quisesse rendida aos seus pés.

Pena que eu não estava na lista.

— Bom dia, bonita. – ele falou sorrindo.

— Bom dia, cafajeste. – respondi, sentando na cama. – Perdeu a hora, Cinderela?

— Meu time não é tão certo quanto o seu. – disse sentando também e coçando a cabeça, para em seguida bocejar. – A noite de ontem foi incrível.

— Foi sim! – concordei.

— Você poderia me falar mais sobre você, não é? – pediu rindo.

— Não. – acabei por rir também.

— Besteira, Melina. Nada de mais! Tipo, qual a sua idade?

— Vinte e dois. – respondi sinceramente.

— Você é um bebê!

— E você? Quantos anos têm?

— Vinte e quatro! – assentiu.

— Nossa, então se eu sou um bebê, você ainda é uma criancinha. – desdenhei.

— Estou brincando, Melina. – riu da minha cara. – De onde você é? Daqui de Minas mesmo?

— Não, do Sul. – me limitei a responder. – E você? Nasceu aqui?

— Sim, mas morei um tempo em Cuiabá, voltei na adolescência.

— Entendi. E sua família?

— Ficou em Cuiabá. – limitou-se a responder. – E a sua?

— Continua no Sul! – eu também disse curta e grossa.

Perfeitamente ErradosOnde histórias criam vida. Descubra agora