As escolhas de hoje, definem o amanhã.
Melina tinha dezessete anos quando conheceu os efeitos de um coração partido. Impulsiva e totalmente sem rumo, ela decidiu ir embora de Florianópolis, deixando tudo para trás, em uma tentativa de esquecer o que...
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Pela cara de Lucas, ele só podia sonhar que eu havia nascido ontem e era inocente demais para não ver e entender todo o movimento que rolava ao redor dele e dos outros dois babacas em noites de show. Fora que Luna já havia deixado escapar a respeito dessas porcarias.
Eu não era exatamente o exemplo de boa pessoa, mas àquele tipo de encrenca eu nunca tive vontade de me meter.
— Do que você está falando? – ele tentou desconversar.
— Das drogas que você está vendendo. Então... Quanto custa?
— Tá doida, Melina?
— Não. Acho que você que está pensando que eu não vejo as coisas.
Ele respirou fundo.
Lucas era certamente o cara mais errado que havia, então eu apenas lhe encarei. O imbecil acabou dando de ombros.
Eu não me envolvia, essa era a verdade. Mas Lucas era inteligente e me deixava triste que estivesse metido em coisas tão erradas.
— Não importa. Pra que você quer saber valor? Esses trens não são pra você, Melina. – pontuou.
— Só queria ver sua reação. – ri. – Não gosto desse tipo de coisa, Lucas. – avisei. -
— Não pensei que curtisse mesmo.
— E o que vocês têm na cabeça? Ficar vendendo essas coisas, na casa de vocês... A Luna é uma adolescente.
— Ela tem que ser preocupação do Felipe. – defendeu-se. – E a gente precisa do dinheiro.
— Já pensaram em procurar emprego?
— A gente tem a banda! – rebateu.
— Ok, legal. Mas só ela não sustenta tudo, ou sustenta?
— Melina, eu não estou nem a fim de discutir agora. Você mesma disse que não é nada minha, então sem sermão! – usou o que eu dissera mais cedo para se defender e eu só revirei meus olhos.
— Você é um imbecil. Seus amigos são imbecis. Então... Não fica perto de mim quando estiver em posse e afundado nisso, não estou a fim de ser puxada para centro de furacão de erros. – avisei.
Não deixei que ele respondesse, apenas saí de perto e fui à procura de Luna que estava conversando com uma menina, já a havia visto junto a ela outras vezes.
— Achou o Lucas? – Luna me perguntou quando me aproximei.
— Prefiro nem falar sobre esse imbecil. – vociferei e ela riu.
— Eu sabia que você ia acabar descobrindo.
— Me erra guria chata. – pisquei e ela continuou rindo. – E você? Quem é? Acho que já te vi antes.