As escolhas de hoje, definem o amanhã.
Melina tinha dezessete anos quando conheceu os efeitos de um coração partido. Impulsiva e totalmente sem rumo, ela decidiu ir embora de Florianópolis, deixando tudo para trás, em uma tentativa de esquecer o que...
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Estar numa cidade pequena é sinônimo de que as notícias correm, principalmente quando o lugar possui uma universidade e é habitado por muitos jovens. Por isso no meio do dia daquele sábado eu já estava sabendo que teria uma calourada e o local em que a mesma aconteceria. Decidi que iria para a tal festa quando descobri que além de uma banda sertaneja, a Destruction também iria tocar.
Eu estava começando a gostar daquele lugar e cada vez mais tentada a permanecer por mais algum tempo, por isso havia decidido que na segunda-feira iria atrás de algum lugar onde eu pudesse trabalhar, para assim fazer algum dinheiro, minhas economias não iriam durar para sempre.
Eu já estava pronta quando meu celular começou a tocar e vi que era Lavínia ligando em uma chamada de vídeo. Imediatamente sorri e deitei na minha cama, deslizando na tela para atender.
— Olá meus olhinhos cor do mar. – falei assim que atendi. Minha melhor amiga sorriu imediatamente.
— Oi minha maluquinha. Podemos falar?
— Por alguns minutos. – eu respondi, virando. – Você sabe que nunca quero dar sorte pro meu azar e meu pai descobrir por onde ando.
— Tu acha que ele ainda está atrás de ti? – ela perguntou. Ah minha Nina, sempre tão ingênua...
— É obvio, Nina. Mas não vamos perder tempo falando de besteiras... Me conta de você! Como está? Abriu a escolinha?
— Estou bem, Mel! – ela sorriu e pude ver o orgulho naqueles olhos. – A escolinha está indo de vento em polpa, a inauguração foi maravilhosa!
— Fico tão feliz, Nina. Você merece demais! E o Noah, está cuidado bem de você? E Floripa, como está?
— Está sim, pode ficar tranquila. Ele tem feito um ótimo trabalho. – falou sorrindo daquela maneira apaixonada. A minha bichinha era mesmo uma bobinha apaixonada por aquele surfista conquistador. – Floripa continua tudo igual, sem graça sem ti. – ela falou e meu coração apertou de saudade, mas não foquei nisso.
— Recebeu minha última carta?
— Recebi sim, Mel. Você ainda está em Minas?
— Sim, agora no interior. – expliquei. – Estou indo para uma festa esta noite.
— Agora me conte uma novidade. – gargalhou. – Tu é piolho de festa, Melina!
— Eu preciso aproveitar, a vida é agora! – rebati e vi seu olhar em mim.
— Quando tu volta, Melzinha? – perguntou o que sempre entoava em nossas conversas por chamada de vídeo.
— Sem previsão, Nina. Vou enfrentar um mundo aí, não estou afim!
— Já se passaram cinco anos, Mel. Não acha que está na hora?
— Podemos conversar sobre isso numa próxima vez? – inqueri e ela assentiu.